052. 𝕬𝖗𝖙

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   — Caralho, a casa dos seus pais é foda! — Sam soltou, assim que descemos do meu carro em frente a uma casa enorme construída de frente para a praia, praticamente particular porque a cidade ficava longe, e ao redor não haviam outras casas.

— É, eu sempre vinha aqui quando era pequeno, agora quase não a usamos, porém o caseiro sempre deixa tudo arrumado! — Lamar disse, correndo na frente, subindo as escadas que levavam até a vasta varanda de madeira com uma porta de madeira preta enorme. Sam seguiu ele carregando a mochila dele e as sacolas com salgados e bebidas que compramos ao passarmos no mercado.

Fiquei olhando para a casa ainda um pouco em estado de choque com a beleza dela e da praia.

Noah subiu logo em seguida, carregando a minha mala e a mala dele, ele entrou deixando Giulia e eu ainda olhando ao redor bastante pasmas com o pôr do sol. A viagem tinha sido tão longa que eu tinha a certeza de que iria cair no sono assim que deitasse em algum lugar, cantamos e conversamos tanto dentro do carro que minha garganta ardia.

— Eu quero detalhes da grande noite do casal enquanto eu roncava! — Giulia me abraçou empurrando nossos corpos em direção aos degraus, ela sorriu e piscou me fazendo rir.

— Assim que estivermos sozinhas eu prometo que conto!

— Ah eu acho bom! — Me avisou, antes de pegar a mala dela um pouco atrás de nós duas e subirmos rapidamente alcançando todos espalhados pela enorme sala de estar à direita do corredor da entrada que dava para a escada.

— Uau! — Giulia e eu exclamamos quando paramos na entrada da sala de estar. Havia uma televisão enorme embutida na parede de pedras e logo abaixo tinha uma lareira branca lindíssima. A casa pelo que aparentava era revistada em tons claros, especialmente o branco, e eu estava me sentindo bem suja aqui no meio de toda essa beleza tão branca.

— Maneiro, né? — Lamar gritou do topo da escada, ele sorriu com uma câmera em mãos. Ele bateu uma foto minha e de Giulia e riu.

— Beleza, eu preciso comer! — Giulia falou, quando Sam e Noah apareceram, provavelmente estavam na cozinha que ficava em algum lugar que o corredor levava. Os dois estavam rindo enquanto meu namorado mexia no celular e digitava com habilidade, ao olhar algo no celular sua diversão desapareceu e ele pareceu, de repente, irritado.

— Ok, eu vou mostrar os quartos para vocêssss subammmm...— Lamar fez um gesto com a mão para que subíssemos, e desapareceu do corrimão. Peguei minha mala deixando que Sam e Giulia fossem na frente, mas Noah me impediu apanhando antes de mim, ainda com o celular na mão.

Ele me olhou e sorriu inclinando-se para beijar minha bochecha, embora eu pudesse perceber uma leve irritação na sua expressão.

— O que houve?

— Meu pai. Ele apareceu na cidade e queria me ver, sem avisar, como de costume. — Respondeu me entregando o seu celular. Olhei para a conversa e percebi que era aniversário do meu suposto sogro, soa tão estranho. Ele chegou na cidade quando já estávamos na estrada.

— Ah...— Eu murmurei ainda um pouco sem saber o que falar. Eu não sabia nada sobre Noah e a sua família.

Ele agora sabia tudo sobre mim mas eu não sabia quase nada dele além de que era um bad boy impossível de se conquistar e cheio de charme. Ou seja, tudo o que eu sei é o que a universidade sabe e isso faz com que eu me sinta um pouco perdida.

— Eu não sei o que falar...eu não sei nada sobre você e a sua família...não sei se seu pai é importante para você.— Murmurei bloquenado a tela.

Noah me olhou, parando subitamente no meio da escada e se virando, me forçando a parar um degrau abaixo do seu para não ser atingida pelas malas e acabar rolando com elas até o chão.

Bad Drug ⁿᵒᵃⁿʸOnde histórias criam vida. Descubra agora