cap 26★·.·'¯'·.·★

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Ele alisou meu cabelo

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Ele alisou meu cabelo.

- Está tudo bem, Finney, está tudo bem. Eu não vou mais falar nisso. Me desculpe.

- Eu estou bem - eu asfixiei. - Acontece o tempo todo. Não é culpa sua.

- Nós somos um par bem bagunçado, não somos? - Jacob disse. - Nenhum de nós consegue se segurar da maneira certa.

- Patético - eu concordei, ainda sem fôlego.

- Pelo menos nós temos um ao outro - ele disse, claramente confortado com o pensamento.

Eu estava confortado também.

- Pelo menos tem isso - eu concordei.

E quando nós estávamos juntos, eu
estava bem. Mas Jacob tinha um trabalho horrível, perigoso, que ele se achava compelido a fazer, então eu estava frequentemente sozinho, preso em
La Push para a minha segurança, sem nada pra afastar minha mente das preocupações. Eu me sentia estranho, sempre ocupando o espaço de Charlie.

Eu estudei um pouco para um teste de Cálculo que teria na semana que vem, mas não consegui ficar preso na metemática durante muito tempo.

Quando eu não tinha nada óbvio pra fazer nas mãos, eu me sentia obrigado a conversar com Charlie — a pressão das regras normais da sociedade.

Mas Charlie não era muito bom pra preencher silêncios longos, e então a estranheza continuava.

Eu tentei dar uma volta na casa de Emily na quarta á tarde, pra variar um pouco. No início foi bem legal. Emily era uma pessoa alegre que nunca ficava sentada.

Eu me arrastava atrás dela enquanto ela flutuava entre sua pequena casa e o quintal, esfregando o chão impecável, cortando uma pequena erva daninha, concertando uma dobradiça quebrada, recolocando um fio de lã num novelo velho, sempre cozinhando também.

Ela reclamava um pouco do apetite crescente dos garotos por causa da corrida extra, mas era fácil ver que ela
não se incomodava em cuidar deles.

Mas Sam apareceu depois que eu fiquei lá por algumas horas. Eu só fiquei lá por tempo suficiente pra me certificar de que Jacob estava bem e de que não haviam novidades, e depois eu tive que escapar.

A aura de amor e contentamento que cercava os dois era difícil de tomar em doses concentradas, sem ninguém ao seu redor para dilui-la.

Isso me deixou a opção de ir vadiar na praia, passeando na escosta de pedras pra frente e pra trás, de novo e de novo.

O tempo sozinho não era bom pra mim.
Graças á nova honestidade com Jacob, eu estive falando e pensando demais nos Arellano. Não importava o quanto eu tentasse me distrair.

Eeu tinha muito no que pensar: eu estava honestamente e desesperadamente preocupado com Jacob e com seus irmãos-lobos, eu estava aterrorizado por Terrence e pelos outros que achavam que estavam caçando animais, eu estava me aproximando mais e mais de Jacob sem ter decidido conscientemente progredir nessa direção e não sabia o que fazer sobre isso.

𝙈𝙀𝙐 𝙑𝘼𝙈𝙋𝙄𝙍𝙊 - 𝙍𝙄𝙉𝙉𝙀𝙔Onde histórias criam vida. Descubra agora