preliminares

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Sn Smith

Abri meus olhos e rapidamente os fechei de novo. A luz entrava fortemente pelo blecaute que estava aberto. Meu corpo encontrava-se quase todo descoberto pelo edredom. Braços possessivos me rodeavam preguiçosamente.

Novamente abri os olhos, dessa vez me acostumando com a claridade. Passei o dorço da mão pelos olhos na tentativa de despersar o sono que ainda pesava em minhas pálpebras.

Olhei para o homem ao meu lado, que dormia plenamente com os lábios entreabertos e coberto da cintura para baixo, assim como eu.

Ontem a noite tínhamos transado loucamente até às duas da manhã. O que eu acho que incomodou – muito – Joalin. Coitada, depois vou pedir desculpas e a levar para fazer compras com o cartão do meu namorado.

Tirei a mão que estava sobre minha barriga levemente e depois levantei da cama. Nua, assim com Josh, caminhei até o banheiro e dei uma olhada em meu reflexo. Por Deus!

Quem inventou que sexo faz bem a pele, estava mais do que certo. Mas por que esse filho da puta não avisou que eu iria ficar parecendo que tinha sido atacada por cinco guaxinins raivosos toda vez?

Molhei as mãos na pia e passei nos fios tentando deixá-los ao menos assentados. Em seguida escovei os dentes, nua mesmo, além do mais estava sozinha, depois entrei no box, logo ligando o chuveiro e tomando uma ducha.

Feito minhas higienes, voltei para o quarto. Josh ainda dormia como uma pedra quando passei pela cama e fui até o armário vestir uma roupa. A noite não tinha exigido muito de nós dois, apesar de terem sido horas. Eu não estava tão cansada, só um pouquinho dolorida, mas faz parte.

De roupas postas, fui até a frente do espelho do quarto e peguei em mãos uma escova. Teria que apelar para aquilo para poder domar a fera que a cada minuto parecia que ficava mais louca.

Enquanto arrumava meus cabelos rebeldes, pensava na situação de Josh com sua mãe. Ele passou tanto tempo sem saber que tinha uma e sem receber o devido amor dela que me fazia pensar que eu não devia estar brigada com a minha. Se bem que era ela quem começou tudo.

Mas eu tinha fugido.

Todavia foi ela quem me proibiu de ficar com Josh, caso contrário, eu jamais teria feito algo assim. Se parar para pensar, no começo ela apoiava essa relação. Por que do meio pro fim, isso mudou?

Por que você engravidou dele e foi sequestrada por causa dele, S/N.

É, isso era mais do que motivo para uma mãe que se importa com a filha não quere-la perto de um gangster.

Ah, meu filho. Parei de escovar o cabelo e olhei para minha barriga, em seguida passei a mão sobre a região. Como eu estaria se não tivesse perdido o bebê? Será que já estaria grande o suficiente para saber o sexo?

Eu teria amado tanto essa época. Gostaria de ter sentido meu filho dentro de mim. Ter Passado a mão pela barriga e vivenciado seus chutes em meu ventre. Amaria até mesmo as tonturas, mal-estares, dores... Tudo só para poder tê-lo no fim disso tudo.

Se não fosse por causa daquele miserável ter estragado tudo, se ele não fosse um podre por dentro, se não tivesse fingido ser do bem por todo aquele tempo. Eu acreditava tanto em Dylan, ele era meu melhor amigo e nunca que eu teria desconfiado que ele seria capaz de uma merda daquela.

Eu sofri tanto nas mãos dele. A forma como ele me bateu com tanta força, tanto... Ódio. Como se, estivesse inundado por uma ira incontrolável de mim. Mas eu sabia que não era comigo, ele queria atingir Joshua.

No entanto, isso não era defesa para o que Dylan fez. Ele era um monstro, por toda nossa vida ele foi assim. Quando brincávamos no jardim da casa dele parecia tão... Real. Eu amava brincar com ele, éramos melhores amigos.

Obsessive || Josh BeauchampOnde histórias criam vida. Descubra agora