É um lugar maravilhoso, isso ninguém pode negar. Não é tão grande como as propriedades de George, mas me trás a paz que lugar nenhum, por mais luxuoso que seja, consegue me trazer.
A casa dos meus pais é afastada da cidade, com uma sala grande três quartos cozinha e banheiro, aqui meu pai mantém 3 vacas leiteiras, algumas dúzias de galinhas, e porcos, mas esses ficam bem afastados. Mas a melhor parte são os cavalos, aqui temos dois, meus planos sempre foram ajudar eles a aumentarem isso aqui, e sabe lá Deus como vou fazer isso.
É a primeira vez que George vem aqui, meus pais iam nos visitar na mansão. E eu nunca tive vontade de traze-lo aqui, me parecia estranho, esse lugar não parece em nada com ele. Mas cá estamos nós. Eu, ele e Victor. Esse sim está animado! Minha mãe já o trouxe algumas vezes, ele sempre voltava cheio de histórias mirabolante.
-A filha que bom que chegou, achei que nem vinha mais.
Minha mãe me abraçou abrindo a cancela para o carro do meu "marido" passar.
- É que George quis vir, então acabamos demorando um pouco mais.
Vejo meu pai vem andando, com aquela roupa que usa sempre quando está "tratando dos animais".
- Oi pai! Estava com saudades.
Corro o abraçando.
- Eu também bolinha. E você netinho? Também estava com saudades do vovô?
Victor corre e pula em seu colo.
- Vamos pra dentro, fiz uns bolos e biscoitos, vem George, entra, vamos tomar café.
Ele passa por nós e começa a bater papo com meu pai, e eu fico só ouvindo, na mesa.
- Olha eu sempre tive vontade de investir em gado, só não encontrei alguém de confiança, que comprar eu compro, mais cuidar mesmo eu não faço ideia.
- Pois meu filho aqui a gente tem essas vaquinhas, mas se Deus quiser vou comprar mais umas esse ano.
- Patrick vamos fazer uma sociedade, eu compro o gado, e custeio os gastos, você cuida deles, já que mexe com isso mesmo, dá certo.
Meu pai parece surpreso, eu também na verdade.
- É pai parece boa ideia.
Concordo dando um sorriso a George.
- Não sei...
- Seria um ótimo negócio para mim, e como te falei só preciso de alguém de confiança.
George reafirma.
- Mas estamos falando de quantas cabeças de gado?
- Umas 100...
Meu pai arregalo os olhos, eu também achei exagero, mas...
- 100?
- Sei que é pouco pra iniciar mas...
- Não George 100 cabeças de gado e bastante pra começar estávamos pensando em umas 50.
- 50? Celine acha que dá pra começar com 50 mil cabeças de gado? Como mencionei não entendo bem sobre esse assunto, mas como disse, quero realmente investir...
- Calma aí George, você estava falando de 100 mil cabeças de gado?
Pergunto assustada.
- É porque?
Ele me encara com os olhos amendoados.
- Horas George, achamos que era 100 cabeças e já pensamos ser muito, agora você explicando que é 100 mil, eu tô até assustada.
Riu, e meu pai me acompanha.
- Realmente George, não sei se precisamos de tanto, não precisa fazer isso por nós...
- Não, Patrick como te disse, a um tempo quero entrar nesse ramo, diversificar o portfólio entende? Mas como mencionei não entendo absolutamente nada, e encontrar alguém de confiança pra estar cuidando e me mantendo informado do que precisa é difícil, então a minha proposta é essa, entro com o investimento, e você fica com a parte do trato com o animal, meio a meio, o que acha?
Meu pai perde a fala, eu também.
- Ele aceita, né pai?
Minha mãe fica o olhando ansiosa por sua resposta, George estende a mão, vejo meu pai receoso mas aperta.
- Maravilha, amanhã venha a meu escritório, vamos bater um contrato, fazer tudo como manda o figurino e da inicio a isso o mais rápido possível, porque terra por aqui não falta.
Olho ele dizer aquelas coisas, meu peito arde, mas não posso gostar desse godzila , ele é temperamental demais, até pra mim.
Comemos bolos e biscoitos a vontade, a janta foi melhor ainda, galinha caipira arroz e feijãozinho, um belo pirão e salada. A eras não comia tão bem, hora ou outra pegava George me observando, mas eu estava leve demais, feliz. Victor comeu que faltou passar mal, e quando minha mãe gritou sobremesa, tive certeza que ele não ia sair do banheiro tão cedo.
Victor dormiu no meu antigo quarto e George e eu ficamos no de hóspedes. Uma Cama de casal e uma cômoda, mais que suficiente. Coloco minhas roupas na cômoda e arrumo algumas de papai emprestadas pra ele que não trouxe.
Logo me deito e ele vem depois, fico olhando o teto como se fosse algo muito interessante e ele me imita.
- Gostei desse lugar.
Olho para ele depois volto a atenção ao teto.
- Fico feliz George.
- E eu fico feliz que esteja feliz.
Sorriu de canto.
- E melhor não começarmos com essas conversas agora vamos evitar isso.
Aponto para nos dois.
- Você é a pessoa mais confusa que já conheci.
Sua voz carrega mágoa.
- Não acho, sempre deixei meu ponto bem claro.
Acabo soltando e me arrependo logo depois quando olho para ele. Seu olhar se mantém no teto da casa, observo o movimento do seu pomo de Adão. Sua expressão é sofrida.
- Repita isso com mais frequência, a parte de me odiar também, assim, talvez, eu consiga me convencer de que você não é pra mim.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Como posso te amar?
RomanceSofia se vê em um casamento que não quer, com um homem que odeia, e fará de tudo para acabar com ele. George gosta dela, de exibi-la, usou tudo que podia para tê-la e não deixará ir tão fácil. Poderia Sofia entender como poderia amar, quando seu co...