Como posso te amar?

Bonus.

Alguns anos atrás.

Narrador:

A pequena Sofia balançava-se cada vez mais alto, estava irritada. Não queria ter que se mudar para aquela escola que seus padrinhos estavam pagando para ela. Gostava dos seus amigos, dos professores.

Meio do ano, um momento terrível para isso ainda mais para uma garota de 12 anos.

- Sofia? Sofia! Merda, vai se machucar garota!

A menina mantem-se balançando cada vez mais alto com a raiva bombiando ainda mais em suas veias.

-Dá o fora, boca suja! Aposto que foi voçê. Quer saber, perdi a vontade de balançar, pode ficar aí se quiser.

Se levanta pronta pra sair quando é puxada para trás.

- Eu prometo não te chamar mais de palito se parar de me odiar.

Ela se vira, pronta para soltar seu primeiro palavrão só para sentir o gosto de acabar com ele, quando o mel derretido sobre os olhos dele chamam sua atenção, é lindo. Seu rosto, cabelo.

Nunca o tinha visto tão de perto.

- Certo George. Mas, com uma condição.

Ele se afasta esfregando a testa.

-La vem, manda.

-Vai me fazer companhia, até eu me adaptar na nova escola. Você já conhece todo mundo, é meio do ano cara, vou ficar perdida.

George sorri, era tudo que ele vinha esperando, uma oportunidade.

Antes, gostava de zoar ela, das suas reações cada vez que inventava um novo apelido. Com o tempo percebeu que só queria sua atenção, mesmo que fosse da pior forma possível.

- Fechado pali.... Sofia. Mas você sabe que não ando com os pivetes só conheço gente do ensino médio.

-Sem problemas, pode me apresentar os seus amigos, não devem ser piores que você.

Ele concorda antes de leva-la mais tranquila para casa enquanto sua cabeça só consegue pensar que nenhum de seus amigos vão se aproximar dela, nem que para isso arrume alguns problemas.