A dor era alucinante, minha barriga endurecia e descia para baixo, tomei banho quente algumas vezes e a dor só aumentou, corri para um dos quartos de hóspedes, George tinha se acomodado por lá, já que depois da história com Amara, eu não quis ver ele mais no meu quarto.
- George! GEORGE!
Ele acordou assustado.
- O que foi?
- Tá doendo, tá doendo muito!
- Calma vou te levar para o hospital.
Ele me carrega no colo até o carro, após 15 minutos chegamos no hospital, a dor havia passado mas demos entrada mesmo assim.
- Um dedo de dilatação, senhora Gusmão.
A médica diz jogando a luva no lixo após ter feito o toque em mim.
A olho espanta.
- Não brinca! Sério?
- Pode demorar um pouco, sugiro que volto para casa.
- E sentir essa dor absurda lá? Não obrigado.
Sou levada a um quarto, George já estava lá me esperando, já que não entrou na consulta.
Tomo alguns banhos quentes, a dor vem cada vez mais forte, faço agachamentos, sento em cima de uma bola e fico rodando o quadril. Já não aguentava mais, todo médico que eu via eu perguntava se já tinha dado a dilatação, foi tanto toque que perdi as contas. A dor só aumentava, vomitei horrores de dor, podia jurar que até xixi eu fiz sem querer.
- É senhora Gusmão, iremos leva- lá a sala de parto, enfim seu bebê irá nascer.
Sorri mas a dor vem forte demais, e só consigo gritar, involuntariamente faço forçar. Logo sou levada a sala, em meio aos meus gritos e de outras.
- Você consegue, e só fazer força.
Eu só queria que George calasse a boca.
- Vai a merda George, esse menino tá me rasgando de dentro pra fora.
Volto a gritar e fazer força.
- Mais uma vez, vamos força.
- Aaaaaaaaaaah.
Com o grito coloco toda a força que me resta.
- Nasceu.
George fala, e um choro invade a sala. Levanto um pouco a cabeça para olhar, ele estava tão sujo, mesmo assim, era melhor coisa que já tinha visto.
- Quer segurar?
A médica pergunta. Aceno que sim já chorando. Nessa hora não vejo nada, não sinto nada. Eles continuam costurando, já que foi necessário um corte, mas só tenho olhos pra ele, meu lindo menino, o coloco deitado em cima de mim e o abraço com todo cuidado e seu choro cessa.
- Eu vou cuidar de você.
Passo o nariz em seu rostinho, a coisa mais perfeita que já vi na vida.
Tive alta na manhã do dia seguinte.
Me sentia fraca, mas feliz, porque eu tinha acabado de conhecer a minha pessoa preferida no mundo.
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Como posso te amar?
RomanceSofia se vê em um casamento que não quer, com um homem que odeia, e fará de tudo para acabar com ele. George gosta dela, de exibi-la, usou tudo que podia para tê-la e não deixará ir tão fácil. Poderia Sofia entender como poderia amar, quando seu co...