capitulo 14

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Seus beijos e mordidas levam meu corpo a formigar como nunca antes, suas mãos grandes passeiam pelo meu corpo como se lhe pertencesse. Sua boca explora a minha sempre que tem vontade não consigo controlar meus gemidos.

O barulho da companhia é ouvido por nós, alguém está aqui, tentamos deixar para lá, mas o som irritante continua.

George está furioso, ele se levanta e marcha para saber quem teria o atrapalhado justo agora. Suspiro derrotada e desço também passando a mão pelo cabelo, o que pensariam me vendo com o cabelo todo pro alto?

Estou descendo as escadas quando o vejo, seus olhos se encontram com os meus e paraliso no meio da escada. Como ? Depois de tanto tempo? George está furioso. E eu? Bem, em pânico!

- Sofia, não te vejo a...

- Cinco anos.

- Isso! Está linda, mais linda que nunca, e o meu filho? Quero conhecer!

-Some daqui, você não vai conhecer porra nenhuma!

George esbraveja.

- Eu tenho direitos! Afinal... sou o pai né?

Ele sorri em deboche.

- Não... não é, ele é filho do George, porque nem pra isso você serve. Agora vai embora daqui!

Minto, mas o que deveria fazer, a verdade prejudicaria tanto a mim como ao meu filho, e a George claro.

- E aquelas ligações? As vezes que implorou para fugirmos, para criamos nosso filho juntos?

George me olha decepcionado, eu o entendo, quem não estaria, fui idiota por Rodrigo mais vezes do que eu gosto de me lembrar.

- Não quero falar com você, vai embora.

Me viro e começo a subir as escadas.

- Sofia! Volta aqui, agora !

Rodrigo grita, George que aquela altura tinha se sentado para analisar a situação, se levanta calmamente, caminha até ele e o ergue pelo colarinho .

- Eu ouvi bem? Quer mandar na minha mulher, dentro da minha casa?

Rodrigo se assusta.

- Não se esqueça George, ela era minha, antes de ser sua. Eu deixei que ficasse com ela, deveria ser grato.

Foi a gota d'água , o vi perder toda a paciência. O jogou no chão, caminhou até ele e deu vários socos no rosto, quando parou Rodrigo cuspiu sangue no chão da sala de estar.

- Vou pegar ela de volta, bastardo.

George se enfurece novamente, mas corro em sua direção, o puxando.

- Vá embora Rodrigo, vá embora.

Grito desesperada.

-Viu? Ela até me defende.

E aí me arrependo amargamente da minha atitude, Rodrigo corre, quando vê o olhar assassino de George. E não sei porque, mas acho que deveria fazer o mesmo.

- Ainda defende ele? Como pode?

-Eu nao defend...

- Chega, vou me distrair.

Ele vai até a garagem e arranca sumindo logo de vista.

Me abaixo ali mesmo me permitindo chorar. Droga! Porque isso está me consumindo tanto? Eu nem quero nada com ele, nunca quis, minha única vontade foi de fazer a vida dele um inferno, então porque eu estava me sentindo mal agora. Por anos tudo que eu quis era ver Rodrigo entrando por aquela porta, nos tres enfim uma família, e agora? Eu estou aqui, uma inútil chorando por George.

Como posso te amar?Onde histórias criam vida. Descubra agora