Capítulo 20

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Gael Gregory.

Início de semana, outro dia de trabalho e muita correria, trancando em um escritório, engravatado até o pescoço. Segunda -feira sem dúvida é o pior dia. O corpo acomodasse após o final de semana e fica difícil encontrar ânimo pra encarar a vida monótona no escritório, sentado o dia inteiro atrás de uma mesa.

Termo azul marinho, camisa branca e gravata riscada. A mecha de cabelo caia sobre minha testa, levo a destra aos fios, nada que uma camada generosa de gel não dê conta.

Impecavelmente arrumado, coloco minha pasta no banco do carona, o conversível vermelho seria meu companheiro de hoje.

Inacreditável, o que um carro de luxo não faz. Diversas mulheres olham boquiabertas, jogam o cabelo e fazem charme, se eu nao tivesse uma reunião marcada, eu escolheria uma. Afinal, estou sem me exercitar há cerca de um mês e meio, e tudo por culpa da minha maldita assistente e daqueles olhos.

...

- Bom dia, Michelle. Íris já chegou?–

Os olhos da secretária faltaram saltar, ela pareceu engolir a seco uma bola de pêlos, antes de conseguir me responder.

–Bom dia, Sr. Gregory. Íris lhe aguarda na sala de reuniões.–

O timbre familiar finalmente fizera-se presente, virei -me de costa e segui para o local onde me aguardavam.

Empurrei a porta sem me anunciar, sou o manda chuva desse lugar, nunca precisei fazer cerimônias.

– Podemos começar a reunião.–

Minha voz grave e timbre autoritário, me tornaram o centro das atenções.

Íris estava lindíssima, um vestido creme, social e justo, não a ponto de cogitarem julga-lo vulgar. Enquanto ela distribuía as pastas com conteúdo que nos trouxera até aqui, eu a observei discretamente.

Ela não me olhou, uma única vez, sentou-se ao meu lado e esperou que dessem início a apresentação. Passamos cerca de quatro horas sentados, um do lado do outro, e as palavras trocadas foram rápidas.

Apesar de capacitados, minha equipe apresentou um slogan que não me convencia, as cores que seriam usadas no painel pioraram ainda mais a aparência do produto. Péssimo marketing.

Encerrei a reunião quase as 15:45, mandei que refizessem absolutamente tudo e se o resultado final não fosse satisfatório todos seriam demitidos. Um por vez deixou a sala, Íris então levantou-se e recolheu as pastas, empilhado-as uma a uma. Ao terminar, ela pediu licença e se retirou.

" Que droga é essa?" Pensei profundamente irritado, era explícito que aquilo havia mexido com algo dentro de mim.

Levantei-me e deixei a sala para trás, segui até meu escritório, Íris não estava lá, encarei a tela do computador e senti vontade de esmurra-lo.

Outra mulher teria ficado feliz, chegado sorridente, agradecendo pelo pedido de desculpas, mas eu simplesmente fui ignorado.

Quem essa assistente acha que é?

Um dia abre as pernas pra mim no banheiro de uma boate, comportando-se como uma qualquer, no outro aparece na minha empresa com um currículo excelente, mostra -se uma profissional excepcional e agora prática a lei da indiferença.

O que essa mulher quer fazer com minha cabeça?

Isso deve ser apenas um joguinho, se é isso que ela deseja, é isso que ela terá, não será a primeira, muito menos a última a tentar, acabará na minha cama, gemendo meu nome e pedindo que eu a foda com toda minha força.

Carol me ensinou que nenhuma mulher é digna de confiança.

Respirei fundo, fui até a sacada , levei as mãos até a face, tentando controlar toda raiva e tensão que tomava meu corpo.

Cont(... )

Intensa Sedução/ Retornando Para Finalizar Livro Onde histórias criam vida. Descubra agora