Estamos no carro a algum tempo, evito olhar em sua direção, Rodrigo é tudo pra mim, e agora não vou poder estar com ele nunca mais, mas o que me deixa confusa ate hoje é como George conseguiu aquela acusação de tráfico contra ele, o que não muda nada mais já que me sacrifiquei, cedi a sua proposta que beira a obscenidade. Um casamento vitalício, sem direito a divorcio ou arriscaria vê-lo, outra vez, atrás das grades, o amor da minha vida, não há nada que eu não faria por ele.
-Chegamos.
Fala em meu ouvido, meu estômago embrulha, nojento! Abri a porta e desci, é lindo não posso negar, uma mansão. Instantaneamente me lembro da casinha que planejamos, eu e Rodrigo, seriamos tão felizes, sei disso. Meu ódio por George ferve a essa altura. Quero chorar, mas não vou, não posso ser fraca. Farei ele chorar antes.
-Gostou?
-Da pro gasto.
Ouvi seu riso, ignorei. Andei a passou largos com aqueles saltos enormes fazendo barulho. Adentrei a casa que parecia um hotel, olhei ao redor.
-Onde é meu quarto?
-Vou te mostrar.
Disse empolgado, sorri internamente, mal sabe ele onde está se metendo. Subi a escada como se tudo me pertencesse, não iria mostra a ele a garota tímida e insegura que mora dentro de mim.
Passamos por um imenso corredor e ao fim entrei por uma porta. Uma cama de casal, uma sacada linda, closet, banheiro imenso, tudo branco, e bem arrumado. É lindo afinal.
-Gosta?
Olhei para ele, que tinha um rosto preocupado.
-Detesto branco!
Menti, sentido sua decepção.
-Podemos mudar, talvez...
-Pouco me importa! Não pretendo ficar muito tempo aqui mesmo.
Usei meu pior olhar para ele que ergueu as mãos como se estivesse se rendendo.
-Entendi, está com raiva.
-Mais do que com raiva, estou furiosa! - Disse caminhando em sua direção. - Eu poderia matar você com minhas próprias mãos. Eu te odeio George! Mais que qualquer coisa que já odiei na vida.
Ele estava parado com as mãos nos bolsos da sua calça social, olhei em seus olhos âmbar, não me leve a mal, não é que ele seja feio, só que eu já tenho alguém em meu coração.
-Vai em frente, fera! - Foi o suficiente para ir com minha mão pro seu rosto, mas ele segurou, merda! -Nem pense! Talvez em um outro momento, eu possa gostar disso. - Sorriu malicioso, fui com a outra mão pra cima dele, eu estava em fúria, queria acerta ele de qualquer jeito, então ouvi o som, um tapa do lado direito, pude ver quando avermelhou, me sentia um pouco melhor agora.
Ele segurou meu pulso com força, me puxou para ele e sussurrou.
-Não me teste, tenho limites, não queira ultrapassar.
Me jogou em cima da cama, onde cai deitada, e saiu. Sorri, ótimo! Logo ele me manda embora. Aaaaai como sinto sua falta Rodrigo! Abracei os travesseiros e não sei em que momento adormeci.
Acordei Sentindo minha pele formigar, e beijos serem depositados por todo meu pescoço, gemi em resposta, estava bom, muito bom, abri meus olhos, enfim raciocinado, só poderia ser...
-George tá maluco? - Me virei rapidamente. -Sai de cima de mim!
Gritei, mas ele segurou minhas mãos contra o colchão, seu peso estava em mim, dificultando minha fulga. Ele olhou em meus olhos de forma intensa se aproximando lentamente, me debati várias vezes, enquanto se aproximava, até que cansei, e ele encostou sua testa na minha.
-Não sabe tudo que quero fazer por você.
Sua voz era um sussurro grave enquanto sua respiração se misturava com a minha.
- Quero te fazer feliz. - beijou meu pescoço. - A mulher mais feliz do mundo. - foi descendo mais beijos até acima dos meus seios.
Minha mente gritava para empurra-lo com mais força, bater, espernear. Droga! O que estava havendo comigo! Abri meus olhos, e encontrei os seus me olhando, como se eu fosse a melhor coisa que eles já viram, senti meu rosto queimar. Droga! Droga! É como se ele conhecesse meus pontos fracos.
- Fica calma. Eu vou ter você apenas quando ele não estiver mais aqui.
Disse tocando em meu coração, soltou meus braços e saiu, corri pro banheiro, tirei aquele vestido branco, queria rasgar e jogar fora, mas meu coração doeu, era tão lindo. Dobrei com cuidado toda aquela renda coloquei na bancada e fui para de baixo do chuveiro, tinha uma banheira, mas não queria correr o risco de demorar e ele entrar. Tirei toda aquela maquiagem, lavei meu cabelo retirando todos os produtos que o mantiveram cacheado, agarrei uma toalha vermelha que tinha ali, macia.
Me enrolei nela e sai abri o closet e tinha várias roupas femininas, peguei um pijama, a dona não se importaria com uma pijama né? Vesti com pressa, já passava das sete.
Sai do quarto na ponta dos pés, andei pelo corredor, não queria que ele me visse, desci as escadas com cuidado e andei pela sala até mais a frente procurando pela cozinha passei por alguns cômodos como sala de estar biblioteca escritório e enfim uma cozinha.
Abri calmamente a geladeira, sorvete, amo sorvete. Coloquei o pote na bancada de mármore, e parti abrindo o armário a procura de um copo ou qualquer coisa que desse pra comer o sorvete e uma colher.
-Procurando por isso?
Pulei de susto, virei com a mão no coração, ele segurava uma colher.
-De onde você saiu?
-Te vi quando passou pelo escritório.
Sorri envergonhada.
-Eu estava com um pouco de fome.
-Percebi.
Impulsionando seu corpo se sentou em cima da bancada, e eu so pude observar as veias do seu braço enquanto abria o pote, sem cerimônia enfiou a colher levando a boca, lambendo os lábios.
- Você...
- Quer?
Ofereceu mostrando a colher cheia de sorvete de chocolate.
- Claro.
-Então vem aqui.
Me puxou pela camisola de seda que ia ate a metade das coxas.
-Me deixa pegar.
-Abre a boca.
Abri a contra gosto mas ele passou o sorvete em volta da minha boca.
-Qual o seu problema? Tá maluco!
Ele sorriu me segurou e me beijou, passando a língua por todo sorvete, o empurrei, mas acabei cedendo, afinal ele sujou, nada mais justo que ele limpe, merda! Isso é bom, muito bom. Arg, eu não devia pensar isso.
-Bem melhor, gosto quando fica caladinha.
-Imbecil!
O empurro ouvindo sua gargalhada saio batendo os pés de volta pro quarto, sou uma idiota. Que raiva!
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Como posso te amar?
RomanceSofia se vê em um casamento que não quer, com um homem que odeia, e fará de tudo para acabar com ele. George gosta dela, de exibi-la, usou tudo que podia para tê-la e não deixará ir tão fácil. Poderia Sofia entender como poderia amar, quando seu co...