Capítulo 8 - Encontro

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Era quinta-feira. Eu tinha combinado de me encontrar com o Theo, para irmos juntos ao programa especial de Linguística, da faculdade. Cheguei ao local combinado 15 minutos mais cedo e encontrei o Carlos e o Theo conversando.

Cheguei perto deles e dei um ''oi'', meio sem graça, por está interrompendo o papo dos dois.

— E aí, nerd!? — Me cumprimentou o Carlos.

— Falou o cara das exatas, aqui. — Mostrei a língua pra ele.

— Cara, andar com os nerds das humanas vai acabar com minha reputação..

— Que reputação?? — Provoquei.

Notei que ele estava muito feliz hoje. Havia um brilho diferente no olhar. E, ele estava sendo mais brincalhão, do que sarcástico, o que era raro de se ver nele. Gostei disso. O bom humor dele estava me contagiando.

Então, percebi que o Theo ainda não tinha dito uma palavra desde que cheguei. Resolvi puxar assunto com ele.

— Tudo certo pra irmos? — Falei, me dirigindo a ele.

— Aah sim, claro. — Ele falou como se eu tivesse o acordando de um devaneio.

Nós nos despedimos do Carlos e fomos andando até a sala indicada. No caminho, eu e o Theo ficamos em silêncio. Eu queria puxar algum assunto, mas ele não parecia querer conversar. Quando passamos pelo pátio, o vento estava forte, espalhando as folhas que caíam das árvores para todos os lados.

— V-você está b-bem? — Perguntei, meio receosa.

Ele me olhou e tirou uma folha que estava no meu cabelo. Se demorou apenas 2 segundos me olhando. Senti cócegas no estômago. Finalmente apareceu um sorriso sincero dos seus lábios. Depois ele se virou para frente e continuou andando. — Está tudo bem, sim.

Chegamos ao nosso destino. Eu estava super empolgada, e com razão. A aula começou e era tudo fascinante. O professor era incrível e o conteúdo me fazia ter vontade de aprender cada vez mais. Porém, de repente, no meio da aula, ouvi uma batida na porta. O professor parou para olhar quem era. Um garoto entrou e me entregou uma flor, uma bouvardia. Depois dele, vieram outros. Cada pessoa me entregava uma bouvardia, até eu poder juntar tudo e formar um buquê.

Eu estava tão corada que nem conseguia olhar ao redor da sala

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Eu estava tão corada que nem conseguia olhar ao redor da sala.

Por último, o Carlos entrou na sala, segurando mais uma bouvardia. Ele parou na minha frente, colocou a última flor dentro do buquê e perguntou.

— Lila Hesek...

— Não faz isso. — Sussurrei.

— Cala a boca, você não sabe o que eu vou perguntar. — Ele sussurrou de volta.

Depois, ele olhou para todos ali, e falou alto e claro.

— Lila Hesek, você me daria a extraordinária honra de sair comigo?

Aconteceu na faculdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora