Acordo, olho no celular oito e meia da manhã, nossa dormi demais, eu virei o restante do dia e da noite dormindo.
- Senhora?
Cida chama na porta.
- Entra.
Ela abre a porta.
- Eles chegaram.
- Eles?
-Sim o senhor Gusmão e a senhorita Carmim.
Amara Carmim, ele a trouxe.
- Certo, traga meu café da manhã aqui, não irei descer hoje.
Ela assente e sai. Vou ao banheiro, escovo os dentes, tomo um banho maravilhoso, visto o roupão, enrolo uma toalha nos cabelos.
Quando volto pro quarto George está sentado na cama ao lado da minha bandeija de café da manhã.
Seus olhos voam pra minha barriga e depois pros meus olhos.
- Não queria que eu ficasse longe da sua vista? Fica difícil se você vem aqui.
- Senta, vem comer.
O olho incrédula por alguns minutos.
Me sento na ponta da cama e como melão, alguns pedaços de queijo tomo suco, e dois ovos.
- Você tá misturando tudo
- Estou grávida.
Enfio um pouco de geleia na boca.
- Sei.
Ele faz careta. Passo geleia na boca dele.
- Pra parar de nojo.
Ele me encara por alguns segundos, então me beija, sinto a geleia em meu rosto empurro ele, o que esse homem tem na cabeça? Fala sério!
- Pra parar de atrevimento.
Ele ri, eu acabo rindo também.
- Petulante.
Chupo meus dedos com geleia.
- Como estão as coisas aqui?
Me olha atentamente, aguardando minha resposta.
- É... tá tudo bem.
Suspiro alisando minha barriga por cima do roupão.
- Tentou falar com ele não é? Te dei espaço... eu não sei mais o que fazer pra ver se entra nessa cabeça oca, ele não presta.
- Claro, e você presta?
- Se voce parar pra analisar que estou disposto a assumir e cuidar dessa criança e ele provavelmente não, sim eu presto.
Abro a boca algumas vezes, mas não sei o que falar, eu só queria sumir no mundo.
Ele se aproxima, me afasto, mas ele me puxa pra perto, beija minha testa e sai.Olho minha barriga, só de pensar em como ele irá tratar essa criança. Eu deveria ir embora. Mas pra onde? Meus pais não me aceitariam grávida, o pai não quer assumir, eu não tenho pra onde ir. E aqui, bem... e mais que confortável devo dizer.
Almoço e janto no quarto, não quero ter que lidar com George e a petulância de Amara, ela nunca falou nada diretamente, mas os olhares e as alfinetadas já me irritam muito.
Depois de jantar uma deliciosa macarronada com queijo que eu estava morrendo de vontade, tomo outro banho, visto uma camisola longa de cetim, e me deito. Não demoro muito pra pegar no sono.
Acordo no meio da noite com a cama se mechendo, sinto seu perfume, seu braço em volta de mim, sua barba... passando em meu pescoço. Arrepio dos pés a cabeça, seu corpo cola no meu, depositando leves mordidas em todo meu pescoço. Solto um suspiro, não me julgue, estou só, a tempo demais. Ouço um sorriso rouco em meu ouvido, e logo ele me solta, me sinto frustrada, chateada.
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Como posso te amar?
RomanceSofia se vê em um casamento que não quer, com um homem que odeia, e fará de tudo para acabar com ele. George gosta dela, de exibi-la, usou tudo que podia para tê-la e não deixará ir tão fácil. Poderia Sofia entender como poderia amar, quando seu co...