Os meus olhos não deixam o teto escuro do quarto, o barulho da agua a correr e a luz da lua entram pelas janelas enormes e não consigo dormir, a respiração suave da Soph arrepia-me a pele, e a maneira como o corpo nu está enrolado no meu faz-me ver que nem a dormir nenhum de nós pode ir muito longe. O meu braço está debaixo da minha cabeça e olho para a rapariga a dormir profundamente ao meu lado, o cabelo castanho espalhado á nossa volta, os lábios partidos pela respiração suave, ela parece um anjo adormecido...embora apenas a dormir, ela pode ser o diabo se ela estiver acordada.
Estou contente por a ter trazido até aqui, este sitio acalma-me tanto que é quase impossível eu querer ir embora, é verde, tranquilo e longe o suficiente de Nova York, na verdade se há uma coisa que odeio é Nova York todas aquelas pessoas a correrem de um lado para o outro a viver vidas fúteis...como é que ela pode gostar tanto daquilo?
Ela mexe-se sobre ela mesma, e o lençol viaja para baixo expondo-lhe os seis bonitos, o mamilo enruga sobre o ar quente que sai do ar condicionado e sinto a minha mão viajar para o pela barriga dela, o meu indicador traça círculos á volto do umbigo dela e sobe até ao vale dos seus seios, encaracolando num mamilo franzido.
Sorriu quando ela se mexe contra a minha mão e balança a sua cabeça para o outro lado, levo os lábios ao seu pescoço e deito-me em cima dela, apoiando-me nos cotovelos para não fazer força em cima dela, oiço-a rir-se baixinho e mordo-lhe o mamilo ao que ela preguiçosamente leva a mão ao meu cabelo, massajando o coro cabeludo.
-Harry...- Ela diz com a voz rouca do sono.
-Hum.- Beijando o caminho do seu seio até á sua clavícula.
-Que horas são?- Ela lentamente murmura e vejo o despertado marcar quatro da manhã.
-Quatro.- Murmuro com a cabeça enroscada no seu pescoço.
-Tu és um homem egoísta.- Ela ergue as pernas para um lado mas eu paro-a.
-No que te diz respeito? Muito, e para além disso não tenho sono.- Murmuro com os meus lábios nos dela.
Os olhos dela continuam fechados, mas o sorriso que ela me dá parece dizer-me que tenho o que quiser dela, quando quiser, é como se de alguma maneira ela me disse-se que está tudo bem, mesmo que eu não consiga dormir eu ainda a posso acordar para ela também não dormir.
-Tu pareces satisfeita com isso.- Puxo o lábio dela entre os meus.
Ela espreguiças e emite um ruido de satisfação antes de abrir os olhos sonolentos para mim.
-Á um longo tempo atrás tu tinhas-te de levantado e ido trabalhar ou para qualquer outro sitio, fazer qualquer outra coisa, tu nunca me acordavas antes.- Ela passa os braços á minha volta.
Memórias rápidas passam como flashes, na noite em que ouvi um barulho vindo da sala e o Dean estava lá, e eu não a acordei e talvez esse seja um dos meus maiores arrependimentos, talvez se eu a tivesse acordado nós os dois tivéssemos arranjado uma forma de sair dali...mas eu tinha tanto medo que ele a apanhasse, que ela não fosse rápida o suficiente, por isso por um lado a memória destrói-me, mas posso ver que se eu a tivesse acordado e o Dean a tivesse magoado, isso sim, seria uma mágoa que nunca poderia deixar para trás.
-Tu estás a pensar demais em alguma coisa.- Ela beija a minha bochecha, tentando trazer-me para o presente.
-Estava a pensar em ti.- Murmuro.
-Estou á tua frente Harry.- Ela sussurra como que com medo de acordar alguém, ou algo.
Os meus lábios colam-se aos dela depressa, a ansia de sentir que ela está mesmo aqui, que não estou perdido em algum lugar de merda sem ela. O corpo dela ergue-se contra o meu, os seus seios esmagados contra o meu peito enquanto a minha língua irrompe pela boca dela, saboreando cada pedaço de amor que ela me dá. Agarro a sua perna, e puxo-a para cima das minhas costas, a minha ereção pulsante fica mais forte e procuro-a no emaranho de lençóis, a pele dela de alabastro parece derreter-se nas minhas mãos quando finalmente me empurro para dentro dela, um gemido abafado no meu ouvido enquanto a aperto mais para mim, com medo que se vá.
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Vision 3 - The Sentence
FanfictionSentado, numa cama de hospital, sozinho, ele lembra-se da ultima vez que se sentiu assim, abandonado. Fecha os olhos e lembra-se da mãe, depois reage como sempre reagiu. Com raiva. Porque se ela se tinha ido embora, ele tinha ficado, e se ela achava...