Capítulo 6

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Minha mente estava uma grande bagunça

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Minha mente estava uma grande bagunça.

Acordei de péssimo humor, e tive que lidar com uma reunião insuportável.

Safira — minha colega de trabalho — decidiu implicar comigo hoje, provavelmente, porque não acatei suas ideias como desejava. Mas não tenho culpa, a coleção não é dela para que decida tudo, estou apenas fazendo meu trabalho.

Apesar de ser uma ótima profissional, a mulher não consegue ouvir um 'não'. Ela sempre fica emburrada e desconta em mim, dizendo que tudo o que tenho é por estar com o Vitor. Invalidando completamente todos os meus esforços.

Como se abrir as pernas para um idiota fosse me tornar um boa profissional, pensei irônica, cheia de raiva.

Consegui ignorar o Vitor ontem, fingindo uma dor de cabeça inexistente. E aquele idiota percebeu, é claro, por isso me levou flores e uma cesta de café-da-manhã quando foi me buscar hoje. Eu provavelmente não deveria ter deixado tudo para lá outra vez, ainda mais depois de descobrir que a ex dele está aqui. Rodrigo não me contou quando foi que ela chegou, disse apenas que esbarrou com ela no Vilian — um hotel 5 estrelas muito maravilhoso. Mas meu amigo prometeu investigar essa história e espero que seja apenas uma mera coincidência mesmo.

Eu estava agora na copa da empresa, com uma barrinha de chocolate em minha mão, porque é a única coisa que me ajuda a ficar bem quando tudo em mim ameaça desmoronar. No entanto, preciso confessar com sou uma chocólatra, é o meu doce favorito.

Enquanto permanecia distraída, comendo no silêncio acolhedor do lugar, a voz rouca, que não deveria me fazer arrepiar e estremecer, soou pertinho do meu ouvido:

— Se escondendo aqui? — pulei de susto. Mas abri um sorrisinho e virei meu rosto para olhá-lo.

Nossas bocas quase, quase, se tocaram. Perto demais para o meu juízo. Meu corpo esquentou imediatamente.

Droga, Camilla. Se concentra.

— N-não — gaguejei, e senti vergonha de mim logo em seguida.

— Tem certeza? — sua respiração quente raspou meu rosto, em uma carícia delicada e arrepiante.

Engoli minha saliva com um pouco de dificuldade.

— Talvez eu estivesse — assumi, sorrindo timidamente.

Ele riu. O som delicioso reverberou por todo meu corpo, se acumulando com uma chama abrasadora em meu âmago.

Corei ainda mais e respirei devagar, quando seu perfume me embriagou de uma maneira muito embaraçosa.

Meu Deus, o que está acontecendo comigo?

Bernardo se afastou, ainda mantendo o sorriso ladino em sua boca e caminhou até a cafeteira. Enquanto esperava, seus olhos castanhos permaneceram fixos em mim. Intimidando-me um pouco.

Obra do Destino - Série Obras Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora