Capitulo 32

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Especial Corleone.

Havia deixado Íris aos cuidados de sua amiga e seguido direto para casa. Porém, na manhã do dia seguinte, acordei inquieto. Eu sentia que devia ter feito mais por ela, ter sido mais prestativo. Mesmo ciente de que ela não gostaria nada da minha abordagem, eu iria arriscar visita-la sem avisar.

Da sacada do meu duplex, liguei para minha secretária e mandei ela desmarcar todos os compromissos da minha agenda. Encarei a avenida despreocupadamente, bebericando uma xícara de café quente.  Ao terminar a bebida, entrei e me troquei, vestindo um dos meus melhores ternos, confeccionado nada mais, nada menos que pelo ilustre Alexander Amosu.

Frédéric abriu a porta do
Bugatti e eu entrei rapidamente, adorava o cheiro do couro dos meus carros. Dirigir sempre fora uma grande paixão, principalmente após a morte de meus pais. Diferente de Gregory, investia em bolsas de valores e tornava-me sócio de empresas que sabia que teriam lucros garantidos. Assim tendo mais tempo para focar em coisas que eu realmente apreciava, vivendo sem um colarinho me enforcado dia após dia.

No máximo quatro vezes por mês eu aparecia de surpresa na empresa para verificar o andamento das ações e me certificar que estava tudo de acordo com minhas ordens. Tornando os demais dias livres para eu cuidar do que realmente importava, minha vida. De que adiantava tanto dinheiro, se nunca houvesse tempo para gasta-lo?

Hoje era um daqueles dia de visita, porém tinha outros planos e nele estava incluída uma garota, Íris.

(...)

Encontrei Alex no club na hora do almoço, ele estava acompanhado por Melanie. A loira jogava-se para mim descaradamente, tentando chamar minha atenção de todas as formas possíveis. Por sorte o celular dela tocou e a garota se retirou.

– Finalmente sossego.– Disse exibido um sorriso largo.

– Desde quando você evita garotas bonitas igual a Melanie? – Indagou Alex.

– Desde quando tenho interesse em uma outra mulher.– Retruquei serenamente.

– Então está interessado em alguém?– Questionou sem entender.

– Sim. Tem uma garota, estou focado nela.– Falei.

– Em que sentido?– Arqueou a sobrancelha, esperando por uma resposta cheia de malícia.

– Todos. Estou realmente interessado e hoje a chamarei novamente para sair.– Disse sem muitos detalhes.

– Novamente? – O desgraçado sorriu debochado.

– Vai se foder.– Esbravejei.

– Você levou um fora. Essa é nova até pra mim, essa garota tá com moral.– Zombou e por fim pareceu entender.

– Não é uma garota qualquer.– Afirmei convicto.

– Vamos comer cara.– Alex disse ao ver a garçonete se aproximar, encerrando o assunto.

Ele sabia que não era um assunto que deveríamos estender.

(...)

O dia passou rápido demais, quando percebi já era tarde da noite. É minutos depois lá estava, meu carro estacionado na frente do apartamento da Srta. Dawson. Desci, atravessei a rua e comi na lanchonete da esquina um lanche com uma cerveja gelada. Já era tarde, porém nada me impediu de enviar uma mensagem para saber como ela se encontrava. Terminei minha boca livre e da calçada ouvi o som do sorveteiro. Uma sobremesa não cairia nada mal, pedi uma casquinha ao senhor de cabelos grisalhos, que ficou muito feliz ao ouvir que poderia ficar com o troco dos 100$ que recebeu.

Rapidamente obtive uma resposta da mensagem que mandei para ela e disse que estava lá embaixo, pedi que descesse. Na verdade, pensei que ela iria se recusar, mas um tempo depois ela chegou, simplesmente nela. Vestida tão casualmente e com os cabelos molhados. Íris é uma linda mulher, tamanho mediano e um corpo de chamar atenção. Mas, não posso negar, foi aquele olhar e aquele sorriso que me fizeram convida-la para sair, anonimamente e agora pessoalmente.

Sorri largamente ao vê-la, lembrei da devolução dos presentes que havia enviado para ela. Marrenta, só me deixava ainda mais tentado a conquista-la. Me aproximei, segurando a casquinha em mãos e ofereci a ela. As maçãs da Srta. Dawson estavam rosadas e os olhos tentavam se desviar dos meus.

Estendi a destra para pegar a dela, depositando sobre seu dorso um beijo que tenho certeza que estava no mínimo gélido por culpa do sorvete.

– Poderíamos sentar?– Sugeri, apontando com a mão livre em direção aos bancos da pracinha que ficava do lado do AP dela.

Ela me acompanhou e sentou-se, parecia desconfiada e desconfortável. Eu por outro lado, estava totalmente a vontade, tomava meu sorvete tranquilamente, observando-a com atenção.

Havia esperado o dia todo para finalmente vê-la e cada segundo tinha válido a pena.

(...)

Cont...




Intensa Sedução/ Retornando Para Finalizar Livro Onde histórias criam vida. Descubra agora