Capítulo 2

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Entro no meu "quarto" deito na cama e aos poucos, deixei o sono tomar conta de mim, já está tarde e por mais que eu tenha dormido boa parte do dia me sinto exausta.

Estou num sono tão gostoso quando a cama começa a se mexer, sinto um braço forte passar por minha cintura e uma respiração pesada em meu pescoço.

-Tá acordada?

Um arrepio percorre minha espinha, George! Meu celebro demora, mas enfim raciocina o que está acontecendo.

-Fica longe de mim.

Suspirando pesado, ele me solta.

-Não vou te incomodar.

Virando para o outro lado não demorou e ouvi sua respiração ficar pesada, ele dormiu. As lágrimas rolaram, eu estava segurando a muito tempo, tudo isso é demais, ele age como se fossemos íntimos, como se o tudo fosse coisa da minha cabeça e não estivesse sendo obrigada a viver aqui com ele, abracei a mim mesma, e aos poucos adormeci novamente.

O quarto estava claro demais, o sol alto e as cortinas abertas. Olhei ao redor, a cama vazia. Levantei devagar reunindo coragem fui ao banheiro.

    Olhei a mulher no espelho, eu estava com olhos vermelhos e inchados, meu cabelo bate na bunda, preto, normalmente bonito, mas hoje, um caos

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Olhei a mulher no espelho, eu estava com olhos vermelhos e inchados, meu cabelo bate na bunda, preto, normalmente bonito, mas hoje, um caos.

Admirei a banheira, estava com água com se alguém tivesse preparado para mim, amarrei o cabelo em um coque, tirei a roupa e entrei. Estava bem quente, exatamente do jeito que eu gosto, inspirei o cheiro maravilhoso de lavanda, mas minha paz não durou, a porta se abriu, puxei os joelhos para meu peito afim de me cobrir, mas ele não me olhou, se despiu em minha frente, parecia cansado. Andou até o chuveiro fechou o box e tomou um longo banho. Eu estava de costas pra ele, mas sentia seu olhar queimar minha pele.

-Está tudo bem?

Perguntei de súbito, surpreendendo a mim mesma.

-Está sim, apenas alguns problemas na empresa.

-Precisa de ajuda com alguma coisa?

Idiota! Porque está sendo cortes?

-Fiquei tranquila, tenho tudo sobre controle.

É claro que tem. Minutos depois ele passa por mim, pelado, pega uma toalha e enrola na cintura, finalmente me olhando nos olhos. Tenho uma sensação de djavu, que estranho.

-Tenho um jantar hoje, preciso que vá.

-Minhas roupas não estão aqui.

-Todas as roupas no closet são suas. Comprei um dia antes de chegar, use o que achar melhor, te vejo as sete.

E saiu.

Levantei, vesti um roupão e fui em direção ao closet. Ele não está aqui, ótimo! Tinha de tudo e um pouco mais, olhei bem e optei por um vestido num tom de rosa, com mangas e soltinho.

    Peguei um conjunto de calcinha e sutiã na mesma cor e os vesti, quando ia colocar o vestido, ele foi tomado de mim

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Peguei um conjunto de calcinha e sutiã na mesma cor e os vesti, quando ia colocar o vestido, ele foi tomado de mim. Me virei incrédula, e lá estava, George.

- Merda! Me dá essa roupa aqui.

-Prefiro como está.

Sorrindo ele se aproximou, abaixei a cabeça com a vergonha me consumindo, no banheiro ele não havia me olhado, então consegui manter a postura, mas agora...

-Ainda tão tímida.

Calmamente puxou meu coque, soltando meu cabelo.

-O que você quer?

-Gosto do seu cabelo.

Levou uma mecha ao nariz.

-George...

-Da sua pele macia.

Traçou com os dedos meu ombro, descendo por meu braço.

-Você tem que parar...

- Da forma como pronuncia meu nome.

Se aproximou mais, e mais. Sua respiração em minha testa, fazendo meu coração disparar

-Devia me deixar em paz.

-Não posso... Você não entende... Não consigo deixar você ir.

Sua voz era um sussurro novamente.

-Eu era feliz George, com o Rodr...

-Não se atreva a dizer o nome dele!

Gritou me puxando pelos braços.

-Está me machucando.

-Farei pior se sonhar que ainda o vê, que atendeu um ligação dele.

Seus olhos era pura fúria, oh céus onde me meti.

-Eu não o vi mais.

Sussurro com medo do que ele poder fazer contra Rodrigo.

-E nem pense nisso docinho, quero ser tudo de melhor pra você, não me faça demostrar o contrário.

Seus olhos brilharam sombrios, está nervoso, mas tenta demonstrar tranquilidade, isso me da medo.

-Não pense nem por um segundo, que tem o controle da minha vida.

-É com isso que está preocupada? Que eu te controle?

Beijou minha mão, e eu pudia jurar que me arrepiei, se não fosse pelo odio que sinto agora.

-Não tente brincar comigo, não sou do tipo de mulher que gosta disso.

Ele sorriu.

-É o que veremos.

Saiu novamente, ele não larga de mim, queria meter meu pé na bunda dele.

Me vesti finalmente, peguei meu celular e desci as escadas. Já passa de meio dia, e eu estou cheia de fome. Segui o cheiro maravilhoso, e me deparei com uma lasanha em cima da bancada de mármore e arroz. Parece maravilhoso.

Peguei um prato, e me servo, estou com muita fome para fazer perguntas, e o cheiro é divino.

-Gostou?

Engasguei, mais ele de novo!

-Você deve gostar muito de mim né? Não larga do meu pé!

-Gosto mesmo.

Fico sem saber o que dizer, podia sentir meu rosto arder. Ele se serviu, e comeu calado.

-Você quem fez?

-O que? Ah não.. foi Amara, ela trabalha aqui, pedi pra ela fazer, sei que é seu prato favorito.

Mas como ele sabe?

-Entendi.

Fingi não me importar, quero dizer, não me importo de qualquer forma.

-Está boa?

-Divina.

Como posso te amar?Onde histórias criam vida. Descubra agora