56ºCapitulo POV- Harry

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Eram quase dez da noite quando uma batida tímida na porta me faz levantar a cabeça dos papeis á minha frente. Grunho em resposta o salto de Chloé faz barulho enquanto anda até á minha mesa. Nós os dois parecemos tentar manter distancia desde que explodi na reunião á pouco tempo, levanto a cabeça quando ela fica calada. Ela está nervosa, remexendo num cabelo solto, com o Ipad na mão.

-Sim?- Dou-lhe a minha total atenção.

-Bom.- Ela começa e engole em seco.- Lembraste de queres que verificasse as entradas e saídas que os documentos da Soph faziam? Só para ter a certeza de que a tinhas debaixo de olho?

Um sorriso cresce na minha cara, parece que caiu uma pedra no meu estomago, enquanto me levanto e vou até ela, tento mascarar o meu nervosismo com o sorriso cínico, mas parece não estar a resultar quando apanho o aparelho das mãos dela.

Saída do país, registada ás 9:00 PM, destino: Dinamarca. Passaporte: Sophia Ella Black

Os meus olhos crescem enquanto olho para a mulher loira á minha frente. A minha naorada acabou de atravessar o atlantico? Outra vez? Sem me dizer nada? O meu coração mexe-se de uma forma estranha e passo as mãos pela cara, talvez a remota possibilidade de ser um pesadelo...

-Isto foi á uma hora atrás, merda porque é que não detetaste isto?- Coloco-lhe o aparelho nas mãos e vou buscar o casaco atrás da cadeira.

-Eu pensei que estava tudo bem, que ela não ia sair, tu não nos disseste nada para estarmos atentos.- Ela tenta se desculpar, e ao seu novo colega Sean.

-Eu não preciso de dizer, vocês precisam de saber antes de eu dizer é por isso que recebem o que recebem, se não estão á altura eu vou substituir-vos.- Expludo.

-Harry tu não vais falar assim comigo de novo.- Ela sussurra.

-Eu vou falar como eu quiser, porque sabes que mais? Eu sou quem põem o dinheiro na tua conta, por isso faz o teu trabalho.

-Se estás chateado com ela, não descarregues nas pessoas que gostam de ti.- Ela olha diretamente para mim.

-Chloé...- Abano a cabeça e agarro nas chaves do carro enquanto abandono a sala e a oiço suspirar. Isto dar cabo de mim.

O meu telemóvel vibra e atendo-o sem olhar.

-Sophia?- A minha voz é tão ansiosa que me arrependo assim que abro a boca.

-Errado. Mais sorte para a próxima.

-Eu disse-te para não me ligares, eu vou entrar em contacto contigo.

-Estou numa situação um bocado complicada...eles estão atrás de mim, o armazém onde estava, eles incendiaram-no.

-Eu vi, apareceu no jornal.- Murmuro.

-Fodace preciso de ajuda.

Desligo antes de poder ouvir mais alguma coisa,

Quando abro a porta do carro oiço o segurança dizer alguma coisa, mas não consigo responder, os meus olhos estão dispersos nas lágrimas dela quando a deixei encostada aquela parede, deixando-a sozinha. Eu fiz isto. Novamente. O meu pé ganha raízes do acelerador e quando o sinal cai para vermelho travo de repente, oiço uma buzina mas os olhos escuros consomem a minha alma, o meu coração estão na minha boca e a única coisa que posso fazer é ouvir o relógio a contar os minutos.

Eu devia ter deixado alguma pista, mas era muito perigoso, se alguém me visse com ela, ela seria um alvo abater, se aquelas pessoas já me ligaram a Matt é demasiado perigoso para ela, vê-la ir não é o que eu queria, pelo menos não desta maneira.

Vision 3 - The SentenceOnde histórias criam vida. Descubra agora