042. 𝕬𝖗𝖙

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— Ah não! Quem deixou essa insensível entrar? — Sam perguntou, assim que ele também entrou no apartamento do Noah e se deparou com Giulia sentada ao meu lado, comendo um dos salgadinhos que Noah e eu encomendamos ao decidir que iríamos todos comer e beber para nos sentirmos melhores antes das provas começarem na segunda-feira, daqui um dia.

— O porteiro. — Giulia o respondeu, com um sorriso deslizando pelos lábios.

— Noah, meu amigo, você deveria rever as pessoas que deixa entrar no seu apartamento...elas podem acabar te insultando..—  Sam disse, fechando a porta e tirando os sapatos empurrando eles para um canto junto dos demais.

— Isso foi uma indireta para mim? — Giulia perguntou, colocando outro salgadinho na boca.

— Não, foi uma direta mesmo! Francamente, Any a sua amiga me insultou muito na festa à fantasia, deveria ensina-la a tratar os outros melhor, como você faz... — Sam disse se sentando no outro sofá, ao lado de Noah que encarava o amigo com uma expressão de tédio e riso. Ele tomou outro gole da cerveja assim como Lamar, que por sua vez se mantia quieto admirando Sam com o corte novo de cabelo. Apostava que Lamar pensava em como tirar a roupa dele dos jeitos mais sórdidos.

— Eu não me intrometo nos relaciomentos dela...

— Não tem nenhum relacionamento aqui! — os dois gritaram em uníssono, me olhando como se eu fosse maluca.

Noah e Lamar começaram a rir.

— Não está mais aqui quem falou. — Me defendi.

— Deus que me livre estar em um relaciomento com essa insensível! — Sam disse de forma assustada, abrindo uma garrafa que Noah trouxe para ele, depois dando um longe gole enquanto minha amiga dava risada do seu comentário.

— Eu prefiro garotas...elas são menos...sensíveis. — o provocou.

— Menos sensíveis? Fala isso para as que eu me relacionei essa semana e reveja seus pensamentos.

— Tá vendo? Você é um cafajeste, como quer que eu te elogiei se não existem elogios para um tipo como você? — Ela rebateu, desencostando o corpo do sofá e inclinando o corpo para frente, apoiando os cotovelos nas pernas, sem deixar de encarar Sam sentado apenas alguns centímetros de distância do sofá que estamos.

— Eu não sou um cafajeste! Eu sou solteiro, é diferente. — nós quatro reviramos os olhos para ele, sorrindo com seu comentário.

— Noah você devia me defender, estamos no mesmo barco! — Sam se virou para Noah, que olhava para o anel no meu dedo com um sorriso de lado, Sam seguiu o olhar dele e começou a tossir, engasgando-se com a cerveja.

— Vocês estão namorando e não me avisaram nada????? — ele perguntou, tossindo, com a mão na boca e a garrafa de cerveja na outra.

Noah deu um forte tapa nas costas do amigo que endirietou a postura e socou o braço do meu namorado em uma forma de vingança.

— Quer me matar seu desgraçado? — Perguntou.

— Opa, alguém me chamou? — Giulia perguntou de volta, sorrindo com a boca da garrafa contra os seus lábios que formavam o sorriso maldoso que deixava qualquer um furioso e, encantado, dependendo da situação que ela o usava.

— Não, ninguém te chamou. Santo Deus, cinco minutos na sua presença e eu me engasguei, o que dez minutos podem fazer? — Sam perguntou se levantando e caminhando em direção a cozinha ao som da risada de Giulia, entrertida em destruir a paz do bad boy que teve o azar de tentar dar encima dela na festa, e talvez se arrepende disso até hoje.

— Tá. Mas, o Sam disse algo importante. Por que ninguém disse nada sobre o relaciomento? Até ontem pensei que só estavam dormindo sob o mesmo teto. — Lamar disse, puxando a minha mão ao alcance dos seus olhos, fixos na aliança lisa e prateada no meu dedo.

Bad Drug ⁿᵒᵃⁿʸOnde histórias criam vida. Descubra agora