- protetor. Como se ele estivesse prestes a se jogar na frente de uma bala pra te salvar ou algo assim.
Eu ri, apesar de ainda não ser capaz de olha-la nos olhos.
- Isso é uma coisa ruim?
- Não - ela fez uma careta enquanto lutava pra encontrar as palavras. - Só é diferente. Ele é muito intenso com você... e muito cuidadoso. Eu sinto como não entendesse realmente o relacionamento de vocês. Como se houvesse um segredo que eu estou perdendo...
- Eu acho que você está imaginando coisas, mãe. - Eu disse rapidamente, lutando pra manter minha voz leve.
Havia um friozinho no meu estômago. Eu havia esquecido o quanto a minha mãe via. Alguma coisa na sua forma simples de ver o mundo ultrapassava todas as
distrações e penetrava diretamente na verdade das coisas.Isso nunca foi um problema antes. Até
agora, nunca houve um segredo que eu não pudesse contar pra ela.- Não é só ele. - Ela juntou os lábios em defesa. - Eu queria que você pudesse ver como se move perto dele.
- O que você quer dizer?
- A forma como você se move, você se orienta ao redor dele sem nem sequer pensar nisso. Quando ele se move, mesmo que um pouco, você ajusta a sua posição ao mesmo tempo. Como
imãs... ou gravidade. Você é como um satélite, ou algo assim. Eu nunca vi nada parecido.Ela torceu os lábios e olhou pra baixo.
- Não me diga - eu zombei, forçando um sorriso. - Você está lendo mistérios de novo, não está? Ou dessa vez é ficção científica?
Renée corou em um rosa delicado.
- A questão vai além disso.
- Achou algo bom?
- Bom, houve um, mas isso não importa. Nós estamos falando de você agora.
- Você devia continuar nos romances, mãe. Você sabe que você enlouquece.
Os lábios dela torceram pra cima nos cantos.
- Eu estou sendo boba, não estou?
Por meio segundo, eu não pude responder. Isabela era tão facilmente distraída. As vezes isso era uma coisa boa, porque nem todas as idéias dela eram práticas.
Mas me machucou ver o quão
rapidamente ela se rendia às minhas perguntas, especialmente já que ela estava absolutamente certa dessa vez.Ela olhou pra cima, e eu controlei a minha expressão.
- Boba não, só sendo mãe.
Ela sorriu e depois fez um gesto largo na direção das areias brancas que se estendiam para a água azul.
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𝙈𝙀𝙐 𝙑𝘼𝙈𝙋𝙄𝙍𝙊 - 𝙍𝙄𝙉𝙉𝙀𝙔
FanficEu nunca pensei muito sobre como eu iria morrer, achei que eu tinha motivos suficientes nos últimos meses, mas mesmo que eu não tivesse, eu não iria imaginar assim. Eu encarei sem respirar através do longo aposento, dentro dos olhos escuros do caç...