Capítulo 23

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Guiada pelo conselho da minha amiga, decidi procurar um affair de verdade, para colocar no lugar do outro, que decidiu não mais me ver

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Guiada pelo conselho da minha amiga, decidi procurar um affair de verdade, para colocar no lugar do outro, que decidiu não mais me ver. Não que ele fosse um, para começo de conversa. E agora, nem amigo pelo visto.

Ainda estou magoada com sua decisão, e acho que entrei no estágio dois: a raiva. Eu juro que se o visse na minha frente, estragaria seu rostinho lindo com as minhas próprias mãos. O que ele fez foi muito injusto. Estávamos tendo uma coisa legal entre amigos, e, sem mais e nem menos, Bernardo resolveu que não queria estar perto de mim, sem uma boa explicação, ainda por cima.

Ontem, estava irritadíssima, tanto com a fofoca, que continua a se alastrar, quanto com o idiota, por não estar por perto para me consolar. E para fechar o combo com chave de ouro, precisei lidar com uma ligação da minha mãe, brava, por eu não ter contado que estou "saindo" com alguém. Passei quinze minutos explicando para ela o que de fato aconteceu, e posso dizer que dona Victoria ficou muito surpresa quando contei que, na verdade, não tenho nenhum casinho, como ela pensou que eu tivesse. Isso a chateou, é claro, minha mãe tem expectativa que eu aproveite mais a vida, como ela aproveitou em sua juventude.

O que eu não disse, no entanto, é que vou ser impulsiva outra vez e tentar encontrar um affair de verdade. Se eu tiver coragem, depende disso também. Só sou desinibida em minha cabeça, na prática, o receio sempre fala mais alto. Não com aquele idiota, aparentemente. Com ele foi tudo muito fácil.

Eu precisava mesmo me apaixonar pelo cara errado outra vez? E ir para cama com o amigo dele como forma de vingança?

— Cami, está ouvindo? — foquei no rosto da Juliana, percebendo que não prestei atenção em nada do que dizia.

Minha melhor amiga está um pouco melhor de seu "coração" partido. Ela teve dois longos dias de choro constantes, e agora está pronta para viver sua vida de solteira outra vez. E lógico, quer me incluir nisso.

— Não. O que disse? — disse envergonhada. Ela revirou os olhos.

— Vai me acompanhar, ou não? Só quero dar um tempo. Talvez se eu sair para me divertir acabe esquecendo a vontade que tenho de assassinar o Gustavo.

Entendo seu desejo, assim como eu, Juliana quer esquecer os problemas na companhia de uma bebida e uma música agitada. É disso que estamos precisando.

— Já fomos lá antes, lembra? Toca os melhores reggaetons e os drinks também são ótimos. Vamos, por favor? Eu faço o que quiser. — Juliana juntou suas mãos e fez um beicinho fofo.

— Vamos! — ela se animou, pulando e batendo palminhas. Dei risada de seu show. — Mas tem que me prometer que não vai ficar bêbeda e nem acabar tendo uma recaída.

— Quando eu já fiz isso? Sou vingativa, não tonta. Se eu recair, vai ser nos braços de algum gostoso.

— Então tudo bem. — Ri.

Obra do Destino - Série Obras Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora