capítulo 20

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Havíamos voltado para casa a uma semana, desde então só o vejo no almoço. É sempre trabalho, trabalho e trabalho, como se me evitasse a qualquer custo.

Victor já estava na escola, e eu? Bem entrando em uma loja atrás da outra, gastando bem o maldito cartão que me deu. Não quer falar comigo, iria causar estragos... Estou sendo infantil? Claro! Mas quem se importa?

- Mais alguma coisa senhora Gusmão?

Olho os belos colares cravejados, quatro belas jóias preciosas.

- Apenas isso querida.

Entrego o cartão, não demora muito e ja estou entrando em outra, bolsas, sapatos. Quem sabe... Ah perfeito! Penso analisando um vestido belíssimo.

- Posso ajuda- lá?

Olho a atendente morena e bem vestida, volto a atenção ao vestido maravilhosamente caro a minha frente.

- Irei levar.

- certo, algo mais?

- Sim, com toda certeza.

Chego em casa com os bancos dos passageiros e o porta malas cheios de sacolas.

Peço ajuda ao pessoal que trabalha na casa, e rapidamente subo ao quarto com as comprar sendo carregadas logo atrás de mim.

- Podem colocar em cima da cama por favor.

Fazem da maneira que pedi e saem me direcionando um aceno de cabeça. Sinto meu celular vibrar na bolsa, ao olhar no visor sinto um frio na barriga.

- Oi ? Maxin?

- Achei que tinha esquecido de mim amor.

Sua voz é ofegante.

- Esta correndo?

- um aquecimento. Preciso falar com você hoje.

- A não, sem chances! Não posso.

- É importante princesa.

Bufo frustrada, não consigo evitar de esfregar a testa em preocupação

- Que merda é essa Sofia?

George está saindo do banheiro secando o cabelo com a toalha, caminhando em direção a cama, nada cobria o seu corpo.

- Vá se vestir George, estou ocupada.

Sussurro um 'Depois te ligo' para o celular e desligo rapidamente.

- Vejo, ocupada tentando me falir.

Riu com escárnio. Meu coração quase saindo pela beco, será que ele ouviu alguma coisa? Imagino que não ele é sempre tão reativo

- Não era você quem queria que eu saísse mais, que fosse as compras, salão, pois bem aqui está.

Mostro a cama abarrotada de sacolas de marcas caríssimas.

Ele joga a toalha no chão e anda ate mim me segurando pela cintura se aproximando do meu ouvido.

- Minha queria, pode gastar o quanto quiser, isso eu ganho em uma hora.

Apontou para toda a minha festa no shopping.

- Esnobe.

- Quer atenção?

- O que? Eu não...

- E claro que quer, você não é de sair pra gastar, por mais que eu insista.

Ele é aspero. Um comportamento com o qual não estou acostumada.

- Eu não quero atenção.

Murmuro apertando as pernas uma na outra, eu estou me tornando uma mentirosa traisoeira.

- Então quer rola?

Arregalo os olhos, mas que babaca, ordinário...

- Vá se fuder.

- Posso fuder você.

Perco toda a paciência.

- O que há com você? Está sendo um completo idiota.

- Não posso evitar, esse é o efeito que você causa em mim.

Ele está bravo mas, eu não disse nada comprometedor no celular, ele não tem como saber, talvez algo tenha acontecido no trabalho.

- Voce tem o dom de tirar o pior de mim. Odeio você, odeio...

- Deixa eu poupar seu fôlego? Você me odeia, assim como odeia a casa, o quarto, e a maldita aliança que mandei fazer para você. Esqueci algo?

Sua cabeça inclinou para o lado, me avaliando. Bufei cruzando os braços.

- Me erra.

Resmungo.

- Entendo Sofia, quer me afetar. Espero que saiba que isso não me afeta o que sinto por você, como posso explicar... É mais uma obsessão do que qualquer outra coisa. Eu quero, eu tenho, entendeu docinho? Então não se preocupe, nutra seu ódio por mim avontade.

Seu tom é frio, meu estomago  gira como se eu fosse vomitar

- Como você pode falar isso depois de tudo?

Não existe uma emoção em seus olhos, como se o homem que conheci estivesse morto e outro residisse em seu lugar.

A primeira lágrima cai sem minha permissão é essa é a deixa para ele ir embora.
Mas isso não ficará assim, vou encontrar algo contra ele, e assim conquistar minha liberdade.

Como posso te amar?Onde histórias criam vida. Descubra agora