cap 18★·.·'¯'·.·★

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O lobo mais próximo de mim, o marrom avermelhado, virou a cabeça levemente com o som do meu suspiro

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O lobo mais próximo de mim, o marrom avermelhado, virou a cabeça levemente com o som do meu suspiro.

Os olhos do lobo eram escuros, quase pretos. Ele olhou pra mim uma fração de segundo, seus olhos profundos pareceram inteligentes demais pra um animal selvagem.

Ele me encarou, eu pensei em Jacob de repente - de novo, com gratidão. Pelo menos eu tinha vindo aqui sozinho, pra essa clareira encantada cheia de monstros.

Pelo menos Jacob não ia morrer também. Pelo menos eu não carregaria a morte dele nas costas.

Então outro rosnado baixo do líder fez a cabeça do lobo se virar, na direção de Laurent.

Laurent estava olhando pra o monstruoso bando de lobos monstruosos com um inexplicável olhar de choque e medo. Primeiro eu não consegui entender.

Mas eu fiquei atordoado quando, sem nenhum aviso, ele se virou e desapareceu entre as árvores. Ele fugiu.

Os lobos foram atrás dele em um segundo, se espalhando pela grama com passadas poderosas, rosnando e fazendo estalos tão altos que eu levantei minhas mãos instintivamente pra cobrir meus ouvidos.

O som desapareceu com surpreendente velocidade assim que eles desapareceram na mata. E então eu estava sozinho de novo.

Meus joelhos tremeram embaixo de mim, e eu caí em cima das minhas mãos, soluços se construindo na minha garganta.

Eu sabia que tinha que ir embora, e tinha que ir agora. Por quanto tempo os lobos iam caçar Laurent antes de voltarem por mim? Ou Laurent ia se virar contra eles? Seria ele quem voltaria me procurando?

Porém, primeiramente eu não conseguia me mexer; meus braços e pernas estavam tremendo, e eu não sabia como voltar a ficar de pé.

Minha mente não conseguia superar o medo, o horror ou a confusão. Eu não entendia o que havia acabado de testemunhar.

Um vampiro não devia fugir de cachorros crescidos daquele jeito. Que mal os dentes dele poderiam fazer á sua pele de granito?

E os lobos devem ter dado á Laurent um longo espaço. Mesmo que o tamanho
extraordinário deles os tenha ensinado a não temer nada, ainda não faziam nenhum sentido que eles o perseguissem.

Eu duvidava que a pele de mármore gelado dele cheirasse como comida. Porque eles iam passar alguma coisa com sangue morno e fraco como eu pra perseguir Laurent?

Eu não conseguia entender o sentido disso.

Uma brisa fria passou pela clareira, balançando a grama como se alguma coisa estivesse em cima dela.

Eu fiquei de pé, me afastando mesmo que o vento estivesse passando por mim sem me causar danos. Tremendo de pânico, eu me virei e corri em linha reta entre as árvores.

As horas seguintes foram de agonia. Me levou um tempo três vezes maior pra escapar das árvores do que eu tinha levado pra chegar até a clareira.

No início eu não prestei atenção em pra onde estava indo, já que eu estava só focado na minha fuga.

𝙈𝙀𝙐 𝙑𝘼𝙈𝙋𝙄𝙍𝙊 - 𝙍𝙄𝙉𝙉𝙀𝙔Onde histórias criam vida. Descubra agora