If You Had Something to Lose - Tradução

Capítulo 10 : Mais perto

Avisos de gatilho do capítulo:

Discussão de agressão sexual passada, discussão de abuso infantil passado, representações de abuso físico e verbal.

...

Um estrondo arrancou Pete rudemente do sono. Ele acordou e se viu enredado nos braços de Vegas, o que imediatamente fez seu coração começar a palpitar. 

Mas parecia que o acidente também havia acordado Vegas, porque ele se desvencilhou rapidamente, murmurando palavrões. "Foda-se, merda, merda." 

Pete piscou para tirar o sono dos olhos e sacudiu o cabelo para longe dos olhos, apertando os olhos para ver Vegas enquanto saía da cama, cada linha do corpo tensa sob a calça de moletom e a camiseta.

Ele se dirigiu para a porta, mas antes que pudesse fazê-lo, a porta se abriu e alguém que Pete não conhecia entrou. O homem era alto – um pouco mais alto que Vegas, e mais velho, provavelmente na casa dos quarenta. Ele tinha um cavanhaque e cabelo curto e usava um caro terno de seda cinza com um lenço no pescoço, o único toque de cor em sua roupa. Sua expressão era estrondosa.

“Papai!” gritou Vegas, soando - assustado. Isso fez com que Pete acordasse totalmente em um instante, obrigando-se a sentar-se ereto na cama, atordoado demais para fazer qualquer coisa além disso.

"Oh, você se lembra que eu sou seu pai agora?" rosnou o homem. “Depois de desaparecer na noite em que nossa distribuição com a Yakuza reabriu?!” Ele gesticulou violentamente e Vegas recuou, o que fez todo o corpo de Pete ficar tenso. "E você foi, o quê?" O homem lançou um olhar desdenhoso na direção de Pete que ele mal registrou porque estava muito ocupado observando as costas tensas de Vegas. “Fodendo alguma vagabunda? E no apartamento do seu irmão mais novo, nada menos? Ele fez um barulho de escárnio.

“Papa –” começou Vegas, mas antes que ele pudesse dizer qualquer outra coisa, seu pai se virou para ele, acertando um tapa de mão aberta no lado de sua bochecha com um estalo. Vegas cambaleou para o lado, a mão voando até sua bochecha. Pete só conseguia olhar, o sangue rugindo em seus ouvidos, paralisado de horror.

“Eu nunca vi um garoto tão irresponsável, patético e inútil como você,” cuspiu seu pai para ele e Pete apenas registrou vagamente a visão dos ombros de Vegas caindo lentamente. “Se você tem algum respeito por esta família, vai parar de brincar com vadias aleatórias e voltar ao seu trabalho. Ele olhou. “Você tem um dever para com a família Theerapanyakun. Não me decepcione ainda mais.”

Com isso, seu pai se foi, batendo a porta atrás de si com tanta força que ela sacudiu nas dobradiças.

Vegas ficou paralisado por um longo momento, sem olhar para Pete, sem olhar em volta. Pete olhou para suas costas. Ele não sabia o que dizer, ou o que fazer. Sua adrenalina ainda pulsava em suas veias e ele se xingou por não ter conseguido se levantar e defender Vegas, ou impedir seu pai de bater nele daquele jeito.

Finalmente, Pete conseguiu molhar os lábios, saindo de seu torpor. "Vegas?"

Os ombros de Vegas se contraíram, então caíram ainda mais, a cabeça caindo quando uma mão subiu para tocar seu rosto.

Pete deslocou-se para a beirada da cama, com a intenção de se levantar. Mas antes que pudesse, Vegas sentou-se na beirada da cama com força, a cabeça com as duas mãos.