Capítulo 63

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Iris Dawson

"Eu estou realmente quebrada."- Absolutamente tudo em mim dói, o corpo, a alma, o orgulho. TUDO.

Me sinto suja, o pior tipo de pessoa. Estou em conflito, sei que estou errada, fui errônea, impulsiva e isso não faz parte de mim, mas não consigo me reconhecer. Minha cabeça dói, uma dor aguda e esmagadora, meus olhos se esforçam para se manterem abertos, minhas narinas ardem e respirar por mais natural que seja, não é uma tarefa funcional, fácil. Quantos mais o observo, mas me afogo na dor, no arrependimento e nas incertezas. Tudo se resume em: Por qual razão o conheci naquela noite?

Eu tenho mesmo que carregar o fardo que a Carol deixou para trás? Ser julgada e atacada, mas enquanto tento assimilar tudo, meus olhos encaram os dele e sinto tanta dor, mais tanta, que palavras se tornam insuficientes para descrever, o Gael está quebrado, trincado e é possível ver através dos olhos verdes dele, que me olham com tanta firmeza e preocupação incapaz de omitir.

É ele, a pessoa que eu buscava, com quem sonhava e esperava me reencontrar, ele. Mas por mais que eu quisesse estar feliz com essa descoberta, eu sinto medo. Medo da rejeição, da dor que ele emana no olhar, misturado a repulsa, fria e indescritível, como se ele enfrentasse um fardo que poucos suportariam, mesmo assim ele parece lutar bravamente contra isso constantemente e parece precisar de alguém que lhe dê a mão.

Eu choro, não como se tivesse me machucado ou sentisse que nada melhoraria, mas sim como se eu tivesse perdido alguém, um pedaço importante meu, não igual quando minha mãe se foi, isso é incomparável, mas dói, dói da mesma maneira de perder alguém que se ama e saber que não o vera nunca mais e nada mudará esse fato. Não sei mais qual de nós deve ser consolado, ele ou eu!? O sofrimento nesse cômodo é tamanho, tão palpável.

Estou soluçando, igual uma pequena garotinha, totalmente desolada. Uma visão sem dúvida nada atraente e reconfortante. Não consigo parar, por mais que eu tente, as lágrimas não param, descem, escorrendo, levando embora a maquiagem e dignidade que vim tentar recuperar aqui hoje.

Esse silêncio é torturante, ele não fala nada, apenas me olha, está machucando e perdido, não sei o que fazer em relação a isso. Eu tento levantar, eu quero ir embora, por mais que eu queira compreender toda essa situação, estou me sentindo terrivelmente incapaz, dormi com Corleone, descobri que Gael era a pessoa que eu desejava todo esse tempo, mesmo com nosso primeiro contato sendo totalmente impróprio e inadequado, algo que nunca aconteceria por minha parte se não fosse obra de algo maior.

Meus pés se arrastam na cama e me apoio buscando forças para me levantar, mandando os comandos para minhas pernas, que incrivelmente obedecem, fingindo colaborar e assim que sinto o corpo longe da cama e antecipo dois passos rápidos em direção a porta, meu corpo cambaleia, e o ar pesa, sinto uma vontade absurda de vomitar, minha visão fica novamente turva e tento me apoiar em algo quando percebo que meu corpo vai despencar, mas algo quente em envolve e protege, e sinto tanta familiaridade, que me encolho, querendo ser absorvidas pelo toque reconfortante de Gregory, que me toma em seus braços e quando tento erguer a face para olha-lo de maneira rente, perco simplesmente meu fôlego, pois ele me beija e não um beijo de comum, é além, além das minhas expectativas e compreensão, me fazendo sentir os pulmões gritarem e mesmo assim serem ignorados, pois retribuo como se necessitasse disso para viver, o fôlego da vida.

A língua dele é implacável e percorre toda a extensão da minha boca, enroscando -se a minha, convidando -a a essa dança sedutora, saborosamente. Ele mordeu meu lábio inferior e os dentes se apertaram ali, puxando e chupando, levando a minha língua ao limite de sua boca, uma troca quente e provocante, alterando o rosto enquanto o nariz roça sobre o meu, fazendo o ar quente se chocar contra minha pele e nossas respirações se misturarem, ele ofega e eu arfo, um gemido escapa rouco e sexy, saltando da garganta dele e minhas pernas se apertam, fazendo minha intimidade estremecer e umedecer, não consigo evitar e meus dedos se agarraram aos fios dele e desceram acariciando o pescoço, onde meus braços estavam envolvidos. Sinto algo cutucar minha bunda, vindo de baixo, duro e grosso, e meu chão inteiro parece ser engolido, o afasto de mim, com a força que consigo, pedindo que ele me coloque no chão, o que é feito sem questionamentos e as lágrimas que tinham sido cessadas antes pelo beijo arrebatador que ele me dera, voltam a cair feito cascada e por instinto quando ele tenta se aproximar, eu me afasto, indo para trás até minha costa encontrar a porta do banheiro, onde entro e a fecho atrás de mim antes que meu corpo tombe no chão o eu volte a soluçar.

- Eu não posso. - Falei atormentada. Como eu poderia após transar com o Corleone e descobrir que o Gael sabia de mim todo esse tempo e preferiu não dizer.

- O que eu sou pra você?- Indago engasgada, sentindo o peso que aquela pergunta tinha e o quanto ela poderia mudar absolutamente tudo.

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Olá, intensas!
A autora está atrasadinha, além de escrever sou artesã de papeleira personalizada para festa, estive ocupada essa semana com a agenda e fui derrubada pelo efeito da vacina, por isso não postei, mas irei SIM concluir a obra e lançar o livro 2,

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Intensa Sedução/ Retornando Para Finalizar Livro Onde histórias criam vida. Descubra agora