Capítulo 15

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Eu nunca liguei que me ignorassem

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Eu nunca liguei que me ignorassem.

Bem, isso foi antes daquela diaba infernal.

Faz cinco dias que nem seu rosto tenho o prazer de ver. E isso tem me irritado pra caralho. Primeiro, porque não sou assim, segundo, porque estou com saudade.

Ela se tornou uma parte essencial do meu dia, estávamos sempre juntos na copa da empresa, flertando e conversando sobre tudo e nada. É estranho não ter mais isso.

É estranho não ter ela.

Em tão pouco tempo Camilla ganhou um espaço enorme em minha vida, e para complicar tudo, aquele beijo não sai da minha cabeça. Foi o melhor beijo da minha vida, e eu odeio essa porra.

Depois da mulher que me fodeu para o amor, resolvi nunca mais beijar. Sentia repulsa só de pensar no contato. Mas com aquela diaba... Porra, eu beijaria sua boquinha deliciosa para sempre.

E sei o quanto este pensamento é errado. Eu traí meu melhor amigo, eu quebrei o código de amizade que não deveria ter sido quebrado. Entretanto, dizer que me arrependo seria uma grande mentira.

Eu daria toda a minha fortuna para voltar no tempo e devorar aqueles lábios suculentos um pouco mais, para gravar seu sabor em mim. O encaixei perfeito que nossas bocas tiveram.

Eu daria tudo para arrancar toda a dor que ela sentiu quando fomos interrompidos, pois odeio vê-la sofrer. De alguma forma ela conseguiu trazer meu senso protetivo à tona outra vez.

E isso é ruim. Não me importaria de brigar com o mundo se isso significasse não ver aquela expressão frágil em seu rosto. Não me importaria de perder o cara que conheço desde a minha infância.

Disse que ela ia me ferrar. E foi exatamente isso o que aconteceu.

Estou extremamente ferrado, por uma mulher que eu sequer deveria ter desejado para início de conversa. Mas explicar para minha mente o problema nisso, é como dizer a um recém-nascido que um mais um é dois.

— Se anima, cara. Nem parece que está em uma festa — recebi um tapa em meu ombro, sendo tirado dos meus pensamentos deprimentes.

Era o Carlos, mais um dos meus pouquíssimos amigos. Ele é um médico absurdamente mulherengo, e nos conhecemos por acidente quando éramos só dois adolescentes idiotas.

Ele soube que voltei, e na segunda me intimou a vir em sua festa. A princípio eu não viria, porque tinha planos em mente, que envolviam uma certa mulher.

Mas depois de ser brutalmente ignorado, aqui estou. Mesmo que animação não seja a emoção presente em meu corpo agora.

— Estou com a cabeça cheia, me dá um desconto — virei um pouco da cerveja em minha boca.

— Você veio para relaxar, então por que não procura alguma companhia? — sugeriu.

Fiz uma careta, entretanto, resolvi pensar na possibilidade. Três semanas sem sexo é muito tempo. Talvez meu problema seja tesão acumulado.

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