Obsessive || Josh Beauchamp

a fuga

S/n Smith

Pus o telefone sobre a mesa e corri para a cozinha, encontrei Maria que preparava o almoço, a mesma estava de costas e cantarolando uma música baixinho.

Dou pulinhos de felicidade e a abraço subitamente, assustando-a. Ela se vira com os olhos arregalados e me encara, logo sorri desacreditada e fala;

— Filha, o que você tem?

— Ai Maria! Eu tô feliz, o Krys... — sorrio de orelha a orelha — ele não morreu!

Ela arregala os olhos novamente e volta a sorrir, retribui o aperto e me abraça também. Nós duas quase nos desequilibramos e caímos na cozinha, foi por pouco. Eu estava feliz por não ter realmente perdido meu amigo.

— Mas, querida... — Maria para de me abraçar e questiona — como você sabe?

— Longa história, no almoço eu te conto! — pisco para ela e saio da cozinha deixando-a com as mãos na cintura, curiosa.

Subo para o meu quarto. Iria tomar um banho e depois desceria para almoçar, abri a porta e adentrei o cômodo, caminho em direção a minha cama e me jogo no colchão.

Ficando de barriga para cima, ponho as mãos em cima da mesma. Solto um suspiro cansado e fito o teto. Estava mais tranquila por saber que não tinha perdido mais alguém que amava, se Krys tivesse mesmo morrido, eu não saberia como viveria daqui para a frente.

Coisas começam a passar por minha cabeça e eu umedeço os lábios. Fecho os olhos e penso nele, ainda tinha meu amigo comigo, mas eu queria que outra pessoa além dele também continuasse ao meu lado. Por mais que eu evitasse, meus pensamentos me levavam de volta a Joshua.

Nessas últimas duas semanas, não sei como meu cérebro ainda não havia explodido, pelo tanto de vezes que tentei encontrar uma resposta relevante que esclarecesse o motivo dele ter me deixado.

Suspiro frustrada e balanço a cabeça tentando distanciar os ideias e vou para o banheiro fazer o que de fato havia vindo fazer.

Adentro o box e retiro minha roupa, coloco no cesto e ligo a torneira do chuveiro. Me ponho em baixo da água corrente e sinto meu corpo relaxar com a temperatura da água. Resolvo lavar meus cabelos, que faziam um bom tempo que não viam a água e shampoo.

Despejo o sabonete em minha mão e deslizo o mesmo por toda minha extensão corporal. Esfrego meu couro cabeludo e grunho em aprovação ao sentir a massagem de meus dedos em minha cabeça.

Tiro tudo com água e em seguida saio do box, agarro a toalha e enrola-a no corpo. Com uma mais pequena circundo meus fios para secarem mais rápido.

Abro o armário e pego um conjunto moletom para vestir.

Já vestida sento na cadeira em frente a minha penteadeira e tiro a toalha do cabelo. Pego o creme em mãos e com os dedos passo entre os fios, os penteando.

Fiz isso em todas as mechas e me olhei no espelho, estava bom. Enxugo as mãos na toalha e me assusto a ouvir o barulho do piso ecoar por meus ouvidos.

Me viro para ver o que era e a imagem a minha frente me faz abrir a boca descrente da situação.

— Joshua?! — pronuncio me levantando e ficando frente a frente com ele.

— Antes de você me expulsar, eu quero te pedir perdão! S/N... — Não o deixei terminar e corri para abraça-lo, o assustando.

Nossos corpos se chocaram e meus braços envolveram seu pescoço, enquanto minhas pernas rodearam seu quadril. Meu rosto se enterrou em seu pescoço e eu não contive a emoção.