— Não posso deixar que faça isso. — Falei para Any assim que entramos no meu carro. Ela me olhou e sorriu como se a minha preocupação fosse desnecessária e até bastante estúpida.
— Não posso deixar que volte a morar com ele. Não posso boneca. — Ela riu, me deixando confuso.
— Eu não quis dizer isso...— Murmurou, franzi a testa sem entender.
— Bem eu disse isso mas, não foi com essa intenção. Eu não quero voltar a morar com ele, nem naquela casa. Nunca mais. — passei a mão pelo maxilar sem entender, apoiei os braços no volante e a olhei.
— Então por que quer ir até lá? — Ela imitou o meu gesto, apoiando o braço livre no painel do carro e me olhando com a cabeca por cima do antebraço não engessado.
— Eu quero pegar as minhas coisas, só isso. — explicou, baixinho.
— Promete? — perguntei fazendo com que seu lindo sorriso aparecesse no seu rosto de boneca.
— Prometo.
Fiquei com o tronco ereto. Liguei o carro e dei a partida no carro. Any também endireitou a postura, e começou a olhar pela janela meio aberta.
— É verdade que saiu com Corbyn ? — Perguntei sem ser capaz de criar um contexto para inserir essa minha insegurança. Ela me olhou.
— É. Ele me chamou para sair com ele um dia depois daquela festa. — Apoiei a mão contra o queixo, parando no semáforo e pensando nas inúmeras coisas que podiam ter acontecido nesse encontro e em como não deveriam importar porque não estávamos juntos, mas, que ainda sim importavam para mim.
— Não quer que eu conte o que aconteceu? Nem porque estávamos conversando na saída? — A olhei. Ela sorriu da mesma forma quando falei que não podia deixar que ela fosse até a casa em que o seu pai está. E mais uma vez eu fiquei que nem um idiota apenas a admirando. Talvez as coisas estivessem sido assim desde que a conheci.
— Eu vi você, Noah. Assim que saí da sala. — disse, respondendo uma das minhas dúvidas ainda não ditas em voz alta.
— Você saiu com ele?
— Saí.
— E vocês foram para onde?
Ela mexeu a cabeça na minha direção.
— Isso soa como um interrogatório...
— disse com um dos seus sorrisos sutis. —...está com ciúmes? — me perguntou subitamente.— É claro que estou com ciúmes. — respondi de imediato.
— Por quê? — Tornei a ligar o carro quando o sinal ficou verde, mesmo que, eu quisesse permanecer com o carro parado apenas olhando para Any enquanto tínhamos essa conversa nada agradável sobre ela e o seu encontro com o Corbyn.
— Porque se saiu com ele foi porque ele pareceu interessante, e está claro que ele tem interesse em você, o que claramente não me deixa nem um pouco a vontade. — A olhei de relance.
Any ainda me olhava como se isso não me causasse nenhum efeito, eu queria beija-la agora e jamais permitir que deixasse meus braços, porque ficar com ela se tornou a melhor parte dos meus dias desde que a avistei naquele campus.
— Ele tem é? — perguntou com um tom brincalhão.
— Porra está estampado na testa dele e de todos os caras da faculdade as intenções deles com você. — gesticulei com as mãos em frente ao painel.
Ela riu.
— Na verdade, está errado, bem, sobre Corbyn. Ele até conheceu uma garota e está saindo com ela. Somos só amigos. — a olhei surpreso.
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Bad Drug ⁿᵒᵃⁿʸ
Hayran Kurgu【 adp. 𝗻𝗼𝗮𝗻𝘆. + 🎨 】 Noah Urrea é um dos solteiros mais cobiçado de toda a universidade. Bonito, mau, viciante, tatuado e dono de uma incrível lábia eram uns dos básicos detalhes que o transformavam no desejo de qualquer garota que tivesse a c...