Como sem vontade ouvindo Victor falar sem parar com George.
-Tabom querido, hora de dormir.
- Mais mãe...
- Vai lá campeão, amanhã vamos sair juntos.
-Serio?
Pula da cadeira com os olhos brilhando.
-Claro.
-Ebaaa... Boa noite mãe, boa noite pai.
Corre escadas a cima comemorando animadamente.
- Seja sincero uma única vez na sua vida, você já sabia que eu estava gravida né?
Sua cabeça pende para direita me avaliando como se eu fosse uma animal no zoológico.
- Comecei a suspeitar quando você foi embora e não parava de passar mal.
Bato as mãos na mesa e me levanto.
-Então você sabia! Sabia que eu estava gravida quando me levou aquele galpão. Quando...
Engulo o choro quando vejo a imagem de Maxin caído na minha frente.
-Ei se acalma, eu não tinha certeza se...
-Se era seu? É isso?
Vejo coçar a cabeça nervoso quando se levanta e começa a caminhar pela sala de jantar.
- O que quer saber? Em? O que ? Eu fiz as contas, você não o via mais na época que engravidou, então só pode ser meu. Você tem que me entender, eu estava furioso, achei que essa criança fosse daquele desgraçado...
Começo a rir.
-Céus com que tipo de pessoa eu me meti? Você fez aquilo tudo, na minha frente. Você sabia o resultado. Você queria isso, que eu perdesse meu bebe.
- Princesa eu não estava pensando bem, eu juro eu nunca faria mal a esse bebe.
-Sei que não faria mal agora que acha que é seu. Mas você tentou, tentou tirar meu bebe de mim porque achou que era do maxin.
Seguro minha barriga forte, eu vou te proteger, custe o que custar.
- Espera, você está fazendo parecer pior do que realmente é.
Tenta pegar minha mão, mas a puxo.
-Nao me toque, nunca mais.
Encaro seus olhos cor de mel enquanto digo cada palavra claramente pedindo a Deus que ele entenda perfeitamente.
- Eu te Odeio. E não há um lugar no mundo seja no presente ou futuro que eu vá te aceitar novamente. Quero você longe de nós, nunca mais quero colocar meus olhos em você, vou me ver livre dessa maldição que é estar ao seu lado.
Me viro e começo a andar, um vento passa próximo ao meu rosto, antes que eu registre que é um vaso.
Ele se choca com a parede, estilhaços se espalham pelo chão. Fico abismada, ele tentou acertar com um vaso a mulher que tanto diz amar que agora carrega seu filho?
- Voce... Você...
Não consigo falar, meu peito se aperta e o ar falta.
- Você não vai a lugar nenhum, nunca. Eu não posso... não consigo viver sem você.
Cai no chão de joelhos, vejo suas lágrimas. Mas nada me comove.
- Por favor... não vai eu vou mudar... Eu juro.
Subo as escadas, caminho até o quarto do meu filho.
- MAMAE?
Corre para me abraçar, está em prantos.
-Calma querido eu vou te proteger.
Suas lágrimas molham minha camisa, mas a sua dor molha minha alma.
-Porque vocês estão brigando?
Pergunta entre soluços.
- Vai ficar tudo bem.
Pego um casaco para ele, vestindo por cima de seu pijama azul de astronauta.
-Vamos.
O levo comigo para baixo, desvio meu pequeno dos cacos de vidro assim que ele vê George ainda de joelhos chorando ele corre para abraça-lo mas o puxo pela camisa.
- Não! Vamos embora.
-Mas o papai...
- Ele não é seu pai!
Seus olhinhos se entristecem mais. Talvez eu não seja um monstro melhor que George.
-Não escuta ela, está fora de sí. Vem, vem ficar com o papai.
George abre os braços, meu filho me empurra correndo para os braços dele.
-Papai vai estar sempre com você, sempre.
Apesar de abraçar Victor seus olhos estão em mim, um arrepio subiu por minha coluna.
Como se eu nunca pudesse ser livre do monstro em baixo da minha cama se arrastando todas as noites, se esgueirando nas sombras.
Eu o odiei nesse momento pelo que ele me fez fazer, por me tornar sua semelhante me fazendo cometer meu maior erro.
Eu corri.
Corri para fora do inferno.
Para me proteger.
Corri chorando como louca, tudo se abriu, todos pareciam ter ordens de me deixar ir.
Eu não olhei para trás, só pude olhar para o céu e pedir que ele continuasse sendo o pai que Victor nunca teve, enquanto eu corria pela vida dentro de mim, porque no fundo eu temo que o psicopata não acredite que é o pai do bebe, e se isso acontecer eu não escaparia ilesa.
George é volátil, perde a paciência fácil, apesar da pose de que mudou, continua o mesmo maníaco.Continuo presa a ele, a única diferença é que ele afroxou a coleira. Com a certeza de que eu voltarei já que mantém algo preciso pra mim,
Meu filho.
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Como posso te amar?
RomanceSofia se vê em um casamento que não quer, com um homem que odeia, e fará de tudo para acabar com ele. George gosta dela, de exibi-la, usou tudo que podia para tê-la e não deixará ir tão fácil. Poderia Sofia entender como poderia amar, quando seu co...