Capítulo 30

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Minha boceta está ardendo

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Minha boceta está ardendo.

Isso, porque tive a noite mais insana da minha vida. Testamos muitas posições, e transamos como dois coelhos no cio, com tanta força que agora não aguento me levantar. Minhas pernas são como um aglomerado gelatinoso.

Bernardo estava mais intenso, e entendi que tudo o que aconteceu foi porque o mantive longe. Por um lado, achei bom, ele pôde entender como me senti, mas por outro, sofri as consequências por dois motivos: ganhei palmadas na bunda, e não posso deixar de confessar que gostei. Mas, sobretudo, fiquei morrendo de saudade dele.

Tanta saudade que estive muito desatenta essa semana, apesar de não ter deixado isso muito claro, até porque meu trabalho depende de mim e eu tinha e ainda tenho muito a fazer.

Só sei que quando finalmente esse moreno bruto me pegou em seus braços, ao chegarmos aqui, nada mais importava. Éramos só ele e eu. A nossa bolha.

E agora estou pensativa sobre algo que aconteceu ontem. Ele me fez dizer que minha boceta é dele, torturando o meu juízo. No entanto, eu gostei da sensação — não de sua tortura, é claro —, gostei de como me senti dele naquele momento, gostei como meu corpo se entregou por inteiro naquele momento. Simplesmente gostei.

Mas o ponto aqui é, por que eu gostei? Por que aceitei em minha mente que sou dele?

Eu não sou, sei disso, e nem se houvesse alguma chance eu seria. Então por que me senti como se fosse?

Também me questiono se ele só falou aquilo guiado pelo ciúme. Pode ter sido, não descarto a possibilidade. Ou se talvez tenha havido outro motivo. Será que houve?

Ele sentiu ciúmes de mim. Isso sim é novo, ninguém nunca sentiu ciúmes de mim antes, e muito menos eu. Mas agora, sei que sim. Odiei a mulher que estava com ele no Havana, senti raiva de imaginá-lo com outra, outra que não seja eu.

Ai, Bernardo, o que está fazendo com minha mente? Eu não era assim.

Nunca antes teria aceitado viver algo assim. Nunca sequer teria feito sexo só por fazer. E desde que esse idiota charmoso entrou em minha vida, tenho feito muitas escolhas guiadas pelo tesão. Pela adrenalina do momento.

É como se toda a segurança que envolvi em minha vida tivesse evaporado. E sim, eu amo isso. Amo como me sinto livre com ele.

Até dona Victoria percebeu isso. Ela me mandou mensagem para dizer que o aprova, pois me transformo em um passarinho que acaba de descobrir suas asas, perto dele. Confesso que isso não faz muito sentido para mim, mas se ela disse, quem sou eu para contestar?

Nós tivemos um momento muito divertido com ela, a conversa foi maravilhosa, e Bernardo soube encantá-la, como já previa. Agora ele tem uma fã, e coincidentemente é a ídolo dele.

Loucuras da vida, eu sei.

Contudo, o que me deixa confusa é a forma como dona Victoria deu o braço a torcer tão rápido, porque antes, ela só faltou assassiná-lo com a força do pensamento por ser amigo do Vitor. E então, com cinco minutos de conversa a mulher já estava toda derretida por ele.

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