Capítulo 48

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Victor Corleone / Adicional Théo Corleone.

Me relacionei com pouquíssimas mulheres ao longo da minha vida, não por desgostar de grandes aventuras, mas por estar sempre focado em oferecer o melhor para Amélia e na proteção dos meus irmãos. Eu perdi demais antes de começar finalmente a ganhar. Andrew e Théo nunca precisaram se preocupar com nada além dos estudos,  fiz tudo que estava ao meu alcance ao lado de Amélia para que pudessem crescer sentindo danos mínimos causados pela ausência da nossa mãe. Sempre ofereci para nossa  família uma  vida regada de mordomia, o mais estável possível. Aprendi cedo  transformar investimento em grandes lucros.  
   Com tudo, acabei investindo muito no profissional e deixando o pessoal de lado. Sempre fiz tudo que desejei, passar vontade nunca foi meu estilo. Mas, o que eu realmente sempre almejei foi uma relação de verdade. Ter alguém com quem pudesse contar, dividir minha vida sem ter preocupações. Foi então que, conheci Iris Dawson, a mulher pela qual o interesse de fato surgiu, infelizmente algo se encontrava entre ela e eu. E não alguém qualquer, Gregory.  Uma infeliz coincidência.

  "Mas não permitirei que ele  tire mais nada de mim

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  "Mas não permitirei que ele  tire mais nada de mim." – Pensei.

Saindo do banheiro enrolado na toalha, com o  tecido branco envolto apenas na cintura. Os pés ainda estavam descalços, gostava da sensação do piso gélido sob eles, de poder absorver a mudança de  temperatura.  Peguei a roupa impecavelmente passada, que havia sido deixada separada e me vesti rapidamente. Segui ao banheiro, arrumei os cabelos e me perfumei. Ao encarar meu reflexo, optei por retirar a gravata e abrir os primeiros botões da camisa branca. Ficando menos formal e mais confortável.

Théo bateu a porta antes de entrar, e seguiu até a poltrona localizada próxima da grande janela, que tinha vista privilegiada para o nosso jardim

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Théo bateu a porta antes de entrar, e seguiu até a poltrona localizada próxima da grande janela, que tinha vista privilegiada para o nosso jardim. Estava tão bem arrumando quanto eu, e ansioso para nossa saída. Olhava-me com curiosidade, eu sabia que ele estava se contendo para não me perguntar algo.

– Você está realmente interessado.– Questionou-me.

– Chega um momento que queremos aquietar ao lado de alguém, quem sabe ela não seja esse alguém. – Sentei na cama, fitando-o pensativo.

– Ela parece ser uma garota legal, Andrew concordaria com isso. –

Meu semblante mudou no momento que ele citou nosso irmão. Levantei da cama e caminhei até a janela, buscando ar para preencher os pulmões. Ainda não conseguia ouvir o nome dele, sem sentir a terrível sensação que havia falhado em algo.

– Precisa mesmo de trajes tão formais? .– Perguntei, virando-me para olha-lo.–  É só um jantar ou pedirá Beth em casamento?– Provoquei, exibindo um sorriso debochado.

– Vai se foder, Víctor. – Rebateu. – Eu nunca levei ninguém para jantar em um restaurante de verdade, então não sei o que é apropriado ou não. – Explicou, exibindo um sorriso sem graça.

Olhou-me sem jeito e deslizou a mão pelos fios castanhos, aproximando-se da janela onde eu estava, afastou a cortina, e observou o jardim através dela

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Olhou-me sem jeito e deslizou a mão pelos fios castanhos, aproximando-se da janela onde eu estava, afastou a cortina, e observou o jardim através dela.

– Vou tirar essa merda.– Esbravejou, referindo-se a gravata.

– Não.– O interrompi. – Beth gostará de vê-lo apresentável.

Ele sorriu, e eu sabia o que ele àquele sorriso malicioso queria dizer. Balancei a cabeça em negação e avancei em direção a saída. – Vamos. Tem duas belas garotas a nossa espera.

Antecipei os passos, ainda precisava pegar as flores com Amélia. Queria agradar a Iris, quem sabe uma abordagem mais simples funcionasse. Ela já havia deixado claro que não era o tipo que gostava de se sentir comprada, recusou-se a usar o vestido que mandei e o devolveu junto aos demais presentes.

– O seu lance com a Beth é sério?– Lancei as orbes azuladas em direção do mais novo enquanto descíamos a escadaria.

– Talvez. – Tutubeou. – A conheci na boate, ela é uma mina bacana, mas sei lá. Vamos ver.

– Não a machuque, Théo. E não deixe que isso interfira na relação que pretendo construir com a Iris.– Sorri para Amélia ao terminar de falar, ela aguardava ao pé da escada, segurando em mãos um pequeno e belo arranjo.

– Você é a melhor.– Beijei a testa dela e recebi um largo sorriso em resposta.

– Vocês dois sejam cavalheiros.– Théo a abraçou. – Sou sempre um lorde. – Acrescentou brincalhão.

– Não faremos nada que as moças não queiram, te garanto.– Conclui e segui até a porta.

Théo pegou a chave do Bugatti e antecipou os passos na direção do carro, segui logo atrás. – Eu cuido dessa belezinha.– Sorriu travesso. – E, ah. Aperte o cinto.– Pisou no acelerador e saiu cantando pneu. 

... 

O cair da noite chegava generosamente agradável, colaborando ao nosso propósito. O céu estava estrelado e o clima fresco. A leve brisa agitava nossos filhos conforme Théo avançava na avenida, desviando-se dos demais carros, tornando-a mais pesada. Não demorou para que chegássemos no apartamento que Beth e Iris dividiam, Théo foi o primeiro a saltar para fora do carro. Caminhou até a portaria e pediu que avisasse sobre a chegada dos irmãos Corleone, fiquei ao lado dele na calçada, contemplando a noite, distraído. Talvez, com sorte, a vida fosse justa ao menos uma vez, e eu pudesse finalmente deixar de lado aquela promessa e cuidar também de mim.

– Eu devia ter vindo menos formal. – Théo dizia, afrouxando a gravata. Visivelmente incomodado.

– Eu levei a sério o lance do pedido.– Tornei a debochar. – Pensei que finalmente Théo Corleone sossegaria.– Raramente o via usando roupas sociais.

– Cala a boca, Sr. Chirafares das florzinhas.– Retorquiu.

Sorríamos e conversávamos enquanto aguardávamos as garotas descerem a nosso encontro.

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