Obsessive || Josh Beauchamp

fora de controle

S/n Smith

— Tem certeza? Posso conversar sozinha com ela, eu acho até melhor. — Digo para o homem ao meu lado.

Joshua e eu estávamos em seu carro, prestes a partir em rumo a minha casa. Hoje será o dia em que irei rever minha mãe depois que fui para a casa de Krystian, aliás, não falo com ele desde o ocorrido.

— Não há nada que você possa fazer, S/N. — Ele diz convicto. — Eu irei com você e vou sim, falar com sua mãe.

Suspiro derrotada, porém concordo e ele liga o motor. Nos tirando do condomínio e indo em direção a minha casa.

Abraço meus joelhos, colocando assim meus pés em cima do banco e com a ação recebo olhares de Josh que de vez em quando vacilava sua mira da estrada e me fitava. O loiro queria me decifrar, eu estava sem expressão, algo dentro de mim dizia que a conversa com minha mãe não seria tão boa.

— Você sempre suja meu banco quando faz isso. — Ele tenta quebrar o clima dizendo isso humorado e eu sorri fraco.

Apenas com isso, ele me olha preocupado e põe a mão em meu braço, fazendo-me encará-lo confusa.

— Amor, o que você tem? —Ele questiona intercalando o olhar entre eu e a estrada.

— Nada, só estou um pouco tensa com isso. — Desabafo. — Não sei qual será a reação dela ao saber que eu fiquei grávida, fui sequestrada e ainda por cima, vou embora com meu namorado gangster criminoso. — Solto tudo de uma vez e ele me encara.

— Criminoso? — Beauchamp ignora tudo o que eu disse, focando apenas no que o ofende. — Eu não cometo crimes. — Ele diz sentido.

— Tráfico de drogas é algo legal desde quando? — Jogo em sua cara e ele reprime os lábios, ficando sem fala.

— Olha, se ela não reagir bem, eu estarei aqui para te apoiar. — Ele enlaça nossas mãos e eu suspiro ouvindo cada palavra sua. — Eu te amo e jamais vou deixar que algo te aconteça!

— Eu também te amo, Josh!

Assim ele aperta minha mão e lança um sorriso carinhoso voltando a olhar para a pista. O silêncio se instala e novamente seguimos caminho sem dizer algo.

Não sei o que seria sem Joshua, talvez a mesma garota mimada e ridícula que não se importa com nada ao seu redor e sempre anda em busca de confusões. Ele amadureceu muita coisa em mim. Dizem que, quando uma garota está apaixonada, ela age como uma mãe, sempre protegendo seu amado. Acho que isso aconteceu comigo quando me apaixonei por ele.

(...)

O carro estaciona e eu abro a porta, desembarcando em seguida. Paro em frente ao gramado da grande casa branca, ao meu lado, ele para e abraça minha cintura, como uma forma de dizer "eu estou aqui".

O encaro com um sorriso nos lábios e ele beija o topo da minha cabeça. Começamos a caminhar em direção a porta e assim que chegamos, meus dedos apertam o botão da campainha.

Um frio involuntário percorre minha espinha e minha barriga ganha uma temperatura gelida, indicando o frio da ansiedade. Sinto uma mão quente tocar em minha costas e sei que é Joshua. Ele me passa tanta segurança com um simples gesto.

Não demora muito até ouvirmos o som da fechadura ecoar indicando que a porta seria aberta em seguida. Uma imagem feminina aparece e eu conheço muito bem de quem se trata. Pulo em seus braços assim que ela se descobre por inteira.

— S/N?!

Rodeio a mais velha com meus braços e ela faz o mesmo. Apoio o rosto em seu ombro e rio emocionada, posso sentir seu coração batendo rapidamente, tão agitada quanto eu.