Sofia se vê em um casamento que não quer, com um homem que odeia, e fará de tudo para acabar com ele.
George gosta dela, de exibi-la, usou tudo que podia para tê-la e não deixará ir tão fácil.
Poderia Sofia entender como poderia amar, quando seu co...
Entro no meu "quarto" deito na cama e aos poucos, deixei o sono tomar conta de mim, já está tarde e por mais que eu tenha dormido boa parte do dia me sinto exausta.
Estou num sono tão gostoso quando a cama começa a se mexer, sinto um braço forte passar por minha cintura e uma respiração pesada em meu pescoço.
-Tá acordada?
Um arrepio percorre minha espinha, George! Meu celebro demora, mas enfim raciocina o que está acontecendo.
-Fica longe de mim.
Suspirando pesado, ele me solta.
-Não vou te incomodar.
Virando para o outro lado não demorou e ouvi sua respiração ficar pesada, ele dormiu. As lágrimas rolaram, eu estava segurando a muito tempo, tudo isso é demais, ele age como se fossemos íntimos, como se o tudo fosse coisa da minha cabeça e não estivesse sendo obrigada a viver aqui com ele, abracei a mim mesma, e aos poucos adormeci novamente.
O quarto estava claro demais, o sol alto e as cortinas abertas. Olhei ao redor, a cama vazia. Levantei devagar reunindo coragem fui ao banheiro.
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Olhei a mulher no espelho, eu estava com olhos vermelhos e inchados, meu cabelo bate na bunda, preto, normalmente bonito, mas hoje, um caos.
Admirei a banheira, estava com água com se alguém tivesse preparado para mim, amarrei o cabelo em um coque, tirei a roupa e entrei. Estava bem quente, exatamente do jeito que eu gosto, inspirei o cheiro maravilhoso de lavanda, mas minha paz não durou, a porta se abriu, puxei os joelhos para meu peito afim de me cobrir, mas ele não me olhou, se despiu em minha frente, parecia cansado. Andou até o chuveiro fechou o box e tomou um longo banho. Eu estava de costas pra ele, mas sentia seu olhar queimar minha pele.
-Está tudo bem?
Perguntei de súbito, surpreendendo a mim mesma.
-Está sim, apenas alguns problemas na empresa.
-Precisa de ajuda com alguma coisa?
Idiota! Porque está sendo cortes?
-Fiquei tranquila, tenho tudo sobre controle.
É claro que tem. Minutos depois ele passa por mim, pelado, pega uma toalha e enrola na cintura, finalmente me olhando nos olhos. Tenho uma sensação de djavu, que estranho.
-Tenho um jantar hoje, preciso que vá.
-Minhas roupas não estão aqui.
-Todas as roupas no closet são suas. Comprei um dia antes de chegar, use o que achar melhor, te vejo as sete.
E saiu.
Levantei, vesti um roupão e fui em direção ao closet. Ele não está aqui, ótimo! Tinha de tudo e um pouco mais, olhei bem e optei por um vestido num tom de rosa, com mangas e soltinho.
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Peguei um conjunto de calcinha e sutiã na mesma cor e os vesti, quando ia colocar o vestido, ele foi tomado de mim. Me virei incrédula, e lá estava, George.
- Merda! Me dá essa roupa aqui.
-Prefiro como está.
Sorrindo ele se aproximou, abaixei a cabeça com a vergonha me consumindo, no banheiro ele não havia me olhado, então consegui manter a postura, mas agora...
-Ainda tão tímida.
Calmamente puxou meu coque, soltando meu cabelo.
-O que você quer?
-Gosto do seu cabelo.
Levou uma mecha ao nariz.
-George...
-Da sua pele macia.
Traçou com os dedos meu ombro, descendo por meu braço.
-Você tem que parar...
- Da forma como pronuncia meu nome.
Se aproximou mais, e mais. Sua respiração em minha testa, fazendo meu coração disparar
-Devia me deixar em paz.
-Não posso... Você não entende... Não consigo deixar você ir.
Sua voz era um sussurro novamente.
-Eu era feliz George, com o Rodr...
-Não se atreva a dizer o nome dele!
Gritou me puxando pelos braços.
-Está me machucando.
-Farei pior se sonhar que ainda o vê, que atendeu um ligação dele.
Seus olhos era pura fúria, oh céus onde me meti.
-Eu não o vi mais.
Sussurro com medo do que ele poder fazer contra Rodrigo.
-E nem pense nisso docinho, quero ser tudo de melhor pra você, não me faça demostrar o contrário.
Seus olhos brilharam sombrios, está nervoso, mas tenta demonstrar tranquilidade, isso me da medo.
-Não pense nem por um segundo, que tem o controle da minha vida.
-É com isso que está preocupada? Que eu te controle?
Beijou minha mão, e eu pudia jurar que me arrepiei, se não fosse pelo odio que sinto agora.
-Não tente brincar comigo, não sou do tipo de mulher que gosta disso.
Ele sorriu.
-É o que veremos.
Saiu novamente, ele não larga de mim, queria meter meu pé na bunda dele.
Me vesti finalmente, peguei meu celular e desci as escadas. Já passa de meio dia, e eu estou cheia de fome. Segui o cheiro maravilhoso, e me deparei com uma lasanha em cima da bancada de mármore e arroz. Parece maravilhoso.
Peguei um prato, e me servo, estou com muita fome para fazer perguntas, e o cheiro é divino.
-Gostou?
Engasguei, mais ele de novo!
-Você deve gostar muito de mim né? Não larga do meu pé!
-Gosto mesmo.
Fico sem saber o que dizer, podia sentir meu rosto arder. Ele se serviu, e comeu calado.
-Você quem fez?
-O que? Ah não.. foi Amara, ela trabalha aqui, pedi pra ela fazer, sei que é seu prato favorito.
Mas como ele sabe?
-Entendi.
Fingi não me importar, quero dizer, não me importo de qualquer forma.