Josh Beauchamp
Finalmente havia salvo S/N e ela estava em meus braços novamente. Quando a vi acordada pela primeira vez naquela cama, a mesma que ela havia acordado a meses atrás depois de uma quase overdose por minha culpa. Afinal, ela tinha sido obrigada a fazer aquilo.
Seu olhar alternava entre mim e Joalin que não parava de falar um segundo. Fiquei em uma distância longe dela, escorado na porta. Eu não consegui me aproximar, por mais que meu coração tentasse persuadi-lo, meu cérebro ainda relembrava o maldito dia em que descobri que ela supostamente sabia do Lopez.
Fiquei arrasado. Mesmo ela dizendo que não sabia de nada, era difícil acreditar. Não me julguem, mas, vocês no meu caso, fariam a mesma coisa.
Estava perdido em pensamentos quando minha irmã disse que iria nos deixar a sós. Quando a porta se fechou, ela me olhou uma vez e em seguida abaixou o olhar, provavelmente porque pensava que eu ainda estava bravo. Mas, seria idiotice ainda acreditar nessa merda toda.
Em um momento de puro silêncio, ele se dissipou quando a ouvi agradecer por ter a salvado. Eu não disse nada, fiquei calado feito um tolo na porta apenas a observando.
Por um impulso eu já estava sentando na beirada da cama a olhando. Confessei que senti medo pra caralho de perde-la. Com ela não foi diferente, ela disse.
Toda a angústia que senti quando soube que ela estava correndo perigo, e pior, nas mãos daquele desgraçado, foi desesperador, pensar em nunca mais ver minha garota. Aquela hora, a raiva já tinha se dizimado em milhões de pedaços. A única coisa que se estabeleceu em minha mente era que eu tinha que resgata-la.
Chorei. Me desmanchei em sua frente, a primeira vez que eu demonstrava tanto sentimento para alguém. Ela também se emocionou, não contive a emoção e me amaldiçoei em sua frente. Ela num ato tão misericordioso me acolheu, me relembrou o porquê de eu amar ela.
Suas mãos percorreram meus fios em um carinho consolador. Não aguentei oque estava destinado a sair faz tempo. Disse que a amava. Ela ficou imóvel, pediu que eu repetisse, sentada em meu colo. Pude sentir a saudade que seu corpo emanava do meu.
Puta que pariu. Como eu estava necessitado disso. Como meu corpo ansiava pelo seu a muito tempo. Ali, naquele momento atacou meus lábios, matando qualquer resquício de saudade ainda existente dentro de ambos.
O contraste de nossos corpos juntos. Era uma mistura de saudade e desejo acumulado. Minhas mãos percorreram suas costas enquanto seus dedos ágeis fazia carinho em minha nuca e cabelo. Transamos ali, ou melhor, fizemos amor.
É isso. S/N Smith e eu fizemos amor pela primeira vez, foi o que se clareou em minha mente quando me afundei nela. Senti amor minando de sua pele, no suor que transpirava ao decorrer dos movimentos que íamos Intensificando.
Seu corpo para mim, era a mais linda e perfeita obra de arte existente. Smith conseguia ser meu veneno e minha cura ao mesmo tempo. Era incrível. Eu a amo, como já disse muitas outras vezes aqui.
Cansados, caímos deitados na cama. E assim adormecemos, depois de ambos se declararem a agarrei dormindo preso ao seu corpo. Nunca mais quero largar S/N Smith.
(...)
No dia seguinte tivemos a conversa, eu revelei que sabia de sua gravidez. De começo ela não disse nada, digo que até ficou imóvel por alguns segundos. Em seguida e colocamos tudo a par um do outro, ou melhor, de mim.
Ela chorou, fez a pergunta mais maluca e sem sentido do mundo. Sugeriu que eu a deixasse, como eu poderia fazer isso com ela esperando uma vida dentro de si?
Ainda mais, essa vida sendo meu filho, ou filha. A convenci que jamais a deixaria,
Senti a culpa me atingir quando ela disse que pensou que minha primeira reação ao saber disso seria deixá-la e esquece-la.
Pedi perdão chorando novamente. Smith tinha esse poder recém descoberto sobre mim, ela conseguia despertar o meu lado mais dramático e profundo.
