Meus padrinhos foram embora mas deixaram uma confusão na minha cabeça.
-Vem!
George pegou meu braço me forçando a levantar e seguir ele porta fora.
-O que você está fazendo? Me larga, tá me machucando!
Ele continuou me arrastando, abriu a porta do carro me jogou dentro e fechou. Quando ele entrou do lado do motorista comecei a bater nele e a gritar.
- Para agora!
Paralisei imediatamente.
- Estou levando você para se recordar o porque terminou comigo a anos atrás.
Como assim ele vai me ajudar a lembrar ? O rosto dele é sombrio.
- George o Victor...
- Ele vai ficar bem, tem gente cuidando dele, agora fique quietinha, você não quer piorar as coisas quer?
Aceno que não freneticamente com a cabeça.
- Ótimo princesa.
Ele me dá um sorriso, e ouço aquela palavra ecoar na minha cabeça.
Princesa
Ele nunca me chamou assim e ainda sim tenho a sensação que sempre foi assim.
Foco na estrada, não posso pensar muito tenho medo de ficar louca. Já está escurecendo o que torna meu medo maior, avisto o galpão abandonado cheio de homens armados em volta.
Respira.
Ele não me faria mal, é só... talvez ele tenha negócios aqui ou nem estamos indo para lá.
Meu coração acelera quando estaciona na frente do galpão, desce e começa a conversar com alguns dos homens, resolvo descer também e agir normalmente, George nunca me machucou não fisicamente, prefiro acreditar que ele não começaria agora.
- Certo vou leva-la para ver ele.
Ouço dizer antes de se virar pra mim, é lá está o sorriso sombrio de novo.
- Que lugar é esse George? Ver quem?
Meu coração está quase na boca, apesar de fazer todo o possível para agir normalmente.
Seus passos são calmos, como se fizesse isso o tempo todo e logo está a centímetros de mim. Sua respiração na minha e isso quase, quase me acalma.
- Não se preocupe princesa, você vai gostar.
Segurando minha mão entramos no galpão. Ceus ele vai me matar? O pensamento me faz querer vomitar.
"Respire fundo"
Digo em minha mente.
Inspire
Expire
Inspire
Expire
Olho para cima, não posso vomitar.
O galpao é imenso, a princípio ao entrar tudo que se vê é um amplo espaço para se exercitar e praticar lutas.
George continua me puxando.
Quando nos deparamos com o que parece, uma parede no fim do galpão ele a empurra e instantaneamente se abre passamos por ela para se deparar com uma sala e um extenso corredor com várias portas a esquerda.
Sou levada a primeira, e ao abrir, posso dizer que nada me prepararia para isso.
- Maxin?
Sussurro levando a mão a boca, ele está pendurado pelas mãos.
Sua cabeça caída.
As roupas rasgadas.
Olho para meu marido com horror.
- Você fez isso ?
Ele sorri, sorri como se fosse sua maior obra, seu legado.
- Cada arranhão, se bem que o braço quebrado foi cortesia do Damien.
Só então percebo a figura morena e forte encostada na parede com um sorriso no rosto de braços cruzados.
Em qualquer momento eu diria o como ele é bonito e forte mas agora só me sinto enjoada.
Olho para Maxin novamente é percebo a ondulação no braço direito. Oh ceus está mesmo quebrado!
Seu abdômen está repleto de marcas roxas e azuladas assim como suas pernas que graças a alguns rasgos no jeans monstra o como ele está machucado.
- Eu tento ser melhor, mas você não facilita. Olha o que você me fez fazer, me diz princesa, valeu a pena?
Estou tremendo, não seja fraca ele quer te manipular.
Inspire
Expire
Inspire
Expire
Pulo assustada quando vejo Damian jogar um balde de água na cabeça dele.
Deus eles não tem limites.
- Soso? É você?
Encaro o moreno de olhos vibrantes, meu coração se aperta, vou em direção a ele, mas sou puxada abruptamente para trás. Braços envolvem minha cintura, uma lágrima escorre do meu rosto quando sinto seus lábios deixarem beijos delicados no meu pescoso.
- Aonde você vai amor? O show vai começar.
Sua mão desliza para dentro da minha blusa apertando minha barriga.
- Por favor George, eu faço o que quiser eu...
-Gosta tanto dele assim docinho?
Um frio sobe pela minha espinha. DROGA!
- Não é claro que não! Mas não precisava disso, não foi nada sério eu só.....
Seu corpo se aperta mais ao meu, sinto sua respiração acelerada no meu pescoço quando arrisco uma olhada para o rosto entristecido de maxin, ele certamente não merecia isso, nada disso.
- Você deixou ele ter o que era meu. Isso parece um motivo muito bom pra acabar com a porra da vida dele.
Sua mão segura a minha antes de sussurrar;
"Seja forte, ou seu castigo será pior"
Houve um tiro, bem na cabeça.
Damien manteve a arma para frente.
Nunca estive tão consciente de mim antes.
Minha respiração.
O coração que parecia querer saltar do peito.
Mas o que senti foi totalmente inesperado.
Uma dor se formou na minha barriga.
Aguda o suficiente para me fazer dobrar para frente, havia sangue em mim.
Olhei para Maxin caído com um tiro na cabeça o sangue não era dele, não podia ser. Toquei minha coxa, havia sangue ali por toda minha roupa.
- George você atirou em mim?
Ele me olhou chocado.
- O que ?
Então ele viu, e o pavor apareceu em seu rosto que antes era inesprecivo.
Correndo me seguro em seus braços.
-Me larga!
Seu cheiro impregnou, meu estômago rodou e eu vomitei.
Quando a ânsia passou levantei meu vestido e percebi de onde vinha o sangue. Toquei minha calcinha e ela estava encharcada.
Olhei para minha mão apavorada diante do sangue.
- George, me leva para o hospital, AGORA!
Vomitei novamente, dessa vez de dor, uma dor alucinante que me fez curvar.
- Mais que porra Sofia!
Ele me pegou no colo e a minha última visão, foi Maxin sendo arrastado pelas pernas enquanto deixava apenas um rastro de sangue para trás.
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Como posso te amar?
Roman d'amourSofia se vê em um casamento que não quer, com um homem que odeia, e fará de tudo para acabar com ele. George gosta dela, de exibi-la, usou tudo que podia para tê-la e não deixará ir tão fácil. Poderia Sofia entender como poderia amar, quando seu co...