Capítulo 13

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Eu sabia que algo estava errado

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Eu sabia que algo estava errado.

Pensei que fosse por minha causa, já que a pequena diaba parecia estar me evitando a todo custo. E por um lado, até entendo, o que aconteceu foi um grande erro. Ela é a noiva do meu melhor amigo, e mesmo que eu deteste isso, é minha obrigação respeitar.

No entanto, ao ver a Camilla virando boa parte de uma garrafa de vodca direto em sua boca, meus pensamentos mudaram.

Não sei se estou certo, mas ela só toma essa bebida quando está mal com alguma coisa. A primeira vez que a vi fazendo isso, foi em uma festa em que ela discutiu com o Vitor, a segunda, quando não conseguiu deixar seu projeto da forma que desejava, e a terceira, no dia em que voltei e toda a confusão com meu amigo aconteceu. E bem, agora. Mas o motivo é o que preciso descobrir.

A segui de longe e vi quando se aproximou do rapaz das fotos, vi também o momento exato em que seu corpo ficou tenso em nervosismo e o rosto delicado se contorceu em apreensão. Só a mudança repentina me fez caminhar em sua direção, necessitando urgentemente tirar todo o seu desconforto, contudo, acelerei meus passos assim que notei o Vitor se aproximando.

Camilla mantinha seu rosto em uma expressão decepcionada e seus olhos estavam cheios de lágrimas não derramadas. Por pouco não a puxo para meu peito, a fim de tirar aquela tristeza estampada em seu rosto lindo. Mas me contive, observando toda a cena a minha frente.

Uma foto do Vitor com a Samantha no elevador de seu prédio, aos beijos, preenchia a tela do notebook, em uma prova clara de sua traição.

Ele estava pálido, suando frio, aparentemente, e engoliu em seco antes de olhá-la com certo desespero e implorar:

— Não faz isso, por favor.

Camilla derramou sua primeira lágrima. Que desceu grossa, manchando a maquiagem simples, mas muito linda, em seu rosto delicado. Ela se virou para encará-lo, dor estampada em toda sua linguagem corporal.

— Por que eu deveria ouvir seu pedido? — outra lágrima escorreu.

— É o aniversário da minha irmã, você não pode estragar tudo como sempre faz.

A mão dela se chocou contra o rosto dele em um impacto forte que chamou a atenção de todos, deixando-me estático e com os olhos arregalados.

Ela é sempre tão calma, eu não esperava por isso, preciso admitir.

— Você me dá nojo, Vitor! — bradou, muito irritada, derramando mais lágrimas.

Para evitar que uma comoção se formasse a nossa volta, agarrei o braço dela, trazendo-a para perto, mas antes de sair me virei para o idiota a nossa frente e ordenei entre dentes:

— Se livra dessa merda e dá um jeito na bagunça que você começou — então puxei a Camilla comigo.

A morena atrevida tentou escapar do meu aperto, no entanto, a impedi, levando-a para o primeiro cômodo vazio que encontrei: o escritório.

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