Eu senti uma leve pontada de culpa enquanto me dava conta de como Terrence se sentiria em relação a isso, mas eu a ignorei.
Eu simplesmente não podia ficar em casa hoje de novo. Alguns minutos depois eu estava na familiar estrada de poeira que não levava a nenhum lugar em particular.
Eu deixei as janelas abertas e dirigi o mais rápido que pude para a saúde da
minha caminhonete, tentando aproveitar o vento no meu rosto. Estava nublado, mas quase seco — um dia muito bom, pra Forks.Começar me levou mais tempo do que levaria pra Jacob. Depois que eu estacionei no lugar de sempre, eu tive que passar uns bons quinze minutos estudando cuidadosamente a pequena
agulha do compasso e as marcas do mapa agora bastante usado.Quando eu estava razoavelmente certo de que estava seguindo a linha certa na teia, eu me embrenhei na mata. A floresta estava cheia de vida hoje, todas as pequenas criaturas estavam aproveitando a secura momentânea.
De alguma forma, porém, mesmo com os pássaros cantando e fazendo barulho, os insetos zumbindo alto na minha cabeça, e até a ocasional corrida de um rato do mato entre os arbustos, a floresta parecia mais assustadora hoje; me lembrava do meu pesadelo mais recente.
Eu sabia que era só porque eu estava sozinho, sentindo falta do assobio livre de Jacob e do som de outro par de pés pisando no chão molhado.
A sensação de inquietude foi crescendo e ficava mais forte quanto mais fundo eu me enfiava na floresta.
Respirar começou a ficar mais difícil — não por causa da exaustão, mas sim porque eu estava tendo problemas com o estúpido buraco no meu peito de novo.
Eu apertei meus braços com força ao redor do tórax e tentei banir a dor dos meus pensamentos. Eu quase dei a volta, mas eu odiava ter que jogar fora todo o esforço que já havia feito.
O ritmo dos meus passos começou a entorpecer a minha mente e a minha dor. A minha respiração ficava uniforme eventualmente, e eu estava feliz por não ter desistido. Eu estava ficando melhor nesse negócio de caminhar pelas matas; eu podia notar que estava mais rápido.
Eu não me dei conta de o quanto eu estava sendo eficiente. Eu achava que já havia andado milhas e ainda nem havia começado a conta-las. E então, com uma rapidez que me desorientou, eu entrei por um arco que era feito com o tronco de duas árvores — passando pelas samambaias que chegavam á altura do peito — passando para a clareira.
Era o mesmo lugar, instantaneamente eu tinha certeza. Eu nunca havia visto outra clareira tão simétrica. Ela era perfeitamente redonda como se alguém tivesse intencionalmente criado o círculo sem falhas, arrancando as árvores mas sem deixar evidências dessa violência nas ondas de grama.
Á leste, eu podia ouvir o rio borbulhando silenciosamente. O lugar não era nem um pouco tão fascinante sem a luz do sol, mas ainda era muito bonito e sereno.
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𝙈𝙀𝙐 𝙑𝘼𝙈𝙋𝙄𝙍𝙊 - 𝙍𝙄𝙉𝙉𝙀𝙔
FanficEu nunca pensei muito sobre como eu iria morrer, achei que eu tinha motivos suficientes nos últimos meses, mas mesmo que eu não tivesse, eu não iria imaginar assim. Eu encarei sem respirar através do longo aposento, dentro dos olhos escuros do caç...