-Tu podes manter um segredo?- Ele murmura nos meus lábios quando o trinca delicadamente.
-Eu sou uma especialista nisso.- Riu-me.
-Eu estava no inferno com medo que fosses para casa e que não me deixasses brincar.
-Brincar?
-Diversão.
-Diversão?
-Aqui mesmo.- Ele abana a cabeça e encosta-me á parede do quarto, ao lado da porta, os lábios dele beijão o meu ombro, o meu pescoço, o ponto abaixo da minha orelha. A minha respiração parece estar num frenesim, enquanto a sua mão me sustenta no meu lugar com as pernas enroladas na sua cintura, os meus calcanhares afundam-se no fundo das suas costas, as minhas mãos encontram o cabelo desalinhado e sorriu.
-Eu queria matar-te por não me teres dito nada, mas também queria dar a mim mesma uma folga de discussões.- Por um momento, uma sombra de algo perpassa-lhe o rosto, quase como pesar, no entanto é dissipado pelo olhar escuro que ele me lança antes de se virar e me colocar na cama, os joelhos dele estão de cada lado das minhas ancas e as suas mãos são rápidas a livrar-se da minha camisola. O seu olhar demora-se no meu corpo e sinto-me ficar vermelha, não de vergonha, mas de talvez nunca me conseguir habituar a ter alguém a desejar assim tanto algo que sempre me passou despercebido.
-Eu gosto disto.- Ele estende a palma da mão um pouco acima da minha barriga, riu-me quando a sua mão cobre totalmente a parte frontal da minha cintura, é a única coisa que provavelmente está totalmente correta em mim.
-Claro que gostas.- Riu-me mas sem muito humor.
-Há outro monte de coisa de que gosto.- Ele aproxima-se do meu rosto, a luz da noite vem e acrescenta magia ao rosto bonito, misterioso e sedutor, se alguém alguma vez resistiu a este homem eu gostava de ter estado lá para ver.
A língua dele suavemente escapa para fora, lambendo os lábios pouco húmidos, a sua mão percorre a lateral do meu corpo enquanto ele mete uma mão no fundo das minhas costas.
-Arqueia.- Ele murmura e eu balanço para a frente, dando-lhe acesso ao fecho do soutien, os dedos dele cuidadosamente passam as alças pelos meus braços e a seguir a peça de roupa está esquecida ao nosso lado.
-Tu estiveste todo este tempo na minha cabeça.- Os lábios dele arrasam os meus, e a barba que começou a despontar arranha-me, as minhas mãos vão para a frente da sua camisa, desapertando os botões com pressa. E de certeza de que um ou dois devem estar perdidos no meio dos lençóis agora. A respiração do Harry misturava-se com a minha e á medida que a sua camisa foi realmente removida a sua respiração não era apenas audível, misturava-se com a minha de uma forma tão intima que parecia literalmente que nenhum de nós estava a respirar mais nada. Engoli com esforço e elevei-me para o beijar novamente, a língua dele era áspera contra a minha, beijando-me violentamente, enquanto as suas mãos tentavam livrar-se do cinto que prendia as suas calças.
-É bom pensar que sim.- Murmuro quando as minhas mãos passeiam-me pelas suas costas nuas, firmes debaixo dos meus dedos, a pele macia parece envolver-se na minha, e a sensação do peito dele a roçar no meu dá-me uma sensação de sermos só um.
Assim que as calças dele são arrastadas para baixo, ele manda-as para o chão, a fivela do cinto a fazer barulho no chão de madeira, o único barulho a sobressair são as nossas respirações graves. Os olhos do Harry ficam quase negros na totalidade e elevo o polegar á marca irregular que ocupa a pare de cima da sua maçã do rosto, um corte pequeno, mas se olhar atentamente está lá, a servir de prova de tudo aquilo que se esconde por detrás do homem forte, apaixonado, e completamente incontrolável que durante uma noite á três anos atrás arriscou tudo aquilo que tinha por mim, como se eu realmente fosse um prêmio assim tão grande, como se fosse tão boa assim. Às vezes acho que ele tem uma imagem de mim que não é real, porque se alguém nesta relação tem o coração e a compaixão, ele é o que tem tudo isso de maior, eu sou boa para ele, porque ele é bom para mim, eu amo este homem mais do que a própria vida, o que seria realmente de mim sem ele? Não se trata de colocar um homem acima de mim, torna-se de colocar o amor acima de mim, a vida de ninguém alguma vez seria boa sem amor. O amor move o mundo.
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Vision 3 - The Sentence
FanfictionSentado, numa cama de hospital, sozinho, ele lembra-se da ultima vez que se sentiu assim, abandonado. Fecha os olhos e lembra-se da mãe, depois reage como sempre reagiu. Com raiva. Porque se ela se tinha ido embora, ele tinha ficado, e se ela achava...