Capítulo 43

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Hoje é finalmente o dia do desfile

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Hoje é finalmente o dia do desfile. Meu último dia aqui...

Duas semanas nunca passaram tão rápido como estas, e o pior de tudo, é que estou mal com esse fato. E eu sei, deveria estar saltitante, pois vou realizar o meu sonho. No entanto, estou apenas deprimida.

Deprimida, porque estou indo embora com a certeza de que nunca terei o homem por quem me apaixonei. Deprimida, porque eu amo uma pessoa inacessível.

Se você não fosse tão coração mole — a cadela me reprende, coberta de razão.

Mas eu gostaria que ela não tivesse, gostaria que isso não passasse de um sonho ruim. Gostaria de acordar envolvida por braços fortes, um sorriso brilhante e um olhar lindo, me garantindo que sou amada.

Tá, eu sei, estou sonhando acordada. Esperando coisas impossíveis.

Por isso espantei essa ideia da minha mente e entrei no meu closet, enrolada em uma toalha fofinha. Estou super atrasada, mas quem se importa? Vou levar o tempo que for preciso escolhendo a minha melhor roupa, pois preciso deixar a melhor impressão sobre mim e o meu trabalho, que tanto me esforcei para deixar impecável.

Como a cor favorita daquele pedaço de mal caminho é preto, escolhi um vestido longo tomara que caia cheio de brilho nesta cor e o vesti, imaginando qual seria sua reação se estivesse aqui.

Ele me elogiaria, depois ficaria me olhando cheio de orgulho e admiração, então diria algo safado só para deixar minhas bochechas coradas e minha boceta carente molhada.

Ai que droga, por que não posso ficar sem pensar nele um dia que seja?

Eu só queria colocar uma roupa bonita, me sentir bem comigo e ir arrasar no desfile de apresentação. Nada além disso.

Então não deveria ter pensado nele ao escolher seu vestido — a cadela soprou novamente.

Bufei por sua astúcia, e, com um pouco de dificuldade, fechei o zíper lateral. Então calcei um scarpin também preto da Tom Ford, que ganhei recentemente da minha mãe, e fui passar meu perfume favorito de sempre.

Como fiz minha maquiagem e cabelo com uma profissional, só me restava agora ir para o lugar do evento. Mas eu estava muito nervosa, faz duas semanas que não vejo o Bernardo. Encará-lo vai ser um pouco... estranho. E só espero não ter um ataque do coração quando finalmente vê-lo, isso seria muito vergonhoso.

Puxei uma longa respiração, antes de pegar minha bolsa da Yves Sant Laurent, que também ganhei recentemente da minha mãe.

"Você precisa de um incentivo para ficar bem." Foi o que ela me disse.

Chamei um Uber para ir e esperei os longos cinco minutos de demora, até ele chegar. O motorista, muito educado, colocou uma playlist mais alegre para tocar, quando pedi que tirasse o sertanejo triste demais para uma alma não correspondida, como eu.

Obra do Destino - Série Obras Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora