Acordo com risadas altas, e gritos. Me sento ainda aérea e me arrependo rapidamente com a dor em minha intimidade. Levanto com cuidado e tomo um banho.
Há marcas por toda parte meu cabelo parece um ninho. E eu, aparentemente apanhei a noite toda, misericórdia.
Parece que ele queria provar um ponto afinal.
Me visto, com auxílio de maquiagem cubro os roxos aparentes e desço.
George e Victor estão correndo pela sala, gargalhando.
- Que gritaria, vem aqui minha fofura.
Vou até Victor e o abraço.
- Estávamos brincando um pouco.
George diz se sentando no sofá, ele esta com uma camisa social branca com as mangas arregaçadas, os cotovelos apoiados nas pernas a cabeça abaixada com as mãos em seus cabelos. Ele não me olhou nos olhos uma vez se quer, mas eu não sei o que faria se olhasse.
- Mamãe, mamãe! Vem, papai veio almoçar com a gente.
Grita puxando minha mão.
- Almoçar? Mas que horas são?
- Pedi que não te acordassem, você parecia... cansada.
Olho para ele e lá estava, seus olhos fixos em mim, meu rosto queima, desvio minha atenção para o almoço, que parece demorar uma eternidade para acabar.
Victor termina de comer o levo para a casa do coleguinha que ele insistiu até eu não ter mais o que dizer.
Volto para casa, entro tirando os sapatos, seguro no corrão e subo as escadas, parece que um caminhão passou por mim, e eu posso jurar que ele ainda saiu na mão, o que estou fazendo com a minha vida?
Entro no meu quarto e ouço o barulho do chuveiro, ótimo ele está aqui.
Jogo os sapatos em um canto qualquer e me deito cobrindo meu rosto com o travesseiro, aonde eu estava com a cabeça? O que deu em mim? Logo o George? Ele que virou minha vida de pernas pro ar.
- Vai ficar aí remoendo noite passada, ou quer aproveitar para repetir a dose.
Tiro o travesseiro do meu rosto, e o maldito estava apenas com a toalha enrolada na cintura, e eu seguia com os olhos cada gota que descia pelo seu abdômen.
- E porque acha que eu iria querer repetir a "dose"?
Faço aspas com o dedo.
- Pergunta errada docinho. Deveria pensar no que vou fazer com você quando te pegar de novo. Por que eu vou, é só questão tempo.
Ele vai em direção ao closet com a cara de quem venceu, corro atrás dele.
- Você se acha muito... e quer saber? Nem foi lá essas coisas.
Tomo um susto quando ele vira abruptamente me empurrando em meio aos cabides até que não tivesse mais para onde ir.
- Eu sou paciente Sofia, mas, 5 anos... porra! Acha que sou o que? Reclama que estive com outras, mas não me quer. Não tenho mais tempo nem idade pra joguinhos, seja direta e clara, porque eu não vou perguntar de novo. O que quer de mim?
- Cinco anos? George ainda vai fazer cinco anos em setembro...
- Não desvia do assunto.
- Eu não sei bem o que vou fazer, se isso, é o que eu quero.
Aponto para nós dois.
-Não sabe? É casada comigo, te dei tudo, te daria o mundo se pedisse. Cuide de você, te livrei daquele imprestável que te abandonou quando descobriu do Victor, ele sim não prestava! Mas é disso que você gosta né?
Tento acertar um tapa em seu rosto, mas ele segura minha mão e me puxa pela cintura, ficando a centímetros de mim.
- Sofia ... Sofia, quando vai aprender. Mas se é assim que quer, assim será.
Ele me solta tão rápido que quase caio.
- O que quer dizer...
- Você não me quer? Odeia esse casamento, a casa, mas acima de tudo me odeia. Ok, não vou embora de novo, parei de tentar fugir... não se preocupe, também não irei tentar nada mais com você, cansei de ser chutado.
Ele solta a toalha, me dando a melhor vista de todas, coloca um jeans, uma camisa que agarra cada músculo seu, passa as mãos no cabelo o arrumando, anda até o perfume e passa me deixando inebriada. O sigo com o olhar quando ele vai até a cama e se senta para colocar o tênis.
- Aonde você vai?
- Vou ver uma pessoa.
- Você o que?
- O que? Tentei ser tudo pra você, mas você quis mais, decidiu que eu não era suficiente, agora quem não te quer, sou eu.
Ele se levanta e sai pela porta, o sigo enquanto ele vai até a garagem, o desespero bate, como assim ele não me quer mais? Vejo a chave do possante cair, pego e antes que ele se quer raciocine eu corro! Corro como se minha vida dependesse disso.
Chego a cozinha localizo outras três chaves dos carros que ficam na garagem , coloco todas dentro do sutiã.
- Sofia! Me dá essa merda!
O vejo no corredor e corro saio pelos fundos da casa entro pela frente novamente com cautela, ele parece não estar aqui, subo as escadas correndo e entro no meu quarto, por fim tranco a porta e fico lá, parada olhando ela como se a qualquer momento ele pudesse abrir.
- Qual o seu problema docinho?
Tomo um susto ao virar e ve-lo sentado na minha cama.
- O que você...
- Sihhhh.
Ele vem até mim me fazendo recuar até bater as costas na porta, George retira uma mecha de cabelo do meu rosto colocando atrás da orelha, sua respiração bate em minha testa aonde ele deixa um beijo.
- George eu...
- Me fala, o que quer de mim?
Olho para cima e encontro seus olhos âmbar, me encarando com intensidade.
- Não vá.
- Eu faria qualquer coisa por você, mas dessa vez não.
Ele coloca a mão entre meus seios e retira uma chave, seus olhos não largam o meus nem por um segundo.
Me afastando da porta ele a destranca pronto pra sair.
- Espera.
Seguro seu braço, ele me encara.
- O que quer de mim docinho?
- Quero você! Só dessa vez, por favor.
Ele se aproxima, me empurra e acabo caindo na cama, seu corpo cobre o meu, seus lábios mordem meu pescoço aonde ele sobe a língua até minha orelha.
- Depois de hoje, não me importo com o que diga, não vou deixar você ir.
Sinto um arrepio subir pelo meu corpo.
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Como posso te amar?
RomanceSofia se vê em um casamento que não quer, com um homem que odeia, e fará de tudo para acabar com ele. George gosta dela, de exibi-la, usou tudo que podia para tê-la e não deixará ir tão fácil. Poderia Sofia entender como poderia amar, quando seu co...