Bad Drug ⁿᵒᵃⁿʸ

020.𝕭𝖆𝖉

— Eu já perdi as contas de quantas garotas me pediram para apagar o fogo delas cara!!! — Sam disse assim que apareceu na minha frente. Dei risada sentando-me na escada de ferro que tinha na parte de trás da casa.

Quando eu olhei para o rosto dele, o próprio estava tentando limpar a boca de um batom vermelho que já estava completamente impregando na sua pele por seu rosto e boca.

— Eu já perdi as contas de quantas garotas me pediram para prender elas...— falei sorrindo de lado, ao mesmo tempo que acendia um cigarro e dava uma longa tragada.

— Sob qual crime?

— Tentativa de persuação em um oficial da justiça. — Respondi, quando soprei a fumaça, não demorou mais que um segundo para darmos risada da nossa situação.

Sam e eu estávamos em uma festa à fantasia. Assim como toda a universidade, pelo que percebi. Todo mundo tinha levado esse lance de fantasia a sério, até eu que nunca tive paciência dessa vez me vi disposto o suficiente para alugar uma fantasia de policial, e Sam uma de bombeiro. As garotas que passaram por minhas mãos tinham das mais sexys as mais estranhas fantasias que eu já vi na vida, e sinceramente o que elas vestiam não importava muito desde que eu acabasse com os meus lábios na boca de cada uma delas. E apenas no começo da noite tinham sido várias.

— Já foram quantas para você? — Sam perguntou se sentando ao meu lado e passando o braço ao redor dos meus ombros.

— Eu tenho cara de quem fica contando? Acabei de falar que perdi as contas...— Perguntei me virando para olhar ele. Sam analisou a minha expressão e soprou a fumaça do seu cigarro na minha direção, soquei o braço dele o chutando para bem longe fora do meu lado.

— Tem. Porque eu contei. Agora se foi certo já não tenho a menor ideia, a bebida também passou pela minha boca...— ele riu olhando para uma garota fantasiada de anjinha.

— Porra...— falamos juntos, quando vimos a sua fantasia por trás. Aquilo era uma blusa, certeza, não tinha a menor chance de ser um vestido. Eu podia ver a terra prometida daqui e ela queria se abrir para mim.

— Finalmente achei vocês seus bastardos! — Jonah apareceu bem na hora que eu iria prender aquela anjinha por atentado ao pudor. Ele passou os braços ao redor dos meus ombros e os do Sam me forçando a ficar de pé.

— Curtindo a festa? — Perguntou.

— Bastante, se você me soltasse ainda mais...— respondi, ele deu risada me empurrando para longe.

Notei que havia um pequeno alvoroço de caras. Me perguntei se as brigas já iriam começar antes mesmo se eu cansar de me prender algumas garotas, mas Jonah explicou o motivo antes que eu perguntasse.

— Vocês dois devassos já viram a garota fantasiada de boneca Barbie? Porra, todo mundo só fala dela...— Jonah disse suspirando.

— Não. Onde ela está? — Sam e eu perguntamos.

— Deve estar na pista, ela chegou tem um tempinho...— Falou, dando de ombros.

— E você viu ela? — Sam o questinou, interessado.

Eu fitava uma garota fantasia de mulher gato. Ela tinha cabelos pretos curtos, usava um sino no pescoço, e a tal roupa toda de couro com um rabo atrás. E eu iria prender ela por violar todas as leis de sedução existentes durante essa noite criadas por ninguém mais ninguém menos do que eu.

— Claro! E ela é muito quente, a loira mais quente que eu já vi. — Ao som da palavra loira descartei da minha mente a possibilidade de ser Any, porque ela podia ser tudo menos loira. Os seus cabelos castanhos estavam longe de ser loiros então, eu não tinha mais a vontade nenhuma de encontrar essa tal boneca Barbie se ela não era a boneca que estava na minha cabeça esse tempo todo.