Capítulo 19

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- QUE PORRA É ESSA?

Diego já estava me colocando no chão, quando George resolve aparecer na sala.

- Senta anjo, não quero que se machuque de novo.

Sorriu sem graça e me sento no sofá sobre o olhar assassino do meu marido.

- Eu cai querido, Diego veio ao meu resgate.

Falo com sarcasmo, idiota!

- Eu só a trouxe até aqui, já estava indo embora.

Diz como se explicasse a George, mas só o enfureceu mais, o motivo? Bem, ele não tirava os olhos de mim.

Quando o vejo se virar para ir embora, o seguro pelo braço, eu tinha que agradecer.

- Obrigada, de verdade.

Diego apenas assentiu com a cabeça, deu um aceno ao homem possuído na sala e me deixou, na cova dos leões.

- Como pode deixar que ele te toque?

Ele está ofendido? Mais fui eu quem saiu com o traseiro dolorido caramba.

- Qual o seu problema? Queria que eu ficasse no chão espatifada? Sei que não gosta de mim mas, ai já é demais.

- Vamos embora, AGORA!

- BABACA!

Já não aguentava segurar. Ele volta seu atenção a mim novamente caminhando a passos lentos. Sua mão vai até minhas bochechas apertando.

- Por que faz isso? Torna tudo tão... difícil, não posso permitir ele perto de você, não vou deixar que te tirem de mim.

Seu dedo se arrasta por minha bochecha alisando carinhosamente.

-Eu...

-Shhhi... fique calma... eu só... quero experimentar uma coisa.

Aos poucos sua boca se aproxima da minha, seu olhar se divide entre meus olhos e lábios. Sinto um frio na barriga ao toque de sua boca gelada. É carinhoso, estranhamente carinhoso, me sinto.... entregue. Como se estivesse longe a muito tempo e enfim, estivesse em casa.

Não demora muito e ele se afasta.

- Te dou o que quiser, só... não vá como tentou ontem, eu não consigo permitir, quero que queira, que me queria . Não tenho nada em mim para te oferecer só... posso garantir uma boa vida ao meu lado, em troca só te peço que seja minha.

Meu coração aperta, ele parece.... quebrado?

- Isso parece como vender a alma ao diabo.

- No seu caso a tomei, mas prometo cuidar bem.

Vejo um sorriso se formar, os olhos brilhando, e aquele olhar, como se eu fosse a melhor coisa que ja viu, estava ali presente novamente.

- Porque eu?

Minha voz saiu como um sussurro, minha garganta parecia seca, me vi tremendo como se pudesse ler cada pensamento meu, adivinhar cada desejo escondido. Seus olhos analisaram cada movimento do meu rosto com admiração. O que eu poderia ter de tão especial, que o fazia querer a qualquer custo, até mesmo da minha liberdade.

- Eu não...  Não consigo enxergar nada além de você.

Sua voz é rouca, seu olhar cor de mel não me largou nem por um segundo, como se confirmasse suas palavras.

- Mas como? Não nos conhecíamos, você só chegou como um furacão, prendendo o homem que estava noiva e...

- Eu estava lá, sempre estive.

Com um beijo casto na minha testa ele me deixa só se dirigindo ao nosso quarto aonde começa a arrumar as malas.

Como posso te amar?Onde histórias criam vida. Descubra agora