69ºCapitulo

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"I made this feel like home"-One Direction Home

Uma impressão no meu nariz faz-me tremer e abrir os olhos, a luz é tão intensa que deve ser quase tarde. Sinto as minhas costas ressentirem-se e o peito do Harry a subir e a descer devagar debaixo de mim. Abro os olhos e Ave sorri-me- Volto a fechar os olhos e de repente entendo que estou exatamente onde me lembro de adormecer. Sofá. Meio nua. Cobertor. Abro os olhos e gemo.

-Tu não sabes quanto tempo esperei para te ver nesta situação.- O cabelo loiro brilha e percebo que não é de dia, é de noite mas a luz em cima de mim está ligada.

-Ok e agora? Podes desligar a luz e ir dormir?- Murmuro e sinto o Harry mexer-se debaixo de mim.

-Consigo ver a tua mama esquerda, ganha alguma vergonha!- Ela grita num sussurro rouco e apaga a luz, fecho os olhos e tento não me sentir quente, literalmente quente de embaraço. Que raio de pessoa decente sou eu? Ah que merda!

Respiro devagarinho e viro-me, a minha cara fica espalmada no peito do Harry e sinto a sua respiração no topo da minha cabeça.

-Tapa esse menina.- O Harry sussurra e riu-me baixinho, levanto a cabeça e só a luz que vem lá de fora me permite de ver o sorriso ensonado na cara dele.

-Fomos tão apanhados.- Espremo as mãos contra os olhos. O toque suave do Harry trás a minha mão para trás e beija o meu pulso, sinto a minha pulsação disparar. Por alguma razão o meu pulso é tão sensível como o meu pescoço.

-Há um monte de coisas que não devíamos fazer, mas a parte divertida é faze-las. Para além disso somos adultos é a nossa maneira de nos expressarmos.- Ele tem os olhos fechados e o cabelo tão confuso que mal consigo distinguir o cabelo da almofada.

-Isso soa como se só quiséssemos...

-Sexo!- Ele sussurra como um grito.

-Isso. Homens são tão bons com palavras.

Os dedos dele passam pelas minhas costas e suspiro, as minhas unhas suavemente tocam o seu peito para a frente e para trás, é relaxante a maneira como ele me toca, é relaxante a maneira como todos os nós dentro de mim se desembaraçam quando estamos assim.

-Uma casa.- Ele murmura.- Uma casa no meio do mundo, mas tão longe de tudo que ninguém nos podia encontrar. Podíamos adormecer em cima do balcão da cozinha que não haverias ninguém, nem precisávamos de roupa.- O tom sonhador dele faz-me sorrir, os meus dedos sobre pela sua garganta e traço-lhe os lábios cheios com os dedos.

-Nada de roupas hum? Podíamos ter frio...- Riu-me e ele revira os olhos.

-Pensa na minha proposta.- Ele sussurra muito serio de repente.

-Que proposta?- Inclino a cabeça para trás, os meus dedos penteiam os cabelos suaves encaracolados. Sabe bem ao toque.

-Viver comigo...eventualmente a tua amiga vai querer ir viver com alguém, vocês as duas vão crescer mais um pouco, ela vai querer casar, ter filhos, e achas que vais ficar neste apartamento para sempre?

Não tinha pensado nisso, quer dizer não dessa maneira, de que eventualmente ela quereria ir viver com o Paul, mas não quero ser eu a deixa-la na mão, quando ele quiser ir eu vou ser mais que feliz em apoia-la.

-Gosto de Nova York.

-É lixo, o ar, o barulho...

-Eu espero conseguir torna-lo um pouco como casa.- Falo com delicadeza.

Vision 3 - The SentenceOnde histórias criam vida. Descubra agora