If You Had Something to Lose - Tradução

Capítulo 5 : Efeitos Posteriores

Pete ficou congelado no lugar por um momento, com o coração disparado, então voltou a si quando seu pai se endireitou, olhando-o de cima a baixo com uma carranca de desaprovação. Ele cerrou os dentes, forçando seu pânico para dentro de uma caixinha, então se abaixou para pegar as chaves, fixando seu pai com uma expressão neutra.

"O que você está fazendo aqui?"

A carranca de seu pai se aprofundou. Ele parecia, de certa forma, muito com Pete. Embora Pete tenha herdado o cabelo fofo e as covinhas da mãe. Mas sua mandíbula, maçãs do rosto e olhos ele compartilhava com seu pai. Eles tinham mais ou menos a mesma altura agora, embora Kul Kulap Saengtham estivesse ficando mais curvado à medida que envelhecia, observou Pete. Ele também tinha linhas profundas ao redor da boca e dos olhos, o que poderia deixá-lo com uma aparência agradável se ele olhasse para Pete com outra coisa que não fosse uma carranca ou um sorriso de escárnio.

"É assim que você cumprimenta seu pai depois de desaparecer por três anos?" Kul estalou em resposta.

"Já se passaram quatro anos", respondeu Pete categoricamente, e ele caminhou para entrar em seu prédio, esperando que seu pai fosse embora. Sem sorte nessa frente, seu pai abriu a porta e o seguiu até a pequena entrada. Pete parou ali, não querendo que Kul o seguisse até seu apartamento. Ele se forçou a ficar calmo enquanto se virava para encará-lo, encarando-o. "Então? O que você está fazendo aqui?

O rosto de seu pai escureceu com raiva. "Seu pirralho pouco filial. Você acha que pode simplesmente desaparecer e jogar fora todos aqueles anos de trabalho que dediquei para torná-lo um boxeador de nível campeão?

Os dedos de Pete se fecharam em punhos, lutando para não cerrar o maxilar. " Eu coloquei no trabalho," ele disse de volta, a voz totalmente monótona. " Você criticou cada movimento meu."

"Eu te fiz melhor. " As mãos de seu pai também estavam em punhos, Pete notou. "E você jogou fora depois de finalmente chegar às grandes ligas."

"Eu não queria continuar lutando boxe."

"Então, você decidiu ir para a escola para se tornar um artista?" A voz de Kul pingava de escárnio e Pete imediatamente se irritou. "Você estava sempre desenhando aqueles rabiscos estúpidos em vez de praticar suas formas."

"Estou estudando arquitetura", respondeu Pete categoricamente, com os punhos tão cerrados que suas unhas cravavam nas palmas.

Kul bufou zombeteiramente. "Claro." Sua voz assumiu uma qualidade zombeteira quando ele retrucou: "Tentando deixar sua puta mãe orgulhosa?"

A boca de Pete correu antes que seu cérebro pudesse alcançá-la. "Bem, como eu saberia o que a deixa orgulhosa desde que você a matou."

O rosto de Kul se abriu em uma expressão enfurecida. Antes que Pete pudesse registrá-lo completamente, seu punho voou. Pete mal conseguiu levantar os braços para bloquear o soco antes que acertasse sua mandíbula.

Pete tinha anos e anos de treinamento de boxe e podia enfrentar até mesmo oponentes altamente treinados ou armados sem vacilar. Mas por alguma razão, quando se tratava de seu próprio pai, ele congelou. Então, tudo o que ele pôde fazer foi absorver o golpe em seus antebraços, estremecendo entre os dentes.

"Você ainda não aprendeu a não abrir a boca," cuspiu Kul e quando Pete abaixou os braços para olhar para seu pai com cautela, seu pulso disparou quando viu seu pai puxar seu cinto.

Pete mal teve um piscar de olhos para reagir quando Kul chicoteou o cinto em sua direção e puxou os braços para trás. Infelizmente, ele escolheu a direção errada. O cinto atingiu a carne de seu estômago, deixando-o sem ar, queimando como uma brasa. Pete caiu de joelhos, curvando-se sobre si mesmo, tentando esconder qualquer outra área sensível do perigo.