Capitulo 8

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Acordo, olho no celular oito e meia da manhã, nossa dormi demais, eu virei o restante do dia e da noite dormindo.

- Senhora?

Cida chama na porta.

- Entra.

Ela abre a porta.

- Eles chegaram.

- Eles?

-Sim o senhor Gusmão e a senhorita Carmim.

Amara Carmim, ele a trouxe.

- Certo, traga meu café da manhã aqui, não irei descer hoje.

Ela assente e sai. Vou ao banheiro, escovo os dentes, tomo um banho maravilhoso, visto o roupão, enrolo uma toalha nos cabelos.

Quando volto pro quarto George está sentado na cama ao lado da minha bandeija de café da manhã.

Seus olhos voam pra minha barriga e depois pros meus olhos.

- Não queria que eu ficasse longe da sua vista? Fica difícil se você vem aqui.

- Senta, vem comer.

O olho incrédula por alguns minutos.

Me sento na ponta da cama e como melão, alguns pedaços de queijo tomo suco, e dois ovos.

- Você tá misturando tudo

- Estou grávida.

Enfio um pouco de geleia na boca.

- Sei.

Ele faz careta. Passo geleia na boca dele.

- Pra parar de nojo.

Ele me encara por alguns segundos, então me beija, sinto a geleia em meu rosto empurro ele, o que esse homem tem na cabeça? Fala sério!

- Pra parar de atrevimento.

Ele ri, eu acabo rindo também.

- Petulante.

Chupo meus dedos com geleia.

- Como estão as coisas aqui?

Me olha atentamente, aguardando minha resposta.

- É... tá tudo bem.

Suspiro alisando minha barriga por cima do roupão.

- Tentou falar com ele não é? Te dei espaço... eu não sei mais o que fazer pra ver se entra nessa cabeça oca, ele não presta.

- Claro, e você presta?

- Se voce parar pra analisar que estou disposto a assumir e cuidar dessa criança e ele provavelmente não, sim eu presto.

Abro a boca algumas vezes, mas não sei o que falar, eu só queria sumir no mundo.
Ele se aproxima, me afasto, mas ele me puxa pra perto, beija minha testa e sai.

Olho minha barriga, só de pensar em como ele irá tratar essa criança. Eu deveria ir embora. Mas pra onde? Meus pais não me aceitariam grávida, o pai não quer assumir, eu não tenho pra onde ir. E aqui, bem... e mais que confortável devo dizer.

Almoço e janto no quarto, não quero ter que lidar com George e a petulância de Amara, ela nunca falou nada diretamente, mas os olhares e as alfinetadas já me irritam muito.

Depois de jantar uma deliciosa macarronada com queijo que eu estava morrendo de vontade, tomo outro banho, visto uma camisola longa de cetim, e me deito. Não demoro muito pra pegar no sono.

Acordo no meio da noite com a cama se mechendo, sinto seu perfume, seu braço em volta de mim, sua barba... passando em meu pescoço. Arrepio dos pés a cabeça, seu corpo cola no meu, depositando leves mordidas em todo meu pescoço. Solto um suspiro, não me julgue, estou só, a tempo demais. Ouço um sorriso rouco em meu ouvido, e logo ele me solta, me sinto frustrada, chateada.

Como posso te amar?Onde histórias criam vida. Descubra agora