053. 𝕬𝖗𝖙

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Meu celular vibrou, no bolso do meu short. Puxei ele, a mensagem recebida era de Corbyn, ontem havia sido o aniversário dele e eu lhe mandei parabéns, conversamos um pouco e ele me disse que estava saindo com aquela garota que conheceu e que as coisas estavam muito bem entre os dois.

— Eu vou dormir puta que pariu já são onze horas...— Giulia falou, se levantando.

— Já? — Lamar perguntou, bebendo do whisky que tinha na mesa caríssima de bebidas perto da televisão. Ele parecia o próprio empresário milionário, bonito e cobiçado depois de chegar do trabalho tentando relaxar.

— Se eu não dormir agora não vou conseguir acordar cedo para ir para a praia e pegar uma cor...— Ela o respondeu, bocejando.

— Verdade...também vou. — Lamar largou o copo e passou a mão pelo cabelo igual aos homens que eu leio nas fanfics. Agora só falta o secretário que ela vai estar completa e eu vou estar satisfeita para sempre.

— Vocês vão dormir agora? — Lamar perguntou olhando para Noah e eu no sofá maior. Eu estava deitada com as pernas esticadas por cima das coxas de Noah, sentado bebendo refrigerante e comendo o último pedaço da pizza. Sam já tinha ido dormir, o que todos nós achamos muito suspeito.

— Daqui à pouco...— Murmurei sorrindo ao abrir os braços. Lamar se tacou em cima do meu corpo e beijou minha bochecha.

— Boa noite! Boa noite! — Disse ao se levantar. Giulia acenou bocejando novamente, ela sorriu com a expressão de sono. Acenei para ela.

— Boa noite! — Gritei, digitando finalmente uma resposta para a mensagem de Corbyn, que dizia Como estão as coisas com o Noah?

Uma resposta a minha pergunta sobre como estavam as coisas com Heyoon, a menina que ele estava se relacionando.

Lhe respondi que estava tudo bem sentindo Noah me puxar pelas minhas pernas, dei risada, cercando seu corpo com elas o puxando na minha direção. Ele riu, apoiando os cotovelos contra o sofá e me olhando.

— Com quem está falando desde que sentou aqui? — Perguntou, deitando a cabeça no meu peito e olhando para meu celular com a conversa aberta.

— Corbyn? — murmurou surpreso.

— É. Ontem foi aniversário dele...— Expliquei deixando ele ler a mensagem de forma curiosa e relaxada. Ele concordou abraçando-me com mais força e aproximando o rosto do meu pescoço.

— É, eles deram uma festa...parabenizei ele também. —
Disse antes de me encher de beijos da região da nuca passeando pelo pescoço e parando na minha clavícula, onde ele levantou o rosto e me olhou intensamente como se estivesse tomando uma decisão muito importante.

— Minha mãe morreu quando eu nasci...— ele disse subitamente me asusstando nos primeiros segundos.

Quando entendi que ele estava respondendo a minha pergunta feita horas atrás, somente concordei, silenciosamente mostrando que estava prestando atenção em cada uma das suas palavras que se tornavam tão importantes para mim quando eram para ele.

— Meu parto teve muitas complicações, ela perdeu muito sangue e acabou não aguentando...claramente ninguém esperava por isso..— Noah fez uma expressão de dor ao enfatizar a palavra —...A morte dela foi um baque que se tornou bastante difícil para eles aguentarem, principalmente para o meu pai. — Ele parou por um momento, erguendo o corpo e se sentando novamente, parando de me olhar e fitando a lareira com pouca brasa e quase nenhum fogo.

— Ele ficou perdido sem a presença da minha mãe, se aprofundou muito no trabalho para que o tempo que tinha em casa fosse suficiente para ele não sentir a ausência dela. Então, ele pediu para que os meus avós me criassem em nome da filha, e foi isso o que eles fizeram. — Um sorriso melancólico apareceu no rosto dele ao mencionar os avós.

Bad Drug ⁿᵒᵃⁿʸOnde histórias criam vida. Descubra agora