Bad Drug ⁿᵒᵃⁿʸ

047. 𝕭𝖆𝖉

O som de um alarme me acordou.

Estava perto de pegar meu despertador para tacar ele no chão quando o som parou e uma voz sonolenta soou, me fazendo relembrar a noite passada ainda com a cara enfiada no travesseiro.

— Você sempre acorda tão cedo assim? — perguntei, girando na cama e olhando para ela sentada digitando no celular irritada porque só podiar usar uma mão.

— Na verdade, estamos atrasados. — contou, bloqueando a tela do celular e se virando para me olhar, sorrindo preguiçosa em seguida.

— Temos dez minutos para sairmos. Eu vou tomar banho, me leva? — mordeu o canto da boca.

— E a possibilidade de não te levar existe? — retruquei sorrindo, ela corou e levantou me dando a visão da sua silhueta e da sua bunda incrível marcada pela camisola branca de seda que ela estava usando.

— Merda...— Praguejei enfiando de novo o rosto no travesseiro. Era uma ótima maneira de começar o dia, apesar de muito excitante. Era estranho querer acordar com ela todos os dias sem sequer o pensamento de enjoar cruzar a minha mente, porém, eu me apaixonava cada vez mais por essa sensação.

Levantei e arrumei a bagunça que fizemos durante o filme ontem e depois quando dormimos ainda no sofá da sala. Assim que terminei corri para o banheiro e peguei minha roupa que Any colocou em uma gaveta no seu armário quando eu trouxe minhas coisas da faculdade para cá.

Entrando no banheiro percebi que Any já estava vestida e escovando os dentes, seu cabelo estava uma bagunça o que claramente estava incomodando-a.

Me aproximei pegando a sua presilha na pia e parei atrás do corpo dela beijando seus ombros macios e cheirosos com carinho.

— Quer que eu prenda para você? — Ela concordou, cuspindo a água da boca a limpando com a toalha. Mesmo sem saber se estava fazendo isso certo, peguei a escova e passei pelos seus cabelos não tão curtos agora e, em seguida puxei as mechas para cima girando e prendendo com pouca pressão. Era diferente ver Any com o cabelo preso, realçava ainda mais o seu rosto tão bonito chamando ainda mais atenção para os seus olhos. Ela ficava linda de ambos os jeitos.

— Obrigada...— Beijou meu rosto e saiu do banheiro.

Apressado, tomei uma ducha e me vesti com uma das roupas que eu trouxe do meu apartamento ontem logo após o filme. Porque tanto Any quanto eu sabíamos que iríamos ficar grudados tanto aqui quanto no meu apartamento. Então ela sugeriu que eu trouxesse roupas e deixasse aqui, e óbvio que eu aceitei a ideia eu não seria louco de recusa-la.

— Você quer torradas? — Any apareceu na porta do quarto quando eu estava passando perfurme. Ela mordeu uma torrada com geleia e eu me aproximei mordendo o outro lado da torrada a fazendo sorrir.

— Não estamos atrasados? — Brinquei. Ela tirou a torrada da boca e passou a língua pelos lábios limpando a geleia deles. A geleia era de morango.

A beijei ainda sentindo o gosto da mesma por alguns segundos antes de me afastar ao som do seu celular apitando alto outro alarme.

— Estamos, mas podemos comer no caminho...— Dispersou no corredor na minha frente. A segui até a cozinha, ela tinha quatro torradas e um pote de geleia com uma faca em cima ao lado, em cima da bancada de mármore gigastenca. Havia também uma garrafa de água.

— Fez tudo isso agora? — Perguntei surpreso com a rapidez e praticidade que ela tinha feito tanta coisa e em como tudo estava tão limpo. Eu nunca conseguiria tal proeza. Não se praticasse muito. Quem dirá com um gesso. 

— Aham. Só colocar na máquina, não foi tão difícil...pelo menos isso. — ela pegou um guardanapo. Ajudei ela a colocar tudo e depois de pegar nossas coisas deixamos o seu apartamento e o prédio, entrando no meu carro.