Bad Drug ⁿᵒᵃⁿʸ

039.𝕸𝖔𝖑𝖑𝖞 𝕭𝖊𝖓𝖓𝖊𝖙𝖙

— Moly, querida, seja sensata, pense bem, amanhã é um dia melhor para fazer isto. — Will tenta me impedir.

Ele segura a porta do carro ao meu lado para que eu não a abra. Os olhos azuis dele me imploram para dar meia volta e irmos para o hotel, ele me implora para refazer o percurso desde que saí da casa do Noah e deixei Any com ele, que eu sabia que cuidaria dela melhor do que qualquer outra pessoa poderia.

— Eu sou sensata desde que me separei desse traste querido. — Pisco e sorrio. Ele dá risada.

— Ponto para você. Mas ainda não concordo, está nervosa, com raiva, cheio de sentimentos, isso não vai acabar bem.

— Will, eu não quero que isso acabe bem...— abaixo meu tom de voz e fecho um pouco meus olhos ao unir as sobrancelhas. —...ele agrediu a minha filha. Eu quero que isso acabe bem mal. — sorrio de lado e abro a porta descendo do carro, a luz da varanda ilumina a casa que foi meu lar por alguns anos ilusórios, era como se eu estivesse entrando aqui pela primeira vez com Any nos meus braços.

— O que está fazendo? — Percebo Will endireitando ainda mais a postura impecável e assumido uma expressão séria que nem nas reuniões da empresa se mostravam dessa maneira. Ele me encarou e esbugalhou os olhos como se não estivesse parecendo óbvio.

— Eu estou me transformando no namorado bonito, intimidador e confiante que vai ficar ao seu lado e deferir uns socos nele assim que a ofender...— ele sorri —...li muitas fanfics. — completa tentando se redmir.

— Não preciso de um namorado bonito, intimidador e confiante que vai deferir um soco nele assim que ele me ofender...— rio baixinho. —...eu sou a mulher bonita, intimidadora e confiante que vai deferir um soco nele assim que ele me ofender. — Paro em frente a porta e me viro.

Will parece prestes a chorar. Toco em seu rosto com carinho.

— Mas deixo que assuma o posto de amigo bonito, intimidador e confiante que defere o segundo soco e quem sabe o terceiro. — ele sorri concordando com a ideia, mexe a cabeça e ri bobo.

Escuto várias vozes na sala de estar. Homens bêbados e imundos. Homens sem caráter. Homens sem amor. Meu ex marido razão da minha maior alegria e melhor pessoa da minha vida, a minha filha, faz parte desses homens e foi o primeiro homem que amei, mesmo que por pouco tempo, e que me causou mais dor do que amor.

— Deixa eu ver a sua roupa, quero que ele se arrependa pelo resto da vida de perder uma Deusa feito você... — Encaro Will para mostrar que a situação não é de piadas, o oposto, séria. —...qual é? Eu sou o amigo humorista dá uma voltinha

Will segura na minha mão e me força a girar devagar para que ele possa avaliar a roupa que eu estou usando, a mesma de quando saí do aeroporto depois de vir com o jatinho assim que Noah me disse o ocorrido.

A saia preta na altura acima dos meus joelhos e o corset não me incomodavam ainda, preferia um vestido, mas entre todas as roupas o meu maior desafio ao longo da minha carreira e da vida fora os saltos altos e suas variações. Hoje, era como usar um chinelo. Embora prefirisse estar descalça.

— O seu corpo está bem valorizado assim, olha essa bunda e essa cintura! E essas pernas... — sussurou e bateu na minha bunda, avancei chutando a sua bunda de academia, ele gemeu.

— Para de bobagem, anda

— Só tô elogiando sua bruta

Empurrei a porta arrombada como Noah me disse que estaria. Ele fez um grande estrago, estava pendendo nas bordas e com um esforço cairia, assim que passei Will empurrou e a porta caiu em cima dele que gritou histérico.