051. 𝕭𝖆𝖉

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Acordei com um falatório na sala.

Abri os olhos e percebi que o quarto já estava claro suficiente para passar das dez horas da manhã. Eu só não me surpreendi pelo fato de não ter acordado antes com a luz do dia porque só fui dormir quando o sol estava nascendo.

Girei na cama, na direção da varanda, e encontrei Any deitada com o corpo para cima. O lençol branco cobria da sua cintura para baixo, os seus seios com o bico dos mamilos rígidos estavam expostos, as leves marcas roxas já estavam visíveis por eles, assim como no seu pescoço.

A admirei por alguns segundos. O seu peito subia e descia devagar, seus lábios estavam ligeiramente separados um dos outros e seus cabelos estavam acima da cabeça no colchão porque os travesseiros estavam em algum lugar do quarto, não fazia a menor ideia de onde e se realmente ainda estavam aqui.

O sol estava banhando o seu corpo, e antes que chegasse no seu rosto e a despertasse eu e abracei e a enchi de beijos que a fizeram sorrir.

— Bom dia, boneca. — Murmurei beijando seus lábios avermelhados e um pouco inchados, fiquei olhando para eles antes de morder o inferior e a beijar realmente, despertando-a da melhor maneira possível.

Any gemeu entre o beijo, e me puxou pelos braços até que eu estivesse por cima do seu corpo a abraçando com força.

— Todo mundo já acordou, e parece que estão tacando fogo no apartamento...

— O quê??? — Any empurrou meu peito e afastou os lábios dos meus.  Ri com a sua reação, ela encarava a porta ao som da voz dos três com uma ressaca da porra.

Eu felizmente havia tomado o melhor remédio durante a noite toda e não tinha uma mísera dor de cabeça.

— Eu quero dormir maisss — Any jogou a cabeça para trás e fechou os olhos.

— Eu também...mas eu realmente quero comer antes que eles interditem a cozinha e os bombeiros cheguem... — Ela riu leve, e sua risada soou como música. A beijei mais uma vez antes de me levantar da cama.

— Eu vou tomar banho no outro banheiro, ou perderemos o restante da manhã...— Any me abraçou por trás passando as pernas ao redor do meu corpo me puxando até que eu deitasse novamente na cama, de costas para o seu corpo. Os seus seios pressionaram as minhas costas e as suas mãos deslizaram pelo meu abdômen.

— Só mais cinco minutos...— Sussurou beijando meu maxilar, com a mão cada vez mais próxima da minha calça de moletom, cuja eu nem me lembrava quando foi que tive tempo de colocar de volta.

— Eu sei muito bem o que cinco minutos sem roupa ao seu lado podem me fazer...— murmurei me levantando e a puxando para fora da cama pela cintura, ao trocar nossas posições.

Any resmungou em meus braços.

A coloquei de pé no chão e segurei seu rosto antes de não conseguir resistir e a beijar. As suas mãos pressionam meu peito me empurrando até que eu estivesse contra ela e a porta, e antes que eu ficasse preso girei nossos corpos e abri a porta saindo do quarto.

Escutei ela suspirar alto quando fechei a porta. Ri baixo, entrando no banheiro que ficava de frente para o seu quarto, lembrando cada vez mais do que fizemos durante o restante da noite enquanto Sam, Giulia e Lamar dormiam no cômodo ao lado.

Respirei bem fundo antes de tirar a calça e a enfiar no cesto, entrando no box e ligando o chuveiro no frio para que eu acordasse de uma vez por todas.

Passei a mão pelos cabelos e as apoiei no azulejo, sentindo a água caindo no meu corpo e escorrendo até o ralo.
Ao fechar a torneira apanhei o sabonete o passando pelo meu corpo percebendo que Any não foi a única que acordou com marcas. Ela havia me marcado no pescoço e claro, nas costas, que agora me faziam sentir a ardência dos arranhões em contato com o sabonete e a água, e consequentemente acabei me lembrando de cada um desses beijos e precisei estender meu tempo no banheiro.

Bad Drug ⁿᵒᵃⁿʸOnde histórias criam vida. Descubra agora