Fomos no médico e recebemos a pior notícia possível. Não havia mais um príncipe ou princesa no ventre da minha garota. Isso nos destruiu de uma forma inexplicável, principalmente a S/N.
Ela havia perdido o bebê, por causa daquele desgraçado dos infernos. Lopez conseguiu arruinar minha vida mesmo depois de morto. Eu queria gritar quando saí daquela clínica, mas me mantive forte perante a ela. Pois, sabia que a mesma precisava do meu apoio.
(...)
No caminho de volta para casa, ela vinha abraçada com os joelhos no banco do carona. Não trocou olhares comigo em nenhum momento, me sentia mal por minha garota estar sofrendo, eu também sentia mágoa ao pensar sobre isso. Mas, era necessário seguir em frente.
Nesse tempo em que eu passei longe de Smith, só me fez perceber o quanto eu preciso dela nos meus dias. O quanto preciso do seu jeito único de ser, sua língua afiada, sua postura de marrenta e sedutora.
Eu necessitava da minha perdição. Que tinha nome e sobrenome. E claro, uma bunda de arrasar corações. Ou melhor, o meu coração, porque eu não quero saber de nenhum outro além de mim.
— Quero que vá morar comigo, S/N! — Murmurei chamando sua atenção da janela. Ela me encarou com os olhos levemente arregalados.
— Oque?!
— É isso, Smith. — Confirmei alternando meu olhar entre ela e a estrada. — Quero você comigo todos os dias, toda hora, todo momento. — Agarrei sua mão.
Me questionou sobre um possível pedido de casamento. Sorri com a pergunta, mas neguei, não era oque eu queria, não ainda.
Pretendia construir uma vida ao lado dela, mas o casamento viria depois. Oque eu mais queria era poder acordar ao seu lado todos os dias da minha vida e partilhar momentos especiais ao seu lado sem ter que me preocupar com ela ter que ir embora e eu ficar a sós com meus pensamentos novamente.
Ela aceitou. Quase a agarro na hora, porém eu estava dirigindo e não pretendia bater o carro em um poste.
Pedi que ela naMORASSE comigo. Isso, vocês entenderam o trocadilho. Muito bom, na minha opinião. Calem a boca, só a minha importa.
Chegamos em casa e ela foi tomar um banho estava exausta com o dia que tivemos. Estava triste, óbvio, mas eu havia conseguido anima-la com meu pequeno “pedido” formal. E pretendia ser o responsável por seu sorriso todos os dias restantes da minha vida. Eu juro.
Joalin ficou triste também quando contei. Falou que sentia muito, porém que não seria a única vez, nós ainda teríamos muitos filhos futuramente e que ela seria madrinha de todos. Ri com a ideia maluca dela.
Enquanto S/N estava lá em cima no quarto. Eu conversava com minha irmã sobre outro assunto quando a campainha tocou e eu fui atender.
Abri a porta e franzi as sobrancelhas, a figura de uma mulher loira estava na varanda. Assim que abri a porta, sua expressão ansiosa se tornou surpresa.
— Posso ajudar? — Perguntei desconfiado enquanto ela permanecia imóvel.
— Como você... está diferente! — Sua voz falhou, oque só contribuiu para minha confusão.
Quem era ela e oque queria comigo? – pensei.
— Josh?! Quem é? — Joalin apareceu atrás de mim avistando em seguida a mulher misteriosa, que assim que viu minha irmã arregalou ainda mais os olhos.
— Joalin?!
— Como sabe meu nome?
— Josh! — Sua voz ponderou.
— Quem é você e oque quer? — Perguntei já começando a perder a paciência.
Um momento longo de silêncio se instalou entre nós. A mulher alternava o olhar entre mim e minha irmã.
— Eu sou... — Ela começou a dizer. — Sua mãe.
Um choque atingiu meu corpo, me deixando estático, sem saber oque fazer.
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Obsessive || Josh Beauchamp
FanfictionS/N Smith é uma adolescente rebelde que não mede palavras. De castigo por ser imprudente, ela não aceita sua punição e sai escondida na noite para qualquer lugar que não fosse seu quarto, e acaba indo para uma boate qualquer. O que não passava por s...