uma grande surpr...merda

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S/n Smith

- Puta que pariu, Krystian eu quero descer dessa merda. - Falei enjoada para um caralho. Já era o quinto brinquedo que íamos aquele dia. O da vez era o Martelo.

A cada volta, meu estômago embrulhava e eu sentia uma puta vontade de vomitar. Talvez o cachorro quente que eu havia comido com Krystian não tinha ajudado. Graças a Deus era o último rodopio e no minuto seguinte estávamos saindo. Eu estava tão tonta que quase derrubei o moço que vendia as fichas.

- Wow, você tá bem? - Krystian perguntou me segurando e eu neguei, cobri a boca tentando impedir a merda que iria vir, porém, missão falha.

Vomitei com tudo atrás do brinquedo. Se duvidar, até meus órgãos iam junto. Meu amigo segurou meu cabelo e eu continuei. Quando não tinha mais o que pôr para fora, passei o dedão em meu queixo tirando os resquícios de vômito e me levantei.

- Eu não esperava que iria segurar seu cabelo pra isso. Imaginei que seria de outra forma. - Disse malicioso e eu franzi o cenho, fingindo que iria vomitar nele em seguida.

- Vamos embora por favor, eu tô enjoada... - Pus a mão na barriga sentindo desconforto e foi a vez de Krys franzir o cenho. Seus olhos me analisaram de cima a baixo.

- S/N... você não tá...?

- QUE? Não não não, tá louco Krystian? - Arregalei os olhos incrédula. Não era possível, só tinha transado uma vez na vida e ainda nos protegemos. Bom, ele se protegeu.

Puta que pariu. E se? Não, óbvio que não. O universo não me odiaria tanto a esse ponto.

(...)

Certo. O universo me odiava e não era pouco. Saímos do parque e Krystian me arrastou para a farmácia, mesmo com os meus protesto de que eu estava bem, ele fez. Chegamos e ele comprou três testes. Era exagero? Sim, muito. Porém, ele disse que era por precaução.

Entrei no banheiro e respirei fundo antes de sentar no vaso.

Esperei por alguns minutos até olhar o teste. Fitei o teto mordendo o lábio inferior segurando o choro. Torcia com todas minhas forças para que desse negativo e fosse apenas um surto coletivo. Mais um suspiro profundo e agarrei o primeiro teste.

Positivo.

Senhor Jesus. Eu estava fudida.

Fiz os dois outros restantes e como esperado deram o mesmo resultado do primeiro. Antes de sair dali encostei a cabeça na parede e deixei as lágrimas correrem. Coloquei a mão na barriga e senti uma sensação ruim e boa ao mesmo tempo.

Como eu iria sustentar essa criança? Se nem a mim sei cuidar direito. Como Joshua reagiria? Caralho. Se ele acreditasse primeiro, pelo jeito, acreditaria que eu dei para outro. Era uma opção mais realista.

Funguei engolindo o choro. Eu iria cuidar dele ou dela. Mesmo que Beauchamp não assumisse, foda-se. Eu não fiz sozinha, porém, os nove meses serei eu quem irá passar.

Amarei você mais que tudo meu futuro tesouro.

Saí do banheiro e já fui abordada por um Krys nervoso e curioso. Ele estava tão tenso quanto eu. O olhei e ele esperava por uma reposta, passei a mão pelo rosto já seco das lágrimas e sorri fraco. Ele assentiu surpreso e me envolveu em um abraço forte.

- Vai dar tudo certo. Eu prometo - Suas mãos afagaram meu cabelo e eu apoiei a maçã do rosto em seu ombro e o apertei mais.

Agora era planejar como eu contaria para os meus pais e principalmente, como cuidaria dessa criança. Esperava poder receber o apoio deles e viver longe do Beauchamp. Se ele não queria mais saber de mim, não iria saber do filho também.

Obsessive || Josh BeauchampOnde histórias criam vida. Descubra agora