055. 𝕭𝖆𝖉

226 10 0
                                    

Desci as escadas em busca de Any. Eram seis horas da manhã e parecia que todos já tinha acordado e eu dormido demais, o falatório da cozinha era estrondoso mesmo que só tivessem duas vozes vindo de lá.

— Porra vocês acordam cedo demais — Resmunguei assim que cheguei na cozinha, paralisando quando trombei com Any usando apenas um biquíni incrível no seu corpo ainda mais incrível. Coloquei a mão no peito e recuei fazendo com que ela sorrise da minha reação.

— Caralho boneca você quer me fazer infantar? Ainda está muito cedo para isso. — Any riu e beijou o canto da minha boca antes de abrir a porta da geladeira me dando a visão privilegiada da sua bunda.

— Any se você não me arrumar um cara que olhe para a minha bunda do jeito que o Noah olha para a sua eu nem quero! — Lamar protestou do outro lado da cozinha, sentado em uma cadeira com o celular em mãos, provavelmente porque tinha tirado uma foto desse momento. Revirei os olhos rindo como minha namorada.

— Eu vou achar alguém que olhe para a sua bunda desse jeito, tenha certeza. — Any soou confiante, colocando uma jarra de suco em cima da bancada, se virando para pegar outra coisa. Olhei ao redor e percebi que Sam e Giulia na verdade ainda não tinham descido.

Tornei a olhar minha namorada mexendo na geladeira como se eu não fosse nada. Me encostei na porta e passei meu dedo pela sua bunda levemente vermelha, lhe assustando, seu olhar encontrou o meu.

— Noah. — Mordi meu lábio inferior antes de rir me afastando dela mais vermelha que pimenta. Levei as coisas que ela tirou da geladeira para a mesa e me sentei para comer o pão que sabe se como eles dois compraram essa hora.

— Giulia e Sam não vão levantar não? A lancha já está aqui. — Any apareceu usando uma espécie de canga com a estampa idêntica a do se biquíni, ela cobria somente a sua bunda e a parte de frente da calcinha, crispei meus olhos para ela que sorriu vitoriosa sentando-se do outro lado da mesa.

— Lancha? Não cansa de esfregar na nossa cara que é o CEO rico e bonito que qualquer um quer ter? — Comentou ela olhando o amigo. Precisei pensar por um tempo para finalmente entender a conversa literária que os dois estavam tendo tão energeticamente.

— Não...— Lamar respondeu passando a mão pelo cabelo. Mordi outro pedaço do pão e me recostei na cadeira escutando a voz de Sam.

— Quem disse lancha? Qual é o nosso destino? — perguntou aparecendo na cozinha também pronto, aparentamente todos levaram bem a sério o lance de acordar cedo e ir para a praia.

— Eu, e iremos para uma ilha aqui perto, não é isolada, tem quiosque, tem gente, tem pousada então relaxem não vou matar ninguém. — Lamar explicou. Any riu tomando um gole do suco de manga.

— Eu escutei lancha? Já estou prontaaaaaa!!! — Giulia apareceu fazendo uma coreografia estranha. Sam não disfarçou e a devorou com o olhar exatamente como eu estava fazendo com Any naquele biquíni e aqueles dois cordões que lhe deixaram ainda mais bonita.

Ela parecia uma Deusa vestida assim. E eu queria fazer tantas oferendas para ela, para que ela apenas para que me desse o privilégio de estar na sua presença. Eu acenderia velas, incensos, compraria presentes, cantaria canções, dançaria e criaria esculturas até que todos os outros Deuses sentissem inveja dela ao ponto de a endeusarem como eu estaria fazendo.

— Any, se não me tirar dessa vela eu juro por Deus que mato você. — Lamar disse encarando minha namorada que estava olhando Sam e Giulia com uma vontade imensa de rir. Taquei um pano nela.

— Disfarça, boneca. — ela riu arremessando o pano de volta na minha direção.

•••

Oito horas deixamos a casa e subimos na lancha que antes não estava no mar quando chegamos ontem. Um homem nos levou até a lancha e depois de Lamar e ele conversarem ele foi embora deixando as chaves conosco.

Bad Drug ⁿᵒᵃⁿʸOnde histórias criam vida. Descubra agora