117ºCapitulo *Final*

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Hudson river fica na mesma costa da nossa nova casa. O que significa que continuo a conduzir todos os dias hora e meia para chegar ao trabalho. O que significa que estou a dez minutos do Harry e a hora e meia da Julls...

-Sophia? Tente esticar mais a perna.

A minha instrutora de ioga diz-me e apetece-me sufoca-la. Tessa ri-se ao meu lado e empurro-a com uma das minhas mãos. Ela desmancha a sua bonita posição e outros alunos olham para nós com cara feia.

-Era suposto isto descontrair-te.- A minha amiga irritante diz-me. Não me consigo descontrair, é o primeiro dia da Julls na escola...bom, não é uma escola se ela têm sete meses e ficou em casa com uma babysiter, mas mesmo assim.

-Estou ansiosa para ver a Julliet.

Ela sorri enquanto se volta a posicionar. Ficamos caladas pelos próximos cinco minutos até que somos dispensados. São cinco e meia da tarde e nem me dou ao trabalho de trocar de roupa. Tenho uma mala enorme num ombro e outra mais pequena noutro. Tessa pergunta-me se quero ir com ela lanchar tardiamente e ela sabe a minha resposta porque se ri na minha cara. Ela acha que estou a passar-me mais do que devia, mas ela não viu como eu e o Harry deixamos a pequena senhora gorducha com a nossa filha nos braços e viemos pé ante pé para trás até ao carro.

Quando abrimos a porta do ginásio onde temos as nossas aulas o vento bate-me na cara e encolho-me. Visto o casaco enquanto Tessa saltita de pé em pé. Reviro os olhos e endireito-me.

-Vai lá ter com ele.

Ela sorri e abraça-me antes de desaparecer num cruzamento. Quando me viro bato num homem, mas nem sequer tenho tempo de pedir desculpa, o cheiro atinge-me e riu-me. Olho para cima e um par de olhos verdes fita-me com um sorriso adorável. A minha mão atinge-lhe o ombro e empoleiro-me para o beijar.

-Ansioso?

A minha pergunta faz com que ele se ria, e pega-me na mão antes de me abrir a porta de trás do carro. Sento-me e digo boa tarde ao motorista...não sabia que tínhamos companhia hoje. O Harry senta-se ao meu lado e agarra-me na mão.

-Não me apetecia conduzir hoje.- Ele encolhe os ombros em jeito de desculpa e sorri de forma infantil. A minha mão acaricia-lhe a bochecha e ele fecha os olhos e inclina-se na direção do meu toque.

-Nem todos temos esse tipo de regalias.- Censuro com carinho.

Não sei exatamente como são os outros homens, mas gosto da maneira como ele se transforma comigo. Como passa de um homem sério, para um rapazinho com ansia de amor e carinho.

-Amo-te.- Digo sem falar e ele responde da mesma maneira.

Quando chegamos á ponte começo a sentir-me mais ansiosa, no entanto mais feliz por estar a chegar. O Harry respira calmamente no meu cabelo e senti-lo acalma-me um pouco. Sei que preciso de trabalhar, e de me sentir viva, mas uma parte de mim está em casa, e embora esteja sempre a pensar nela e me sinta ansiosa, sabe bem, estar aqui encostada ao Harry como se por dois segundos voltasse a ter dezoito ano e as minhas responsabilidades fossem nulas. Fecho os olhos e vejo-nos sentados na relva á frente do apartamento na faculdade, a sentir o sol na cara enquanto o frio nos fazia bater os dentes.

Quando dou por mim o carro está parado e o Harry tenta desenovelar-se do meu abraço forte. Riu-me quando percebo que estou em casa e ele têm tanta vontade de entrar que está disposto a fazê-lo sem mim.

-Batoteiro.- Digo-lhe e bocejo. Apresso-me a saltar do carro e por estar de ténis consigo apanha-lo, no entanto, os dois metros de pernas que ele parece ter dão lhe vantagem e ele empurra a porta antes de mim.

Vision 3 - The SentenceOnde histórias criam vida. Descubra agora