A moto estava melhor do que eu havia sonhado. Ela serviu ao meu propósito original. Eu havia traído — quebrado minha promessa. Eu fui desnecessáriamente descuidado.
Eu me sentia um pouco menos patético
agora que as promessas haviam sido feitas e quebradas de ambos os lados.E eu ainda tinha descoberto a chave para as alucinações! Pelo menos, eu esperava que sim. Eu ia testar essa teoria o mais rápido possível.
Talvez eles terminassem rápido comigo no pronto socorro, e eu pudesse tentar de novo essa noite.
Descer a estrada correndo daquele jeito tinha sido incrível. A sensação do vento no meu rosto, a velocidade e a
liberdade... isso me lembrou de uma vida passada, voando pela grossa floresta sem uma estrada, nas costas dele enquanto ele corria — eu parei de pensar aí, deixando as memórias me atingirem com uma súbita agonia. Eu vacilei.- Você ainda está bem? - Jacob checou.
- É - eu tentei parecer tão convincente quanto antes.
- Aliás - ele acrescentou. - Eu vou desconectar o seu freio de pé hoje á noite.
Em casa, a primeira coisa que eu fiz foi me olhar num espelho; eu estava grotesco. O sangue estava secando e deixando trilhas grossas nas minhas bochechas e no meu pescoço, se colando com o meu cabelo cheio de lama.
Eu me examinei clinicamente, fingindo que o sangue era tinta pra que ele não incomodasse meu estômago.
Eu respirei pela minha boca e fiquei bem. Eu me lavei tão bem quanto pude.
Então eu escondí minhas roupas sujas, ensanguentadas, no fundo do cesto de roupa suja, colocando outra calça jeans e uma camisa de abotoar (que eu não precisava passar pela minha cabeça) tão cuidadosamente quanto pude.Eu consegui fazer isso tudo com uma só mão, e manter tudo livre de sangue.
- Se apresse - Jacob chamou.
- Tá bom, tá bom - eu gritei de volta.
Depois de ter certeza de que nada mais me incriminava, eu descí as escadas.
- Como é que eu estou? - eu perguntei pra ele.
- Melhor - ele admitiu.
- Mas parece que eu tropecei na sua garagem e batí a cabeça num martelo?
- Claro, eu acho que sim.
- Então vamos lá.
Jacob me apressou pela porta, e insistiu em dirigir de novo.
Nós já estávamos a meio caminho do hospital quando eu me dei conta de que ele ainda estava sem camisa.
Eu fiz uma carranca me sentindo culpado.
- Nós devíamos ter pego uma casaco pra você.
- Isso teria nos denunciado - ele zombou. - Além do mais, não está frio.
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𝙈𝙀𝙐 𝙑𝘼𝙈𝙋𝙄𝙍𝙊 - 𝙍𝙄𝙉𝙉𝙀𝙔
FanficEu nunca pensei muito sobre como eu iria morrer, achei que eu tinha motivos suficientes nos últimos meses, mas mesmo que eu não tivesse, eu não iria imaginar assim. Eu encarei sem respirar através do longo aposento, dentro dos olhos escuros do caç...