Intensa Sedução/ Retornando Para Finalizar Livro

Capítulo 15

Íris Dawson.

O final de semana chegou, mas não exatamente como eu esperava ou desejava. Beth ainda me perguntava incansavelmente o que me fez sair da boate sem ela naquela noite. Queria que minha amiga fosse menos insistente, eu não queria falar sobre aquilo. O que me preocupava realmente no momento é saber quem era aquela loira que visitará a empresa naquele dia, ficando um bom tempo trancafiada com meu chefe em sua sala e depois sair com aqueles cabelos divinos pós foda. Eu disse divino? Argh!

...

Eu sempre odiei exercícios físicos, exceto os que não exigem de fato esforço: Sexo e beijo.
Porém hoje eu decidi sair e correr, mas não por está preocupada com a balança, só necessito manter minha mente ocupada e meu corpo leve.
Ultimamente venho me sentindo esquisita, tenho a impressão de estar deixando algo passar despercebido e isso vem me perseguindo.
Minha cabeça deveria estar focada apenas nos trabalhos, mas quando eu o vejo, esse é o problema. O meu coração? Sim, ele não quer agir de acordo com a razão.

Ele vem me agredindo, socando bruscamente meu peito, quando isso começou? Eu sinceramente não sei, mas quando ele entra em meu campo de visão, algo em mim reage. Eu não quero aceitar isso, eu não posso.

...

–Regata cinza, leg preta e tênis – Repeti como se fosse um mantra para me encorajar.

Me troquei e amarrei os fios negros em um rabo cavalo apertado. Puxei profundamente o ar, enchendo os pulmões. Curvei-me e comecei o tal do alongamento, tocando a ponta dos pés. Uma, duas, três vezes. O proximo passo foi o alongamento dos braços, ouvi alguns estralos e senti o quanto estava enferrujada. Voltei as pernas, dobrando-a para trás, segurando meu pé no alto. Primeiro com uma e depois com outra.

–Vamos lá garota!– Exclamei alto pra mim mesma, coloquei meus fones e liguei o iPod. A música calma invadiu meus ouvidos, Ed Sharan dominava a playlist com seu timbre de voz gostoso, apaixonante.

Eu sei que não deveria, mas deixei ele me acompanhar. Comecei a correr devagar, sem pressa, sentindo o impacto dos meus pés de encontro ao asfalto. Controlei a respiração, inspirando e soltando devagar entre os lábios. Depois do que eu suponho que tenha sido 3 quilômetros, eu já estava exausta, meus pés doíam, pareceram não caber mais dentro do tênis. Meu busto subia e descia rapidamente, minha respiração descompassada entregava meu cansaço. Um linha fina de suor formou-se na minha testa e escorrerá pelo rosto.

–"Meu Deus!" –Pensei comigo.–" preciso de um banho."–

Lembrei que estava próxima ao parque central, poderia sentar e descansar. Sem descanso eu sinceramente não seria capaz de voltar da mesma forma que cheguei até aqui.
Diminui o ritmo e logo comecei a andar preguicosamente pela calçada, praticamente arrastando-me adiante. A música ainda me embalava, dando-me coragem e distraindo minha mente tão confusa.
Tudo ia aparentemente bem até eu avista-lo vestido tão informal, de bermuda jeans e camiseta cinza. Os braços amostra revelaram tatuagens que eu nunca havia visto antes. Ele era realmente bonito, mas do que eu queria aceitar. Os olhos verdes tão intenso e a barba longa, mas bem aparadas. Lá estava Gael Gregory, meu chefe.

–Aquilo é uma floricultura?– Um rapaz ao meu lado me olhou sem jeito, analisando minha expressão, foi aí que me conta de que eu tinha falado mais alto do que o esperado.

–Sim, é uma floricultura. – Ele confirmou gentilmente e sorriu.

Tenho certeza absoluta que estava mais vermelha que um pimentão.

1- Eu estava suada.

2- Devo estar com odor.

3- Provavelmente meus cabelos estão bagunçados.

4- Estou falando sozinha.

5- Me dei conta que meu decote está ridiculamente exposto.

–"Oh my good! Alguém me ajuda? "–

Minha mente começou a gritar por socorro, meus olhos traidores desviaram-se na direção do meu chefe e logo após fitaram o chão.

–Obrigado! Preciso ir.– Disse e antes que ele pudesse dizer algo a mais comecei a correr, rápido e sem olhar para trás.

Outra vez me contradisse, eu realmente conseguiria voltar pra casa correndo se fosse realmente necessário, só me faltava estímulo e motivação.

O rapaz deve achar que sou louca, mas o que tem? Nunca mais nos veremos mesmo.

Já estava em uma distância considerável da tal floricultura, mas mesmo assim conseguia avista-la, Gael segurava em mãos um lindo arranjo de flores.
Não sei o que deu em mim, mas meu peito apertou e senti como se alguém tivesse desferido um soco certeiro em meu abdômen, causando-me náusea.

Eu tenho certeza que eram para ela, a dublê da Cameron Diaz. Meus olhos começaram a lacrimejar e eu me odiei sem entender o porquê.

Cont (...)